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sábado, novembro 06, 2004

Mamãe. Escuta, Ói eu na Rádio!

6 de Novembro, sábado.
Hoje é aniversário da Sonia, a filha do meio da Neuza. 19 anos. Ligamos para São Paulo, mas já havia saído cedo. Verônica mandou um e-mail caprichado.

Às 11:00hs fui para a Rádio Difusora. Dentro de meia hora vou participar de uma entrevista ao vivo no programa A Voz do Vigário. Serão 45 minutos. Dizem que tem grande audiência na região. É a primeira vez que entro num estúdio. Conheci o Agnaldo que comanda a programação e o microfone. Impressionante o Agnaldo. Além da voz de locutor grave e suave, mas com boa energia. É um faz-tudo. Está sozinho na emissora. Sozinho mesmo. Coloca os anúncios no ar, dá a hora certa, seleciona as músicas, dá notícias, recebe clientes, faz as anotações para ir ao ar, cobra o serviço, dá troco, dá a hora novamente, atende ao telefone, faz mais anotações, trata-se de aniversariantes para serem homenageados, dá a hora certa, etc etc. Tudo sozinho. Num intervalo, eu o aplaudi. E disse que vou mencioná-lo em meus exemplos nas palestras. E chegou o Padre Arnildo, faltando 10 minutos para entrarmos no ar. Preparei-lhe um roteiro de perguntas para poder dar consistência à conversa, com início, meio e fim.

Num prédio simples, a rádio está bem instalada. Toda a programação tem a ajuda do computador. Mas o Agnaldo faz a diferença. Enquanto tem uma música tocando, Agnaldo atende clientes, anota as mensagens, faz a cobrança, dá o troco. A música terminando e eu preocupado por ele. A música acaba. Pede um minuto ao cliente, liga o microfone, dá a hora certa, coloca propagandas gravadas. E volta a conversar com o cliente, sem se atrapalhar. Fico com uma inveja danada, pois eu só sei fazer uma coisa de cada vez.