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quinta-feira, novembro 03, 2005

Gente com Sonhos prá Valer!

E Você? O Quanto você sabe da rica história da sua família?

Antes de pegar a estrada de volta para São Paulo, alguns fragmentos valiosíssimos dessa história eu pude presenciar. Silvio é um dos filhos da Fumiko. Contemplava com enorme orgulho um tesouro que sua mãe lhe passou: uma Comenda do Imperador do Japão, Hiroito, que seu pai recebeu em pleno Palácio Imperial, em 1979. Foi uma homenagem a ele pelos trabalhos realizados, progresso social e econômico e contribuições em benefício da coletividade japonesa na região norte do Paraná, quando era o principal responsável pela administração da Fazenda Nomura. A saga dos Kimura teve um personagem central, meu avô, Hajime Kimura. Após grandes sucessos e grandes fracassos decorrentes das crises e guerras em que o Japão se envolvia, para tentar reverter a situação de enormes dificuldades, formou um grupo com parentes, amigos, cunhados, irmãos de cunhados e trazer para o Brasil, em 1921, e outra turma em 1926. Entre eles, vieram o Massaaki e a Fumiko. Terezinha, Sílvio, o Henrique e a Idalina, Satoshi, Midori, Harumi, Maria, que estão na foto que eu tirei hoje, representando a primeira geração nascida no Brasil, como a minha mãe, que já tem 83 anos. Netos, bisnetos, tataranetos etc, de todas as famílias, precisam saber que tudo começou com sonhos pra valer, de construção de uma nova vida, trazendo como base a experiência de cada um e seus valores morais. Assim, saberão que também lhes cabe honrar esses valores e tradições, com muito orgulho, para que cada página da história seja recheada de bons exemplos. Se isso fosse uma forte preocupação, em cada família, certamente teríamos menos pessoas perdidas, menos ligadas em baladas, em drogas, em shopping centers, e menos pessoas tão preocupadas com fama e embelezamento. (só para registro: hoje, finados, 2 de novembro de 2005, chegando à tarde em São Paulo, um enorme congestionamento em torno do Shopping Metrô Tatuapé, por falta de vagas no estacionamento.) Perguntas: Quantos ficaram em casa conversando com seus avós? Quantos jovens estão interessados em conhecer as histórias e estórias de seus velhinhos? Os poucos que se interessam, e têm paciência para ouvir os velhos, falando lentamente e batendo na cabeça para um down load da memória, esses merecem aplausos.