terça-feira, janeiro 31, 2006

Na Saude e assim. Se tudo for feito certo, ninguem fala nada, muito menos elogia. Mas se acontece um obito, acontece revolta, broncas etc, e tudo sai nos jornais, verdades ou inverdades. Por isso, quem trabalha na area da Saude, antes de tudo, tem que ser um forte.

31 de janeiro - Pessoal da Saúde – Brava Gente Brasileira

Quem trabalha na área da Saúde tem que estar sempre disposto a fazer algo pelos outros. É uma missão de vida. E raramente é reconhecido ou elogiado por alguém pelos bons serviços e atendimento prestados. Mas, quando algo dá errado, ninguém é poupado, mesmo que nenhuma falha tenha sido cometida pelo pessoal da Saúde. Por isso, o trabalho em equipe é fundamental, onde um dá apoio ao outro, nos melhores e piores momentos. E foi isso que aconteceu ontem, na segunda palestra para o pessoal da Saúde em Buri. Sueli citou o exemplo da Dona Dilma, Eliane foi citada pela Angela, Bruna agradeceu Márcia, Karen agradeceu Olga, Sérgio foi citado pela Mariza. Foram aplaudidas por todos pelas contribuições, iniciativa e bons trabalhos realizados. Maria Isabel, do Programa de Saúde Familiar S. João foi citada de forma empolgada pela Suzana. Muita gente se emocionou. O Secretário Dinho e a Ana ressaltaram a qualidade e empenho de muitas pessoas em momentos especiais para a Saúde da comunidade, como o Mutirão da Saúde.
Responsabilidade. Quem trabalha na Saude, precisa ser um missionario, um servidor para a comunidade.

Saúde em Buri, cada vez melhor

Outro grupo hoje, também sentiu a importância de um espírito de equipe, onde um ajuda ao outro, aplaude, agradece, mantendo um alto astral num meio onde se lida com pessoas que estão precisando de algum tipo de ajuda e de atendimento médico. Carlos, Delina, Rosa, Luciana, Dr. Ivan, Samuel, Alessandro e outros, ouviram dos colegas elogios a respeito de suas qualidades. Na palestra de hoje, recordamos que todos são gerentes, buscam resultados, e lidam com escassez de recursos através da criatividade. Também salientamos a responsabilidade de todos ao lidar com informações sobre pacientes, suas doenças, suas condições etc. Também abordamos a questão de Tomar Decisões, a importância de ser pró-ativo, principalmente na área da Saúde.

domingo, janeiro 29, 2006

coisas que os paulistanos pouco conhecem. O ambiente, o agito, a comunidade, o estar junto, o sentir-se livre. Sem estacionamento pago, sem flanelinhas para cobrar, sem trombadinhas. Um acontecimento aguardado por todos os burienses.

As boas coisas deste interior. Em Buri, a festa do peão.

29 de janeiro, domingo, Festa do Peão em Buri

Finalmente, Neuza e Verônica de volta a Buri. Fomos dar uma olhada na Festa do Peão, que acontece desde quarta-feira. Depois de muitos dias de chuva, São Pedro deu uma trégua e deixou o sol brilhar. Uma grande festa. Mais de 400 competidores, no laço e na montaria. Gente de diversos estados e cidades vizinhas. Paranapanema, Pilar do Sul, São José do Rio Pardo, Itararé, Boituva etc. Desfile de garotas e de carros, chapéus de todo tipo, curtição com a família, competição de laço, muita gente acampando, muito churrasco, muito trabalho. E a turma do tear, liderada pela Zelinda, também marcou presença na Festa. Lindos trabalhos da Silvana, Fernanda, Lúcia e Zelinda.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Estamos tranquilos e felizes com as coisas que acontecem com a nossa Veronica. Cresce muito, interiormente, mantendo distancia do consumismo desenfreado e das coisas vazias. Gosta de comprar, mas consegue gostar mais ainda de fazer. Temos sorte!

Verônica. Uma criança crescendo com muita Força Interior.

27 de janeiro, sexta, com chuva, em S.Paulo!

Para sair da zona leste e ir até Alphaville, com tudo parado, dei meia volta para dar uma volta enorme e fugir do congestionamento. Peguei a Fernão Dias, até Mairiporã, até Caieiras, até o Rodoanel, até a Castelo Branco. Valeu pelo encontro com os amigos da Plastrom Sensormatic, atualiza-los sobre o Projeto Força Interior em Buri e mostrar minha invenção que agradou muito.

Nestes últimos dias, Neuza e Verônica fizeram mais trabalhos em casa. Verônica aprendeu a fazer sabonetes decorativos. Vai vender em Buri. Fez um para mim, mostrando passo a passo. Usa com a maior destreza uma faca enorme, faz suas misturas, com cores e aromas. Faz tudo com muita habilidade e vontade. Verônica faz muita coisa sozinha: sorvetes, bolo, doces, sabonetes, bonecas etc. Sentimos um enorme orgulho da Verô, que consegue se manter distante da tv de consumo e de maus exemplos. Gosta de programas que ensinam algo. Comida, doces, artesanato, bonecas, desenhos, pinturas etc. E sempre tenta fazer algo em casa, com a Neuza dando todo o apoio, visitando juntas casas de artesanato, freqüentando cursos, comprando materiais para os trabalhos, livros e revistas de artesanato.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

24 de Janeiro, Tear nas escolas

Passei nas Escolas da Vila Sene e Jonas Pires. O tear vai de vento em popa na Vila Sene, pois algumas alunas da Neuza ja se tornaram profissionais no tear, produzindo e vendendo belas bolsas. Fernanda, Silvana e Lucia trabalham animadas com a Zelinda, mesmo durante as ferias escolares e ensinam muitas outras pessoas. Enquanto isso, a Gorete, na Escola Jonas Pires, conseguiu atrair muita gente para aprender. Os baixinhos tambem aprendem e se concentram muito no tear. Passam horas dentro da escola aprendendo coisas de muita utilidade. Antes, ficavam sem fazer nada, na rua ou em casa.
Fiquei com muita saudade da Neuza e da Veronica e me mandei para S. Paulo, levando uma linda blusinha feita pela Zelinda para a Ve. Vou perder a festa do peao de Buri neste feriado. Passei boa parte do tempo melhorando um invento que guardo a sete chaves ate que seja patenteado. A Neuza fez cursos novos para ensinar ao pessoal de Buri logo que voltar.
Joao do Radio. Alem de consertar minha tv, tem uma historia incrivel. Que figura!
Ficou quatro anos na cadeia, acusado injustamente de homicidio. Dentro do pres�dio, fabricou um aparelhinho para fazer tatuagens, onde fez muita tatuagem para as pessoas e tambem ensinou essa arte para outros presidiarios. Passou a pregar o evangelho desde que se safou da morte por causa de um tiro a queima roupa, sendo que os proprios medicos haviam perdido a esperanca. Conta suas passagens com humildade e sabedoria, sem magoas, sem rancor, com leveza e muita bondade. Com esse seu jeito simples, tem muitos amigos e sempre ajuda as pessoas.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Vale a pena conhecer o Planetario do Carmo, com muita tecnologia, ensinamentos e muita simpatia dos seus monitores.

Taykomar e Planetário do Carmo em São Paulo. Exemplos de Excelência

Em São Paulo, fiz uma encomenda especial de um toldo para o Ventania, pois o original está velho e rasgando. Conheci uma loja, Taykomar, se não me engano, que dá um belo exemplo de bom atendimento. A Sansuy, do meu amigo Honda, precisa saber disso. A Cristiane e o Maurício sabem como atender bem um cliente, dão sugestões, ouvem, explicam com paciência. Na próxima semana o meu toldo Sanlux estará pronto e voltarei a São Paulo para retira-lo. Espero não esquecer minha máquina fotográfica para mostrar o pessoal da empresa.

A Neuza é realmente uma pessoa especial. Foi até Atibaia para buscar as amigas da Verônica, Marina e Letícia, para passar alguns dias em São Paulo. Meninas não brigam. Brincaram juntas o tempo todo, fazendo até esculturas em sabonete. No sábado, fomos ao Planetário do Carmo, inaugurado em dezembro passado, dentro do Parque do Carmo. Também fomos surpreendidos positivamente por vários aspectos: espaço para estacionamento (e sem pagar nada), atendimento com alegria dos que lá trabalham, monitores dando explicações ao ar livre sobre relógio solar, movimento do sol, distância dos planetas, pontos cardeais etc. O Planetário tem ótimas instalações para o público, com equipamento muito moderno. Vale a pena conhecer o Planetário do Carmo.
20 de Janeiro, na Prefeitura de Buri

Antes de pegar a estrada para Sao Paulo para ver a Neuza e os filhos, uma otima reuniao com a muito ativa Natalice, vereadora e que assumiu recentemente a Secretaria da Agricultura. Muitas ideias para serem implantadas em beneficio dos agricultores de Buri. Natalice eh do meio rural e conhece bem as dificuldades que os agricultores enfrentam. O Prefeito Jorge Loureiro, sobrecarregado com tantas viagens ao Palacio do Governo, vem obtendo sucesso, conseguindo importantes recursos para a cidade.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Cristo Redentor. Bracos abertos para o Tear em Buri

Zelinda e Gorete tiveram uma ideia genial: ensinar tear na Praca do Santo Cristo para atrair a atencao dos moradores. Foi um sucesso! Despertou interesse em muita gente e a partir de amanha deve aumentar ainda mais o numero de praticantes do tear. Criancas, jovens e adultos. A expansao do Projeto Made in Buri eh um trabalho que depende de pessoas que realmente fazem algo pelos outros, sem esperar nada em troca. Muitas vezes ocorrem frustracoes, onde a maioria comeca e abandona. Qualquer revolucao ou processo de mudanca sempre acontece por iniciativa de poucos, contagiados por um sonho pra valer e que lhes garante uma cota de persistencia maior do que a de desistencia. Merecem aplausos a Zelinda, Gorete, Fernanda, Cida, Lucia, Fatima, Luana, Clarice e outras. Brava Gente Brasileira!
19 de Janeiro - Tear contando com pessoas muito especiais: Gorete, Fatima, Luana
Gente muito especial.
Zelinda, Diretora da Escola da Vila Sene, vai, pessoalmente, ensinar tear na Escola Elisa Martirani. Nenhuma mae de aluno foi aprender. Mesmo assim, ensina para algumas alunas que o Sr. Carlos, inspetor de alunos da escola, conseguiu despertar o interesse em aprender tear. A Gorete, Diretora de outra escola, tambem resolveu aprender para levar a arte para as maes de la. A Fatima e sua filha Luana trabalham para a Pastoral da Crianca e preparam sopa para pessoas carentes. Ja fazem muitos trabalhos artesanais e decidiram aprender novas coisas.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

O povo mais pobre aplaudiu a iniciativa com o atendimento medico chegando perto de suas casas.

Saúde em Buri tem alta prioridade.

17 de Janeiro, Saúde na Capelinha

Hoje foi dia de plantão médico para os moradores do Bairro da Capelinha. Esta iniciativa de descentralização do atendimento está sendo muito elogiada pela população, bastante carente na região. A equipe de atendimento, formada pelo Dr. André e o Serginho, Rodrigo, Eliana e Inês, atendeu muita gente, que logo cedo já fazia fila na Capelinha. Uma das pessoas estava com a pressão muito alta e, na falta da ambulância, o próprio secretário da Saúde, o Dinho, e a Rose, vieram buscar de carro, a paciente para internação no hospital. É bom ver as pessoas em campo, direto com a população.
Para diminuir o calor infernal que faz dentro do Ventania, tive que fazer uma estrutura para elevar a lona. Tive muita ajuda espontanea de algumas pessoas aqui de Buri. Que gente simples e prestativa! Valeu Joao, valeu Renato!

Aqui não dá para escolher a tarefa! Tem que encarar tudo.

17 de Janeiro, Calor na Capelinha

Estiveram por aqui o Pedro e o Renato da ABDC, com novidades visando o sucesso do Projeto Made in Buri. Devem alterar o estatuto da Associação Buriense de Defesa da Cidadania para permitir que Notas Fiscais possam ser emitidas para poder vender os trabalhos dos artesãos. E o Renato me ajudou a fazer um suporte para elevar a altura da lona que cobre o Ventania para tentar diminuir o calor infernal que faz aqui dentro. Consegui a ajuda também do João para fazer a rosca nos canos. Ele presta serviços gerais para a Prefeitura e é um faz tudo. Cidade pequena tem essas vantagens, onde as pessoas são mais solícitas e disponíveis para ajudar a gente em qualquer enrascada. Precisei fazer alguns ajustes e melhorou bem a temperatura interna. Antes, chegou a 42 graus dentro do busão, com 32 graus lá fora. Agora refrescou. Falta melhorar a amarração para enfrentar ventos fortes.

Trouxe de Atibaia minha pequena bancada e uma poderosa serra tico-tico elétrica para melhorar um invento que estou desenvolvendo com restos de madeira de pinus da Fazenda Barreiro. E vai ser um sucesso.

domingo, janeiro 15, 2006

correria em tres dias. Buri, Boituva, S.Paulo, Atibaia. Tudo para preparar mais coisas em beneficio do Projeto Made in Buri.

Um Giro rápido - Buri - Boituva - S.Paulo - Atibaia

15 de janeiro de 2006, domingo em São Paulo e Atibaia

Atualizações sobre os últimos 3 dias:
- Antes de pegar a estrada, boas horas de conversa com o Prefeito Jorge Loureiro, com muitas idéias para desenvolver este ano em Buri.
- Reguei as plantas e a horta da Neuza. O granizo de ontem, não só queimou nossa tv como furou todas as folhas do pé de abóbora e as folhas de couve.
- Visitei o amigo Entelmann em Boituva e reencontrei também o Marcelo, da Engenharia da ACE Schmersal. Vão me ajudar a desenvolver e patentear um produto para ser produzido em Buri.
- Eu e a Neuza fomos até o Brás e compramos um monte de trecos para deixar as bolsas de tear ainda mais bonitas. Aproveitei para comprar mais uma lona para cobrir duplamente o Ventania na tentativa de reduzir o calor que está fazendo dentro do busão em Buri.
- Neuza freqüentou diversos cursos de artesanato para depois passar para o pessoal de Buri. Aprendeu uma técnica que vai fazer muito sucesso. Aguardem.
- Em Atibaia, após longa ausência, fomos até nossa casinha para pegar umas ferramentas de marcenaria para deixar em Buri. Além de reencontrarmos nossos vizinhos, Bete, Mikio, Marina, Letícia, Raimundo, Toninho, conhecemos um simpático casal de Campinas, Rita e José Luis, que procuram casa na beira da represa, como a nossa.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Brava Gente Brasileira.

Conheci o João do Rádio aqui em Buri.

12 de Janeiro. Conheci o João do Rádio

A nossa TV pifou com a descarga elétrica de ontem. Logo cedo fui à oficina do João do Rádio. Coisas interessantes, curiosas, que fazem parte da cultura das cidades pequenas como Buri. Em qualquer conversa entre seus moradores, quando citam o nome de alguém, saem especificações que só eles entendem. Ficamos por fora: Chico do Tatico (não é tático), Nair do Nego, Cida do Léo, Cida do Múcio, Teresa do Major, Zé do Vitório, o Marcos fiscal, para quem eu dei carona hoje cedo. E tem a Camila da Cida do Beto do Ivo!!

Essa forma de se expressar exige e garante que cada um saiba muito mais das pessoas, como o nome do cônjuge, ou do pai, ou do avô, ou da profissão etc, mantendo a cidade como uma espécie de grande família, com todos os conflitos e diferenças que fazem parte de qualquer família. Se ficássemos um tempão em Buri, certamente sairia algo como o Raul da Neuza do tear ou a Neuza do Raul do busão.

O João do Rádio tem uma história impressionante: já esteve na prisão por 4 anos, tem os braços com muita tatuagem. Tinha uma oficina de consertos de rádio em outro bairro quando levou um tiro. Mostrou-me o peito com um monte de cicatriz. Foi desenganado até pelos médicos e apelou para Deus. Saiu vivo dessa, mas com poucas condições de andar normalmente. Recorreu a Deus novamente e se curou. E tomou decisões de vida, tornando-se um pregador do evangelho em presídios, na igreja, nas ruas. Confessa que Deus o salvou da sepultura e agora vive para ajudar aos outros. Com uma calma de dar inveja, voz mansa, sempre falando em Deus e Jesus, trabalha em sua oficina, repleta de aparelhos de som e tv. Minha TV parece que não compensa consertar. Vamos ver. O bom é que não verei nem propaganda do Big Brother. Viajo para S. Paulo sexta-feira e retorno domingo a Buri.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Dia de calor e muito gelo caindo do ceu. E o tear vai ser acelerado nas escolas.

Tear em Buri. Apertando o ritmo de implantação.

11 de dezembro – Acelerando a implantação do Tear nas Escolas

Na Escola da Vila Sene e na Creche da Fazenda Barreiro, o tear vai indo muito bem, com gente fazendo belas coisas e já vendendo. Hoje nos reunimos (Janete, esposa do Prefeito, Zelinda e Eliana, diretoras de escola) para imprimir um ritmo mais acelerado para o projeto Made in Buri e estender para todas as escolas até o mês de Fevereiro. Também decidimos que no período de carnaval haverá uma bela barraca na praça da Igreja Matriz de Buri para expor e vender os produtos. Disseram que vem muita gente no carnaval de rua de Buri. Na Capelinha, Dona Clarice, Lúcia, Cida e sua filha Camila continuam firmes. Cida é quem mais inventa novos produtos, com muito capricho. Hoje, quando iam embora (andam um bocado da casa até a Capelinha), escureceu tudo rápido com vento forte, pintando um belo temporal. Peguei o carro e levei-as até a casa delas, quando desabou uma chuva de granizo muito forte, e muita água. Caiu alguma árvore na rede elétrica. Ainda bem que o nosso Ventania tem energia da bateria e não fiquei na escuridão. Aproveitei para tocar o meu sax. E chegou o Rogério da Fazenda Barreiro para mostrar o jornal “O Barreiro”, que acabou de sair, com um belo artigo sobre as aulas de tear da Neuza e também sobre o nosso Projeto Força Interior.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Estrada de Ferro desativada provocou paralisia na regiao. Esta gente vai fazer acontecer e dar novos rumos as vidas dos habitantes.

Aracaçu reagindo.

10 de janeiro de 2006. Você já ouviu falar de Aracaçu?

Pois é! Eu nunca tinha ouvido falar de Aracaçu. Estive lá em setembro passado, pela primeira vez. Se a ferrovia não tivesse sido desativada, hoje já seria um município, provavelmente. Continua sendo um bairro distante, rural, pertencente a Buri, próximo da cidade vizinha Campina do Monte Alegre. Após a paralisação da ferrovia, Aracaçu também parou. Ou melhor, as pessoas pararam, os servidores idem. A população não chega a 1.000 pessoas. Hoje reunimos os servidores da prefeitura de Buri que servem em Aracaçu. Tem gente boa, gente com vontade de resgatar a vida e energia de Aracaçu, e deixar uma boa marca na história da vila. Pessoas como a Dona Maria, Gilmara, Vera, Maria Lúcia, Sônia, André, Carlos, Dener, Hélio, José Maria, Luis Carlos, Demerces, Alessandro, Juraci, Adriano, querem tornar Aracaçu novamente vibrante, mesmo com escassez de recursos. Só faltava um bom empurrão e tocar em frente. E já estão com muitas idéias. O grande exemplo de pessoa que mereceu aplausos foi o tratorista Hélio, citado pela Maria. Hélio e mais três irmãos ergueram, por conta própria, uma nova igreja, em substituição à antiga, que demoliram por não ter um bom alicerce. E reergueram sozinhos, em apenas uma semana, com telhado e tudo, sem salário algum. Uma semana! Puro idealismo, responsabilidade, competência e valentia. Foi o melhor exemplo da importância do Sonho Pra Valer! Com exemplos assim, todos querem deixar suas marcas e uma vila melhor para as próximas gerações.

Foi bom rever nas fotos as crianças em dia de aula na minha primeira visita. Elas representam o futuro de Aracaçu, mas, dependem muito dos exemplos dados pelos adultos. Os professores dão exemplo de dedicação, responsabilidade e flexibilidade. Cuidam de diversas séries na mesma sala de aula. Não podemos deixar que essas crianças abandonem seus sonhos ou desistam de sonhar. Como diz a ligadíssima Maria, as crianças se espelham nos pais, nos adultos. Portanto, os adultos não podem parar de sonhar pra valer!
Dona Lucia, Dona Clarice, eu... Ninguem resiste a uma agua, com tanto calor em Buri.

Calor, água, crianças!

9 de Janeiro, segunda. Que calor em Buri!

Aproveitei o dia para fazer algumas melhorias dentro do Ventania. Com as madeirinhas que ganhei do Gerard, da Fazenda Barreiro, fiz pequenas prateleiras dentro do armário do busão para facilitar a guarda de utensílios de cozinha. Ficou uma beleza. A Neuza vai se surpreender com minha grande obra em marcenaria.

Dona Clarice e Lúcia não agüentaram o calor que fazia no galpão da Capelinha, com teto baixo de amianto. Pararam o tear e resolveram molhar e lavar o espaço para diminuir a temperatura. Fui logo ligar o mini-lava-a-jato e tudo virou diversão. Todo mundo teve a sua vez de brincar com o fortíssimo jato. Depois que foram embora, resolvi brincar sozinho e lavar o Ventinho, nosso Uno que não via uma ducha há quase um ano.

domingo, janeiro 08, 2006

quando recebemos tamanho apoio, aumenta a vontade de continuar ajudando.

Ivonete, Didi, Rita, Lidiane, Sebastião. Apoio vem de Santo André.

Vizinhos da Capelinha dão a maior força ao Força Interior.

A Rita veio buscar a bolsa que a Cida fez especialmente a seu pedido. Está passando alguns dias de férias na casa vizinha do Sebastião, que outro dia, emprestou energia elétrica para o Ventania numa emergência. Junto com a Rita, vieram a Ivonete, que também faz trabalhos de desenvolvimento social em São Paulo (ou Santo André?), a dona Didi e as crianças Thaís, Natália e Geovana. Ficaram encantadas tanto com os trabalhos que viram como com a proposta de desenvolvimento de Buri. E levaram muitas outras coisas como incentivo ao Projeto Made In Buri. Aproveitaram também para conhecer o motorhome por dentro. Pena que a Neuza não está por aqui. E para minha surpresa, pediram para eu continuar tocando sax, pois estão gostando. É que nos momentos de folga e inspiração, na ausência da Neuza, pego um pouco no sax e toco baixinho músicas da década de 50, 60 e 70. Mesmo baixinho, o som vai embora e perturba os vizinhos.
Servidores de Buri. Afinando o time para acelerar o ritmo de desenvolvimento.

Palestra para a Prefeitura. Dá-lhe, Buri! Vamos lá.

7 de janeiro, sabado.

No parque ecológico, vieram servidores de todas as áreas. Educação, Obras, Saúde, Fundo Social, Agricultura, Administração e Finanças, Compras, Recursos Humanos, Conselho Tutelar, Cozinha etc. Objetivos do Encontro: aumentar e juntar as forças, de forma integrada, para acelerar o ritmo do desenvolvimento da cidade de Buri, em todos os setores. O Prefeito Jorge Loureiro fez um balanço geral de 2005, deixando a todos muito mais otimistas para novas realizações em 2006.

Utilizei, como apoio para a palestra, o filme “Nenhum a Menos”, que mostra a história de uma garota de apenas 13 anos, contratada para cuidar, por um mês, de uma escola rural paupérrima. É marcante sua iniciativa, persistência, resistência, determinação, responsabilidade, para reencontrar um aluno que foi embora para a cidade tentar trabalho para ajudar sua família. Enfrenta a fome, sono, a indiferença e má vontade das pessoas nos mais diversos locais, até reencontra-lo de forma emocionante. Sendo um filme baseado em fatos reais, permitiu discussões e reflexões, mostrando que podemos dar muito mais do que estamos dando. Discutimos a importância que se dá aos DIREITOS, e esquecendo bastante os DEVERES. Direito a prisão especial, direito a visita íntima no presídio, direito de processar alguém por qualquer coisinha, direito de ficar calado, direito de não falar a verdade numa CPI, direito adquirido por pensões e aposentadorias imorais etc. E os deveres?

Quem é Servidor Público, tem que lembrar do DEVER de SERVIR. Se cada servidor se entregar um pouco mais ao SERVIR, Buri será outra, rapidamente. E as lideranças devem dar o exemplo, pois os exemplos fortalecem valores nas pessoas com quem convivemos. Os valores Respeito, Responsabilidade, Honestidade, Gratidão e Solidariedade podem ser fortalecidos mais facilmente numa cidade pequena como Buri. Estas pessoas, conscientes das suas responsabilidades, querem deixar a sua marca na história do crescimento da cidade. E como linguagem visual de incentivo, adotamos o movimento rápido para baixo com as mãos e estalando os dedos, significando “dá-lhe, Buri”. E depois do encontro, tivemos um almoço especial preparada pela turma da Cozinha.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Gente que aprende, gente que faz e acontece.

Lucia, Dona Clarice, Eliana, Paulinho, Lucia, Neuza, Viviane, Silvana, Jorge, Camila, Lucia, Daniela, Cida e Zelinda. Projeto Made in Buri vai se espalhando a cada dia. Muita gente trabalhando e com muita criatividade. E ainda tem o pessoal da Fazenda Barreiro.

terça-feira, janeiro 03, 2006

3 de janeiro. Outro Diluvio

Ontem, eram quase 11 horas da noite. Ja estavamos dormindo. Uma fortissima ventania bateu no Ventania e arrebentou uma das pontas da lona que cobre a nossa casa. A lona toda se transformou numa gigantesca vela e parecia que iria estourar todas as amarras com o forte vento. Saimos rapido no escuro para segurar a lona, antes que tudo fosse pelos ares. E desceu uma tremenda chuva que ensopou a gente em um minuto. A Neuza segurou a ponta arrebentada. O vento levantou tudo e ela nao conseguia segurar. Parecia que iria junto para o ar. Soltou. Eu pulei e segurei novamente. Coisa de louco. E a agua descia. Com muito custo conseguimos prender a lona novamente. Da janelinha do nosso quarto, por um bom tempo, ficamos olhando a forte agua caindo, a lona que subia e descia, e as amarras domando o vento e a lona. Conseguimos dormir quando a chuva e o vento enfraqueceram. O barulhinho das gotas batendo de leve na lona, continuamente, faz qualquer um dormir. Logo cedo, uma vistoria em volta e nenhum estrago, felizmente. Nosso Ventania mostrou ser valente e seguro abrigo. Mas, pela TV, vimos inundacoes terriveis em Sao Paulo. Caiu um temporal por habitante. Por razoes obvias, nao tirei fotos do temporal de ontem a noite na Capelinha. As imagens que eu tenho eu gravei num vendaval e temporal durante o dia.
Filhos. Uma companhia importante.

E vou ficar outra temporada sozinho no Ventania em Buri. Decidimos ser muito importante a Neuza ficar na casa de Sao Paulo para curtir a Sonia, junto com a Veronica e o Jorge, por causa da nova e bonita etapa da vida da Sonia, que conseguiu um trabalho numa editora, e vem gostando e agradando. Enquanto a Veronica esta em ferias escolares, a Neuza quer dar muito carinho e atencao aos filhos, para depois retornar ao Projeto Made In Buri. E eu seguro as pontas por aqui, numa boa! Tem muito trabalho para fazer o tempo andar rapido. Neuza deu orientacoes especiais para a Lucia e Cida, que fazem bonitos trabalhos no tear de pregos. Estas duas nao deixarao o projeto parar. Cida e sua filha Camila fazem tudo com um capricho, criatividade e determinacao que empolga a todos. Caminham todo dia a tarde, dois quilometros para vir ate a Capelinha, e mais dois para voltar para casa. A jovem Daniela se entusiasmou ao ver o trabalho delas e pegou firme no tear. Dona Clarice ja eh veterana e assidua participante no tear da Capelinha. Vira e mexe, esta no nosso site para que suas filhas de Campinas e o filho que mora nos Estados Unidos a vejam.

domingo, janeiro 01, 2006

um dia de contatos muito especiais. Estas pessoas sao bastante especiais. Feliz Ano Novo a todos.

Feliz Ano Novo, amigos do Força Interior

1 de Janeiro de 2006. Feliz Ano Novo

Dia 31 de Dezembro e Dia 1 de Janeiro são praticamente o mesmo dia, com muitas reflexões, balanços, lições, encontros, planos, abraços, sentimentos à flor da pele etc.

Foi muito rico em emoções. Neuza retornou de São Paulo após umas férias rápidas com seus filhos. Verônica ficou em São Paulo, com os irmãos Jorge e Sonia. Minha amiga Simone Martins veio de Indaiatuba para conversar com a gente em Buri, e clarificar decisões a serem tomadas para 2006. Uma surpresa que surpreendeu pelo surpreendente e-mail que me surpreendeu e me deixa surpreso e feliz até agora, foi patrocinada por um amigo português Chico Lopes, ex-diretor da Philip Morris em Portugal, agora aposentado, ou retirado, conforme eles falam lá. Falar com meu filho Cacá, a esposa Márcia e a netinha Nina também foi demais. Todos estão no Japão, debaixo de uma forte nevasca, superando os problemas de adaptação e até as doenças da pequena Nina, com bronquite, catapora e tersol. Falar com o amigo gaúcho Castilhos, companheiro de camping em Armação-Penha S/C, assim como os curitibanos Paulo e Marilda, para desejar-lhes um feliz ano novo, ajudou a resgatar momentos inesquecíveis em Santa Catarina. Um e-mail da Márcia, da Omni nos comoveu, apoiando-nos e aplaudindo-nos pelo que fazemos no Projeto Força Interior.
Na passagem de ano em Buri, juntamo-nos ao amigo Entelmann, sua esposa Fatima e toda a fam�lia Albuquerque, na casa da sobrinha Carla. Judite, irma da Fatima e Rosangela, veio de Caceres, Mato Grosso. Judite dedica-se ha tempos a causas ligadas ao ensino e ao desenvolvimento social. E uma grande idealista. De longe, acompanhamos o festival de fogos de artificio, que reuniu toda a populacao de Buri na praca em frente a Igreja do padre Carlos.
hoje, 1 de Janeiro, aqui na Capelinha chove, chove muuuito. Fui prevenido nestes dois ultimos dias arrumando a lona que cobre o motorhome. Valeu ter feito isso, pois nao entra uma gota de agua no Ventania. La fora, tudo inundado. Ate os papagaios Sol e Lua ja pensam em aprender a nadar se a agua subir mais um pouco. O pe de tomate da Veronica ja esta quase submerso. Faz muita falta a Veronica, essa baixinha super companheira. Nestas horas ela estaria brincando la fora na enxurrada, como fez outro dia. E num dia de chuva como este, a Neuza aproveita para desenvolver novas tecnicas de tear para poder ensinar depois. E ainda arrumou tempo para fazer sagu, e o tradicional bolinho de arroz batido, chamado �moti�, que todos os japoneses comem no primeiro dia do ano.