<    

quinta-feira, março 09, 2006

6 de Março. Passando o bastão. Fim de uma etapa, início de outra.

O projeto Made in Buri já é uma realidade. Assim que decidimos e comunicamos em Buri que estaríamos de mudança para São Paulo e Atibaia em 5 dias, o pessoal de Buri se surpreendeu com a repentina decisão. O projeto ganhou um ritmo alucinante com a barraca montada no carnaval e deixou todo mundo empolgado. Uma revolução começou a acontecer em Buri, provocado pelas mulheres. Nos poucos dias que ficamos, foi um corre-corre danado. Dei uma palestra para as mulheres de Aracaçu que estão adorando o tear e inventando muito. Zelinda e sua valente equipe (Lúcia, Silvana e Fernanda), estão ensinando tear o dia todo e até na igreja estão formando novas artesãs. Deixamos dois teares de pente na Fazenda Barreiro, pois nem deu tempo de ir até lá para buscar. Zelinda comprou dois teares, Dona Cecília e Lurdinha compraram um tear. Até galinhas caipiras entraram na negociação. E deixamos mais um tear na capelinha para a Lúcia e o Paulinho prosseguirem no tear. O Prefeito Jorge, sua equipe, sua esposa, e a Zelinda estão seguros de que transformarão Buri na cidade do tear. Logo visitarão Ibitinga (a capital nacional do bordado) para terem uma visão de futuro para sua cidade. Entelmann já contactou uma ONG na Alemanha que manifestou interesse nos produtos de Buri. A Neuza, além do tear, cuidou maravilhosamente das crianças da Capelinha, para que o coral não desapareça. Doou um monte de roupas nossas para que a Jéssica, de 10 anos, vendesse as peças no bairro para arrecadar dinheiro para continuar pagando o professor Amauri. Em poucas horas arrecadou mais de trinta reais com as vendas. Eu e a Neuza passamos dois dias arrumando as coisas no Ventania. Quanta coisa juntamos. Inacreditável. Parecia que não iria caber.