Este lindo Brasil

Um pouco de Brasil.

No trajeto de volta para o camping (mais 550 quilômetros), retornei com mais calma para fotografar e passar adiante um pouco das coisas deste Brasil-Sul. A região meio-oeste de Santa Catarina tem forte dependência da suinocultura. Nos dois lados da estrada que passa por Jaborá, perto de Concórdia, observei a seqüência de propriedades que criam porcos. O cheiro, por longos quilômetros, é inconfundível. É o lado desagradável que faz parte do trabalho desse segmento da economia. Depois, para o consumidor, chegam apenas (e felizmente) as deliciosas lingüiças, bacon, torresmo, lombinho, pernil assado etc. As empresas Sadia, Aurora, Perdigão, Pamplona, que precisam desses criadores de suínos fazem sua promoção nas propriedades, colocando um simpático telhadinho com uma placa com o nome do proprietário. A colônia italiana predomina na região.

Em Curitibanos, uma daquelas coisas que faz a gente dizer: como este mundo é pequeno! Parei para comprar pinhão, novinho, numa barraca de beira de estrada. Existem dezenas delas. Fiquei conversando com um senhor que lá estava (Remoaldo Didone, que é mais conhecido como Curuca, e segura uma pinha aberta na foto). Viu a placa de São Paulo no meu Uno e disse que passou uns anos em S.Paulo. Seu irmão morou o tempo todo lá. Quando perguntei o bairro, disse: na Vila Buenos Aires, entre Penha e São Miguel. O Depósito Caçula era do irmão dele. Pois é. A Vila Buenos Aires foi onde tivemos a infância. Fui muitas vezes comprar coisas no Depósito Caçula. Falamos da igreja, do ponto de ônibus, da padaria. Inacreditável.