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quinta-feira, junho 23, 2005

Uma experiência nova: criar uma cooperativa de artesão

23 de Junho, quinta-feira.

Coloquei o blog em dia, consertei algumas coisas na casa. Nos e-mails, uma surpresa agradável. Amigos que não vejo há décadas estão tentando fazer um encontro para por as fofocas em dia. Nabuco, Eurico, Eduardo, Bento e Maurílio, todos da época em que eu trabalhava em informática.

No final da tarde, quase escurecendo, a Lua, nossa papagaia, voou para um abacateiro, bem alto no camping. Após tentativas com bambu, chamar, berrar, implorar para voltar sem sucesso. Faltou filmar as cenas. Neuza mostrou a caixa de girassol e pudemos perceber que ela se interessou. O Valdir, genro do Sr. Álvaro, conseguiu uma ótima escada e subiu com um punhado de girassol na mão. Pouco a pouco, a Lua foi se aproximando até subir nas mãos do Valdir. Ufa! Agora não vai ter jeito. Teremos que cortas as asas dela.

As aulas da Neuza com o tear estão uma beleza. Sempre chega alguém nova para as aulas, que ouviu alguém falar e vem ao camping para conferir. Não acreditam que é de graça. Mas logo já estão produzindo algo e não querem mais parar. Mostram interesse em fazer parte da cooperativa que estamos nos mexendo para montar. Amanhã cedo, eu vou participar de um seminário em Florianópolis, com mais duas outras alunas líderes da Neuza, Marilda e Fabiana, para entender melhor o que é uma cooperativa, necessidades burocráticas, despesas etc. Para nós, será uma valiosa experiência, pois sabemos que essas coisas e necessidades se repetirão em outras cidades por onde passarmos. Fundar uma cooperativa sempre será uma boa alternativa para gerar mais emprego e alcançar a sustentabilidade econômica de um grupo.

Onde estamos, Penha/SC, já percebemos que serão necessárias muitas reuniões com as pessoas interessadas para desenvolver o senso de cooperação espontânea, de coletividade, de espírito de grupo. As dificuldades nesse sentido estão claríssimas nos preparativos para a Festa de São João, onde tentarão vender seus produtos. São sempre as três ou quatro pessoas de sempre que seguram a onda. As demais não se oferecem para ajudar, alegando compromissos.