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domingo, julho 31, 2005

em Caruaru

31 de Julho, domingo.
A Neuza teve um idéia que eu nunca teria: sair de Recife e conhecer o interior de Pernambuco (por mim, ficaríamos em Recife até amanhã, conforme inicialmente planejado). Alugamos um carro e fomos a Caruaru. Numa estrada excelente, duas pistas, vimos alguns acampamentos do MST na beira da estrada. Percorremos a Zona da Mata, onde a cana de açúcar se espalha por todos os morros. Já, no agreste pernambucano, subindo a Serra das Russas, em Gravatá a temperatura cai bastante. Na estrada vendiam até morango produzido na região. Restaurantes anunciam fondue. Por falta de tempo, não fomos até o chamado sertão, onde é mais árido e dominado pela caatinga. Caruaru fica no agreste. Seus moradores gostam de dizer que são descendentes dos holandeses e têm olhos verdes. Outdoors e painéis inusitados. Come-se muita carne de bode. Caruaru é talvez o lugar mais agitado do planeta, com forró rolando em tudo quanto é canto, som muito alto, feiras movimentadíssimas, com mais de 6 mil barracas e artesãos e produtores cadastrados. Domingo durante o dia é a única folga na cidade. À noite tudo recomeça num ritmo alucinante. Passamos em Caruaru exatamente nessas poucas horas de folga. E ainda tem o bairro Alto do Moura, onde quase todos vivem do artesanato em barro, reproduzindo a arte do Mestre Vitalino. Vimos ao vivo o Joane, com o filho pequeno também mexendo no barro, fazendo um vaso. O mais complicado é se livrar ou negociar preços com o guia turístico. São treinados para não deixar você falar não. E conseguiu fazer isso comigo!