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terça-feira, junho 28, 2005

Devotos de São Pedro em procissão.

A Procissão dos Barcos, sem barcos.

Nove horas da manhã a procissão começou, vindo da Igreja. Carregam a imagem de São João e São Pedro, protetor dos pescadores. Passam ao lado do camping onde estamos, liderados pelo padre. Soltam rojões, agitam bandeirolas. Rezam e cantam e novas pessoas se incorporam à procissão. Seguem até o trapiche, na praia, onde está marcado o embarque numa grande escuna que vem de Piçarras. São cenas lindas. As pessoas que acompanham a procissão são bastante devotas a São Pedro. Mas, para frustração geral, recebem a notícia que o motor da escuna quebrou e não vem mais. Fazem uma oração a São Pedro no trapiche e retornam pela areia da praia à igreja. Filmei tudo e a Neuza fotografou tudo. Para nós, da capital de São Paulo, que vimos desaparecer todas essas festas e tradições, tudo é maravilhoso e torcemos para que não percam isso. Cada evento desses exige mobilização, liderança, iniciativa, detalhes, cooperação, planejamento das atividades e responsabilidades do antes, durante e depois. E no final, sempre tendo que agüentar as reclamações de sempre, das mesmas pessoas que reclamam sempre. E os que sempre fazem as coisas para os outros, juram que não querem mais saber de nada e abandonam tudo. Mas, nada é para sempre. Logo percebem que algo precisa ser feito, e estarão contribuindo novamente. Pelo menos, essa é a nossa torcida; caso contrário, aos poucos, tudo isso que é bonito, mas dá trabalho, vai desaparecendo, ficando como S.Paulo hoje.