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segunda-feira, agosto 29, 2005

Calor Humano em S.Paulo anda muito frio. E ninguém se dá conta disso.

29 de agosto, segunda, um dia em S.Paulo High Tec

Ficamos o fim de semana em S.Paulo e a Neuza aproveitou bem os dias para lamber a cria (Jorge, Sonia e Verônica). Neuza tinha consulta médica em S. Paulo, marcada há um mês. Duas horas e meia para ser atendida. Verônica perdeu as aulas de hoje. Como qualquer consulta médica, atualmente, saiu com uma série de pedidos de exames de laboratório: sangue, urina, mamografia, ultrasonografia de útero. Para aproveitar a passagem por S.Paulo, fomos a um grande laboratório, equipado com tudo o que há de mais moderno. High Tec. Ninguém fala com ninguém. Aperta um botão, recebe um ticket do estacionamento; na recepção, o máximo que alguém fala, antes de lhe dar um crachá que irá liberar a catraca, é “RG, e, por favor, fique diante da câmera”. Já, dentro do laboratório, Retire uma senha e aguarde na sala de espera. Ouvi o ding-dong no painel eletrônico, vez da Neuza. Ninguém fala nada. É só apresentar carteira de identidade, carteira do convênio e os pedidos médicos. Assine no “X” e vá até o andar superior onde será chamada. (alguém falou!!!). Senhora Neuza. (mais alguém falou!!!). A atendente pega a papelada, encaminha a Neuza até uma sala de ultrasom. Assim, após fazer todos os exames, Neuza recebe um papelzinho para retirar os resultados dos exames em 5 de setembro. Não é incrível tudo isto? O ser humano não precisa mais falar, conversar. Até na sala de espera, com bastante gente, tem um monte de revista Caras e outras porcarias para todo mundo ficar em silêncio, e ficar por dentro de como é o apartamento da Cicarelli, ex-ronaldinho. O incrível é que todos parecem estar muito bem com tamanho isolamento e distante do calor humano. Felizmente, antes das quatro horas da tarde, pegamos a estrada para Buri e encontrar gente de verdade. Durante a viagem viemos conversando bastante, até com os papagaios Lua e Sol.