sexta-feira, setembro 30, 2005

Capelinha com muita gente, todo dia, num ambiente muito agradavel.

Gente humilde, com vontade de aprender a fazer ao invés de comprar pronto.

Na Capelinha, novos alunos a cada dia. A alegria de quem faz seu primeiro trabalho é imensa, como a Terezinha e o seu primeiro cachecol. A ABDC, com o Rubens e o Rodolfo, já está produzindo tear de prego. Eu ganhei retalhos de ripa do Sr. Paulo e da casa vizinha, que está refazendo todo o telhado. Rubens e a esposa Luciana trouxeram os filhos para aprender. A quantidade de gente está aumentando e exigindo mais mesas e cadeiras para se poder trabalhar. Quem já aprendeu, ensina os mais novos. Dona Clarice está sempre por aqui, trabalhando, fazendo peças para netas e filhas, trazendo doces e leite tirado no dia. Feliz da vida porque até as dores musculares estão diminuindo com a tearpia. A Neuza vem fazendo amigas com seu jeito calmo, com muita paciência e boa vontade, mesmo com dores na coluna e o problema na vista direita que a impede de enxergar com precisão. À noite vou leva-la para Itapeva para mais uma sessão de acupuntura com a doutora Rute para aliviar essas dores. A nossa pequena Verônica é uma gigante, que ajuda nas aulas de tear e cuida muito bem da casa. Está bem independente, agora com seu veículo próprio (sua bicicleta). Ficamos tranqüilos, mesmo voltando tarde de Itapeva. A maior prova dessa tranqüilidade é que não levamos nem o celular para ver se está tudo em ordem.
estes jovens querem mudar o rumo das coisas em suas vidas. Vamos ajudar.

Jovens de Buri querem um futuro diferente.

29 de Setembro

Começamos hoje um Projeto de Valor para adolescentes da Escola Elisa Martirani. São alunos da oitava série. Sabem que a essa escola não tem uma boa imagem no município por conta do mau comportamento dos alunos. No próximo ano já estarão em outra escola. Terão apenas mais dois meses e pouco para deixarem uma marca positiva na escola e reverter essa imagem. Na palestra de hoje tivemos oportunidade de mostrar a deterioração dos valores nas gerações atuais, onde o Ter é mais importante que o Ser, produzindo gerações vazias, mergulhadas num ciclo de consumo insensato, forçando os pais a trabalharem mais e mais para poderem comprar mais e mais coisas de utilidade duvidosa, influenciadas por artistas famosos ou famosas. Estes jovens estão acordando para essa situação e querem construir um futuro numa outra direção, baseada nos cinco valores, honestidade, respeito, responsabilidade, solidariedade e gratidão. Demonstraram interesse em participar do Curso de Formação Gerencial que darei quinzenalmente. E vão aplicar esses conhecimentos criando uma Indústria e Comércio de artesanato com tear, para se tornarem auto-sustentáveis. Têm o compromisso de colocar em prática esses valores dentro da escola, preservando os recursos, ajudando os educadores, evitando desperdício de comida, ajudando a combater desordem e desrespeito na escola. Cada um demonstrou, indo para a frente da sala de aula, que fez a escolha conscientemente, a favor de uma grande mudança a partir de si mesmo. Estamos todos otimistas. Eu, Neuza, a Diretora Eliana, a Fátima, a Renata, a Simone, a Marieni, e todos os professores.

quarta-feira, setembro 28, 2005

e se alguem perguntar se a vida foi muito dura, responde que foi tranquila, sem problemas!

Nina Higuchi. Uma lição de vida!

28 de Setembro, quarta-feira

Chegou uma frente fria. Ontem, logo cedo, fui até São Roque levar para minha mãe um lençol térmico. Desde que experimentei um em Passo Fundo, comprei para várias pessoas pois é uma delícia entrar numa cama quentinha quando está frio. Minha mãe está com 83 anos e diz que não sente frio, mas ficou de experimentar a novidade. Faltou tirar uma foto (então, pego dos arquivos). Agora vai aprender a mexer com o tear que nós compramos para ela. Essa é a Dona Nina Higuchi. Nunca pára.
o futuro assiste aulas aqui.

Pequenos, mas que crescerão e cuidarão deste país.

Hoje fui com o Pivo a duas escolas rurais, de manhã e de tarde, para projetar o filme Procurando Nemo. Na Escola Rural do Fundão tivemos 23 alunos. Weslei é um garoto completamente diferente dos demais. Ainda que necessite de cuidados especiais, com dificuldade motora, destaca-se pela vontade de se expressar, sem medo de dar opiniões, mesmo que lhe fujam as palavras corretas. Muito perspicaz, vivo, atento. Foi o aluno que mais participou depois de assistir ao filme.
flexibilidade, criatividade, dedicacao, entrega. Verdadeiras missionarias.

Brava Gente Brasileira, esses nossos professores.

Na Escola do Bairro Aracaçu também foi um sucesso, inclusive com a presença de muitos pais e mães. Alunos da pré-escola também assistiram ao filme. Muita risada, muitos sustos, muita torcida. Demonstraram muita facilidade em expressar suas opiniões individualmente ao final do filme, o que não é comum quando estão em grandes platéias. Certamente, há uma enorme influência das professoras nessa boa capacidade de comunicação dos alunos.

Ser professora é uma nobre missão. Lecionar em escolas rurais é ainda mais nobre. É impressionante a dedicação e trabalho exigido, para cuidar de diversas séries, diversas idades, na mesma sala de aula. Matérias e assuntos diferentes para cada grupo na sala. Merecem muito aplauso e gratidão esses educadores.
e o projeto do tear vai tomando corpo.

mais gente veio para ajudar: Rubens e Luciana

Na Capelinha, o movimento continua grande com o tear. Novos alunos, de todas as idades. A Capelinha está se transformando num agradável ponto de encontro e de trabalho. Algumas crianças adotaram a Neuza e vêm todos os dias após a escola e ajudam a ensinar os novos alunos. Felizes estavam as duas vovós, Iraídes e Terezinha, que concluíram seus primeiros trabalhos no tear. O projeto está recebendo uma grande força com a entrada do Rubens e a esposa Luciana, que são voluntários na ABDC e também vieram ver em que e como poderiam ajudar. O Rubens tem enorme experiência em marcenaria e vai ajudar na fabricação dos teares de prego. A Luciana está aprendendo a utilizar esse tear para também poder ensinar outras pessoas.

segunda-feira, setembro 26, 2005

em Buri, tem pessoas preocupadas em servir ao proximo, melhorar a vida das pessoas, como a Josimara, Renato, Rodolfo e a Durvalina.

Planos para ajudar os jovens de Buri

26 de Setembro, segunda-feira

Fomos até a ABDC, Associação Buriense de Defesa da Cidadania. A Josimara, secretária, pediu e marquei uma palestra na Faculdade Metodista em Itapeva na próxima segunda-feira. Renato e Durvalina mostraram algumas peças feitas com taboa que podem servir como embalagem para as mantas que serão produzidas no tear de pregos. Aproveitei para ver a quantas anda a fabricação dos teares de prego. Anda devagar pois existem outras prioridades no setor de marcenaria. E a confecção desses teares é fundamental para nossos planos, de forma integrada aos alunos da oitava série da Escola Elisa Martorani. Esses planos, conversamos com a Marieni, Secretária da Educação e Cultura, a Renata e a Eliana, Diretora da Escola. Já nesta quinta-feira, terei um encontro com esses alunos para mostrar toda a idéia e para obter a colaboração de todos na escola, com comportamentos que fortaleçam os valores Responsabilidade, Respeito, Honestidade, Solidariedade e Gratidão. Os que toparem, participarão de um curso de Gerência, que eu mesmo darei. E irão gerenciar a produção e comercialização dos artigos produzidos pelo grupo.
o ambiente gostoso, formado por pessoas simples, humildes, que curtem as coisas simples, como uma boa conversa, aprender a fazer ao inves de comprar pronto, e relembrar velhos tempos.
De volta à Capelinha, mãos à obra. Fiz mais um tear de prego. E o telefone toca. É meu amigo Rodmar, Presidente da Knorr Bremse. Ganhei o dia. Disse que o filho com a Grace vai nascer em novembro. Beleza! Em outubro nos veremos na fábrica e vamos colocar o papo em dia.

E a turma da Capelinha continua firme. Os garotos apanhando e aprendendo a mexer com madeira, medidas, serras etc. Também fazem peças no tear de prego. As mulheres estão mais firmes do que nunca e sempre chegam novas alunas, já vovós, e que há muito não se viam. Dona Laurinha, Dona Terezinha e outra que me fugiu o nome, proseiam alegremente, contam namoricos na juventude, riem gostosamente. E as horas passam e o trabalho vai tomando forma. Tem sido comum (coisas do interior), a Neuza ganhar ovos, leite, mamão, banana, verduras etc. Hoje a Dona Clarice, onde já fomos comprar leite, trouxe um doce de leite com côco, que ela mesma fez delicioso. Também está trabalhando firme no tear para terminar um poncho.

domingo, setembro 25, 2005

estamos com um plano mais consistente para ajudar aqui em Buri.

Planos de Mudança mais consistentes para os jovens de Buri

domingo, 25.
Neuza tirou o dia para fazer doces em conserva, de mamão e de abóbora. Ontem já fez um delicioso bolo de fubá com creme, o meu bolo preferido. Eu passei o domingo fazendo gabaritos em madeira para a confecção dos teares de prego, que precisaremos padronizar para todos os interessados em participar do nosso projeto. Depois, tive que testar e fazer uma peça em barbante cru. Deu certo, e a Neuza deu um acabamento colorido. Temos que estabelecer um padrão de qualidade para exigir de todos os que quiserem produzir peças para vender pelo projeto.

sábado, setembro 24, 2005

Fatima e Entelmann querem fazer muito por Buri e seus habitantes. E nos queremos ajudar tambem.

Entelmann me salvou ontem na Castello Branco. Hoje conversamos.

24 de setembro.

Neuza lambeu a cria em São Paulo, os filhos Jorge e Sonia, desde ontem à noite. A Verônica ficou em Buri no busão, com a companhia da amiguinha Lisiane. Conversamos horas ontem à noite. Todos estão bem, por fora e por dentro, principalmente. Na volta para Buri, aproveitei para comprar pregos para o tear, serra tico-tico, lixa, para facilitar o trabalho com a garotada na marcenaria. Chegamos meio-dia e a Verônica estava fazendo macarronada de almoço. A venda de brigadeiro hoje foi bem fraquinha. Não pagou os custos, e, assim, Verônica vai aprendendo o que é ser gerente e lutar por resultados. Vale ouro a nossa Verô. No meio da tarde vieram o Dieter Entelmann e a esposa Fátima para boas conversas e aprofundarmos as idéias de como ajudar a população do município de Buri e no desenvolvimento da cidade. Por descuido meu, não tirei nenhuma foto da visita. Mas tenho fotos de arquivo.

sexta-feira, setembro 23, 2005

foi um grande stress passar de carro pela marginal tiete. mas valeu pelo reencontro desta Brava Gente Brasileira.

Amigos. Nas horas certas eles não faltam!

23 de setembro, sexta-feira – sem gasolina na estrada!

Saímos 7 horas de Buri para uma consulta oftalmológica para a Neuza às 11:15 em São Paulo. Verônica ficou sozinha, e só voltaremos amanhã. Ela se vira bem e tem o compromisso de vender brigadeiro ao sábados, com a amiga Lisiane. Sempre saio com uma boa margem para evitar atrasos. Na Castelo Branco, próximo a Sorocaba, acabou a gasolina e o marcador ainda registrava ¼ de tanque. Nenhum posto por perto. E pensa, e pensa. Meu amigo alemão Entelmann trabalha em Boituva, 35 quilômetros de onde estávamos. Salvou nossa pele. Em 30 minutos chegou o Rogério, seu motorista, com um galão de gasolina e permitiu seguirmos viagem. Amigos são assim. Já em S. Paulo, tínhamos 45 minutos para ir até a Rua Vergueiro. Seria tranqüilo se não fosse o maldito congestionamento na marginal Tietê. Que stress. Deixei a Neuza nas proximidades para ir andando enquanto eu tive que dar voltas pela região para conseguir passar para o outro lado da Vergueiro. Perdi 20 minutos!

Finalmente, o reencontro com o Dr. Kozo Nakano, após mais de 6 anos. O tempo passa rápido, pois seus filhos Takashi e Mayumi já são médicos e trabalham juntos na Clínica Nakano. Quando os conheci nos tempos de beisebol com meus filhos, eram adolescentes. Takashi provou, desde que haja muita disciplina e garra, que é possível fazer a Faculdade (Medicina na USP) e continuar jogando sério beisebol num clube e na Seleção Brasileira. Esta é uma família exemplar, que, contando também com a animada e sempre carregada de boa energia, mamãe Júlia, sempre ajudou em causas sociais, além de uma efetiva atuação no Rotary Club. A Neuza foi examinada por pai e filha. Conforme a Dra Rute de Itapeva também apontou, há uma mancha na mácula da retina. Agora, só com um exame chamado angiografia sei lá que mais, será possível determinar com precisão um diagnóstico. Valeu o reencontro, Nakanos!

quinta-feira, setembro 22, 2005

este pessoal trabalha pelas pessoas da regiao e eleva a imagem do Hospital da Santa Casa de Itapeva

Santa Casa de Itapeva. Melhorando sempre!

22 de Setembro, quinta-feira – em Itapeva – Santa Casa
(e o malufão e o malufinho continuam dormindo na cama de concreto. Que beleza!)

Novamente na Câmara Municipal de Itapeva, desta vez para uma palestra para os funcionários da Santa Casa, agendada pelo David, da Folha do Sul de Itapeva. A Santa Casa de Itapeva já tem uma ótima imagem na região pela qualidade dos serviços prestados. E pudemos comprovar essa qualidade quando a Neuza precisou de serviços médicos logo que chegamos em Buri. Noventa pessoas participaram. As fotos foram tiradas pela Ana Paula, assessora na Câmara. Cláudia, da assessoria de imprensa do Hospital Santa Casa quis mais detalhes do nosso trabalho. Na palestra conversamos sobre: Desenvolver, Nossas Fôrmas, Pensar Grande, Lucidez, Todos são Gerentes, Gerentes fazem mais resultados com o mínimo de recursos, Lidar com escassez de recursos, Criatividade, Pessoas fazem a diferença, Pessoas Everest, Pessoas Ervilha, a Força Interior e a responsabilidade de cada um para fazer uma Itapeva melhor.

Amanhã, sexta-feira, vamos a São Paulo, para uma consulta oftalmológica, por sugestão da Dra. Rute de Itapeva. Vou reencontrar um velho amigo dos tempos de beisebol, Dr. Kozo Nakano, e o Dr. Takashi Nakano. Takashi e meu filho Vitor jogaram muito tempo juntos. Agora, já formado, cuida da visão e da saúde das pessoas. E a Verônica vai ter que se virar sozinha novamente aqui em Buri, no busão, na escola, nas aulas de tear, até voltarmos, amanhã mesmo, ou sábado.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Saude! Buri pode fazer um trabalho exemplar, com criatividade e comprometimento de cada servidor publico.

Servidor Público está para servir!

21 de Setembro

Palestra para a segunda turma da Secretaria da Saúde.

Já comentei sobre isto na primeira palestra. Uma só pessoa pode fazer muita diferença. Rogério, um jovem Agente Comunitário de Saúde, ao saber da nossa presença na cidade de Buri e dos objetivos do Projeto Força Interior, logo influenciou diversas pessoas responsáveis pelo setor da saúde para a realização de uma palestra com todos os funcionários, visando a melhoria dos serviços. Assim, conhecemos a Sueli, a Edna, o Secretário da Saúde Osvaldo, e duas datas foram agendadas para duas turmas da Saúde. Hoje já é para a segunda turma.

Cada servidor, dando a sua melhor contribuição, certamente irá trazer grandes resultados para a população e para o município. Cada servidor é um gerente. Sabe que é responsável por resultados e tem que saber lidar com escassez de recursos. Estando comprometido, cada pessoa terá a dimensão de um Everest, com muita força interior para superar obstáculos e cumprir sua missão. O paradoxo disto tudo é que fomos a Itapeva à tarde para consulta médica para a Neuza, numa oftalmologista, Dra. Rute, recomendada por pessoas de Buri, para descobrir por que uma das vistas está apresentando distorção nas imagens. E também precisa descobrir o que fazer com as dores na coluna, que incomodam muito. A própria Dra. Rute fez uma sessão de acupuntura. Saímos 8 horas da noite de Itapeva, e a Verônica sabe se virar bem na cozinha, deixando-nos despreocupados. Ao chegarmos, já tinha jantado, e não se esqueceu de ligar o aquecedor de água e também de ligar o lençol térmico, pois está um friozinho gostoso para dormir. Como hoje teve prova e terminou cedo, voltou a pé, percorrendo 3 ou 4 quilômetros. Esta nossa Verônica é um anjo!

terça-feira, setembro 20, 2005

viver de verdade eh trabalhar de bicicleta e curtir o caminho e as ruas do interior, em Buri.

Pedala, Raul!

19 de setembro, segunda-feira

realizei um sonho antigo: ir de bicicleta para o trabalho

A Neuza precisava usar o carro para ir até Itapeva, no mesmo horário em que eu tinha palestra numa escola em Buri. Amarrei os banners na bici, peguei uma mochila e ...pedala, Raul! Dez ou quinze minutos pedalando com calma e observando melhor as coisas do caminho. Passei por 4 serrarias, vacas na beira da estrada, cachorros dormindo sem me importunar, galinhas ciscando na frente deles sem medo, um cupinzeiro tomado por um lindo pássaro amarelo. Passei numa bicicletaria para ver o Abraão, um rapaz que assistiu a uma palestra minha e conversamos muito depois. Está trabalhando com outro jovem, o Vanderlei, que não tem medo de recomeçar tudo de novo, mesmo tendo levado grandes tombos provocados por sócios mal(uf) escolhidos.
influenciando o futuro, sonhando pra valer e sem medo do enorme trabalho que vem pela frente.

Brava Gente Brasileira, sem medo de trabalho intenso.

À noite, terceira palestra do dia. Cooperativa de Costura, a pedido do Dico.

Lucidez, Pensar Grande. Todos são gerentes. Precisam obter o máximo de resultados com o mínimo de recursos. Lidar com escassez usando a criatividade. Este é o mundo da competição no qual a cooperativa está entrando. A pressão sempre vai ser grande, sem choro nem vela. Ou encara, entra na briga, ou é excluído rapidamente. Estes foram os assuntos que coloquei para as pessoas presentes que integram a Cooperativa recém constituída, no ramo de Confecções em Buri. Entre elas estava uma senhora, Maria Helena, mãe do Abraão da bicicletaria, um rapaz de muito valor, já mencionado algumas fotos antes. Dona Maria Helena compreendeu perfeitamente as coisas conversadas na palestra e resumiu a trajetória que a cooperativa terá: é como obter água; primeiro temos que puxar água do poço com corda e balde; trabalhando muito e obtendo bons resultados, dá para comprar uma bomba e Fazer mais resultados, com Menos recursos. Ganhei o dia e a noite.
homens trabalhando e atrapalhando

capelinha agitada. jovens, crianças, adultos.

20 de setembro, terça-feira

Trabalho duro em casa. Mexer no encanamento de esgoto do Ventania. Que dureza! Mas tem que ser feito e pronto. Instalei uma saída de esgoto direto para a fossa da Capelinha. Isso vai facilitar muito nossa vida nos próximos meses.

E à tarde, choveu gente nas aulas da Neuza. Mais de trinta pessoas passaram por aqui hoje. E eu decidi ensinar os rapazes a fazerem o tear de prego para suas mães e irmãs não precisarem comprar. Mexer com esquadro, encaixes, centralização, eqüidistância, serrar, lixar, pregar. Alguns aprendem fácil. Outros, que situação! Não sabem quantos milímetros tem num centímetro! Determinar o meio de uma ripa de madeira é um exercício extenuante. Mesmo assim, devagar, com paciência, muita paciência, saiu o primeiro tear. Alegria geral!
educadores sofrem para passar valores nas escolas. Poucos pais acompanham o desenvolvimento dos filhos nas escolas.

estudantes. tem que assimilar valores.

Mais duas palestras
Crianças da quarta até oitava série. De manhã e à tarde. Quase quatrocentas crianças da Escola Estela Martorani, em Buri, para uma palestra sobre valores, a pedido da Diretora Eliana. Alunos da oitava série podem ajudar no fortalecimento dos valores, ajudando professores e diretores, merendeiras. Respeito, Responsabilidade, Honestidade, Solidariedade e Gratidão. Os alunos mais velhos influenciam muito no comportamento dos menores. Pude sentir, estando presente no pátio, na hora do intervalo, o trabalho que os educadores têm. É de esgotar a paciência e a garganta de qualquer um. Com muita criatividade, os educadores precisam inventar todo tipo de atividade para que as crianças ocupem a cabeça e o tempo com coisas saudáveis. Existem muitos casos de menores já envolvidos em encrencas seguidamente. Aproveitei para incentivar a aprenderem o tear. Duas crianças foram logo depois da aula até a Capelinha e já estão aprendendo e fazendo peças em barbante com a Neuza.
este interior do Brasil estah uma beleza para nos, com tanta amabilidade.

segunda-feira, setembro 19, 2005

livres, alegres...

Passar por este mundo do interior, em cidades pequenas, é resgatar coisas simples, uma espécie de fio terra da vida. Nesta semana, com a palestra nas escolas rurais, e andando com a Maria Cecília, da Secretaria da Educação de Buri, ela mostrou a escolinha onde dava aula, muitos anos atrás, e tinha que trazer num latão a comida das crianças, pela estradinha de terra. Hoje as coisas são mais fáceis em termos de recursos, porém, com mais casos de roubo de equipamentos, de alimento e depredação da escola. Crianças até a quarta série são aquela alegria, pureza e timidez de sempre. Muitas meninas têm o hábito de levar a sandália, tênis ou sapato na mão na volta para casa, para não sujar, não estraga-los. E andam com uma alegria invejável, tagarelando o tempo todo, como se tivessem uma cota mínima de palavras para gastar no dia. E hoje, após o filme do Procurando Nemo, a cota aumentou, pois foi um dia muito especial e têm muito o que falar, até chegar em casa.
a receita da felicidade esta dentro de cada menino e menina daqui.

domingo, setembro 18, 2005

um mundo de fazer inveja aos ilustres moradores/presidiarios de apartamentos e condominios fechados da capital de s.paulo e outros estados.

gente humilde muito rica de vida!

Passar por este mundo do interior, em cidades pequenas, é resgatar coisas simples, uma espécie de fio terra da vida. Nesta semana, com a palestra nas escolas rurais, e andando com a Maria Cecília, da Secretaria da Educação de Buri, ela mostrou a escolinha onde dava aula, muitos anos atrás, e tinha que trazer num latão a comida das crianças, pela estradinha de terra. Hoje as coisas são mais fáceis em termos de recursos, porém, com mais casos de roubo de equipamentos, de alimento e depredação da escola. Crianças até a quarta série são aquela alegria, pureza e timidez de sempre. Muitas meninas têm o hábito de levar a sandália, tênis ou sapato na mão na volta para casa, para não sujar, não estraga-los. E andam com uma alegria invejável, tagarelando o tempo todo, como se tivessem uma cota mínima de palavras para gastar no dia. E hoje, após o filme do Procurando Nemo, a cota aumentou, pois foi um dia muito especial e têm muito o que falar, até chegar em casa.
uma semana e ainda nao libertaram os dois. Habeas Corpus negado! Este eh o Brasil que todos querem ver. Menos o Severino, o Valerio e o Agnaldo Timoteo e Salim Curiati.

Podemos acreditar mais.

18 de Setembro de 2005, Domingo

Muito emocionante. Pai e filho unidos, bem unidos, dormem no mesmo quartinho, simples. Até dividem o quarto com outros amigos. Estão tristes porque queriam estar em casa com os netos, no almoço de domingo, com quibe quentinho. Agora sim deveria existir todas as câmeras do Big Brother lá dentro para mostrar o Big Father. Isso eu assistiria com prazer! E o Big Father promete que ainda vai se candidatar a Presidente da República para dar um jeito nessa corrupção do PT. Assim é a vida do Malufão e Malufinho na prisão, nestes últimos longos 8 dias. Quem diria! Nem o juiz Lalau acredita no que está acontecendo (aliás, onde anda o lalau?). Eu achava que jamais veria isto na minha vida. Então, fiz um quibe de bandeja em comemoração ao retorno da justiça brasileira, e um grande aplauso para a juíza brasileira Silvia Maria Rocha que decretou a prisão.

sábado, setembro 17, 2005

Estes dois irmaos agora nao olham para o chao. Andam de peito erguido, auto-estima la em cima.

A magia da Neuza recupera o brilho nos olhos das crianças.

As crianças da Neuza. Que incrível mudança!

Viviane, 10 anos. Paulo, irmão da Viviane, 14. A mãe deles trabalha com reciclagem de pet e recolhe garrafas nas casas da região. Há duas semanas, desde que a Neuza começou a ensinar tear na Capelinha, chegou a Viviane. Completamente desatenta, irriquieta, com muita dificuldade de fazer certo as coisas mais simples, conversava em excesso, e demandava uma atenção enorme da Neuza. Até eu tive que chamar sua atenção de forma mais dura. Que canseira! Alguns dias depois veio também o irmão, Paulo, 14 anos, com um jeitão desengonçado pelo tamanho e bem gordinho. Ficava sério, só olhando, vendo sua irmã e as mulheres trabalhando no tear. Saía do mesmo jeito que chegava: quieto, calado, sem sorrir. Dias depois, pegou um tear e saiu fazendo, sem orientação da Neuza, e fez seu primeiro trabalho, demonstrando habilidade e vontade. Hoje, duas semanas depois, Viviane está responsável, confiante, orgulhosa, produzindo com qualidade e fez seu primeiro poncho. Chega cedo, tem objetivo, varre o espaço, oferece refresco e biscoito para mim, lava os copos, sorri, ajuda muito a Neuza. Não recebe mais broncas. Só elogios. É outra pessoa, com 10 anos. Paulo dedicou seu dia hoje para ensinar outras pessoas que estão começando. E a Neuza (e eu também), feliz da vida com tamanho progresso dos dois, que são bastante pobres. E isso vai proporcionar uma convivência mais gostosa, com conversas ricas sobre realizações, com um prazer pelo dia vivido e com muitos planos para o dia seguinte, além de ser uma opção para melhorar a renda da família. Hoje entram na Capelinha com peito erguido, auto-estima elevada, querendo aprender coisas novas. Sábado bem cedinho, já estavam os dois aguardando a Neuza para novas aprendizagens.
escolas rurais em Buri. foi comovente para todos.

Crianças precisam de Valores. Nestas duas escolas rurais de Buri, aprendem bem.

16 de Setembro, sexta-feira

Duas escolas de primeiro grau, num total de 200 crianças até quarta-série, em Buri. Fui de carro, com o diretor Pivo e a Maria Cecília da Secretaria da Educação. Projetei o filme Procurando Nemo, nas duas escolas. Sempre é emocionante ver a criançada numa excitação, curiosidade, atenção. Ninguém pisca os olhos nos momentos de maior suspense. Não têm medo de se apoiar ou se esconder um no outro quando acontecem cenas assustadoras. Riem solto em momentos engraçados. No final, sabem dar suas opiniões, o que acham certo, o que acham errado. Muitas crianças se apresentam espontaneamente para falar sobre cenas do filme. Não se escondem por medo de falar. Isso significa bom trabalho dos professores. Valeu muito percorrer os 25 quilômetros até as escolas e ver as carinhas espertas e cheias de vida. E ao término de tudo, levam as cadeiras de volta para suas salas de aula. Na escola, longe da TV, aprendem muito o que são valores.

sexta-feira, setembro 16, 2005

vamos conseguir.

quinta-feira, setembro 15, 2005

É preciso estar atentos. Vamos resgatar valores perdidos.

À noite, palestra para adultos e jovens da Escola Francelina, a pedido da Professora Solange, que vem tendo seguidos treinamentos comigo, com a turma da Secretaria da Educação. Temas: a importância de se ter sonhos pra valer, que produzem a força interior necessária para vencer obstáculos; conseqüências no dia a dia para quem não tem sonhos pra valer (ser atraído por sonhos ou propostas ridículas, ou mesmo criminosas, influenciados por outros de mente vazia); a importância dos valores (respeito, honestidade, responsabilidade, solidariedade e gratidão, para se ter uma comunidade em que se pode confiar nas pessoas; reflexão sobre a decadência dos valores, em grande parte bagunçados pelo que se consome via TV. Ao final, mesmo cansados, estavam contentes com o que viram e ouviram, e arrumaram a sala, deixando melhor do que encontraram.
estes baixinhos espertos querem aprender de tudo. Antes da escola ou na volta da escola, passam na Capelinha para aprender algo mais. E ficam longe da tv consumo.

Crianças. sempre benvindas!

15 de setembro

Após 4 dias de chuva, o sol reapareceu para poder lavar um montão de roupa. E logo cedo peguei nas ferramentas para fazer um tear de pregos e ensinar alguns garotos a também construírem tear de pregos para suas mães ou até para vender. Consegui madeira de graça. Novamente, “seu Paulo”, sempre gentil, arrumou uma ripa para eu fazer o tear. Enquanto isso, aumenta o número de mães que vieram conhecer o trabalho da Neuza, depois que seus filhos lhes mostraram em casa, os lindos trabalhos que fizeram com as próprias mãos. E o filho ensina a mãe. Beleza pura! Ninguém à toa!

quarta-feira, setembro 14, 2005

Quem eh servidor publico, tem que servir, e servir bem ao publico.

14 de Setembro, quarta-feira – Saúde. Tão importante quanto Educação

14 de Setembro, quarta-feira – Saúde. Tão importante quanto Educação

Uma só pessoa pode fazer muita diferença. Rogério, um jovem Agente Comunitário de Saúde, ao saber da nossa presença na cidade de Buri e dos objetivos do Projeto Força Interior, logo influenciou diversas pessoas responsáveis pelo setor da saúde para a realização de uma palestra com todos os funcionários, visando a melhoria dos serviços. Assim, conhecemos a Sueli, a Edna, o Secretário da Saúde Osvaldo, e duas datas foram agendadas para duas turmas da Saúde. Na palestra de hoje, todos saíram com a firme vontade de transformar Buri numa referência no Estado de S. Paulo, de qualidade, de excelência em serviços de saúde para a população. Cada servidor, dando a sua melhor contribuição, certamente irá trazer grandes resultados para a população e para o município. Cada servidor é um gerente. Sabe que é responsável por resultados e tem que saber lidar com escassez de recursos. Estando comprometido, cada pessoa terá a dimensão de um Everest, com muita força interior para superar obstáculos e cumprir sua missão.
brava gente brasileira de Itapeva e regi�o.

terça-feira, setembro 13, 2005

gente que acredita, gente que vai fazer acontecer e resgatar valores para Buri.

Quem destruiu tanto os valores? O jeito é fazer algo. Estas pessoas farão!

13 de setembro – Blitz para resgatar VALORES

Em Buri e em Itapeva, o pessoal da Educação está realmente determinado a trabalhar sério para resgatar os valores sociais, muito deteriorados nas últimas duas a três décadas. Enxergando a gravidade da situação e da tendência de piorar a cada ano, resultando em crianças, jovens e adultos vazios, preocupados mais em TER do que SER, impactando nos próprios filhos e netos, os gestores da educação, diretores de escola, e demais responsáveis no Ensino, desenvolverão esforços conjuntos para reverter o quadro e as projeções preocupantes.
e a Neuza passando valores para algumas crian�as do Bairro da Capelinha atraves do ensino do tear. Longe da TV Lixo, TV Muxa, longe de Xohpin! Um sucesso, sem pesquisa de Ibope.
frente a frente com os problemas dos valores humanos, nitidamente enfraquecidos em nossa sociedade. Esta turma vai fazer muito para resgata-los.

Novelas, Maus Politicos, Maus Governantes, Estrelas de TV destroem. Sobra para os professores reconstruirem os valores

E hoje também dei uma palestra em Itapeva, a convite da Haru, da Secretaria da Educação, e participaram 60 pessoas entre diretores e coordenadores das escolas da região. Em duas horas, demos maior foco para a questão dos valores (honestidade, responsabilidade, respeito, solidariedade e gratidão), bastante enfraquecidos nas últimas duas ou três décadas. Muito disso devemos aos péssimos exemplos dos nossos políticos e governantes e também às novelas de grande ibope, conseguido com golpes, chantagens, sexo, vale-tudo, traição, ao longo de muitos meses. O problema, após décadas, recai de maneira brutal nas salas e no colo dos professores, que recebem alunos, de todas as idades, que não gostam de serem cobrados por respeito, responsabilidade etc. E, se tentam ser mais duros com os alunos, os próprios pais pedem o afastamento do professor, do diretor etc. Assim, com esforços individuais, não há como ter força interior, com tanta falta de apoio. A saída é um esforço conjunto, coletivo, envolvendo todos os professores da cidade, todos os diretores, prefeitura, pais e alunos sobre a gravidade da situação, a escuridão quanto ao futuro, e a importância de se fazer algo, pelo menos, nas cidades da região, como Itapeva, Taquarivaí, Buri.

Ao final da palestra, dois diretores, Paulo Sérgio e Silvana, conversaram comigo. Estão com suas esperanças renovadas. Paulo Sérgio disse que retorna a Guarizinho, onde é diretor da escola, com a motivação recuperada, triste que estava após receber notícia de vandalismo na escola, ocorrido na noite anterior. Retorna com muitas idéias na cabeça para envolver toda a comunidade e tratar do resgate desses valores.
primeiro tem que chover bastante para conhecer o comportamento da agua. Depois abrimos as canaletas no lugar certo e elevamos os lugares certos. E a lona ajeitada para dirigir a queda da agua para o lado que queremos.

morar em busão também exige acordar à noite na chuva para mexer nos lugares certos.

12 de Setembro, segunda-feira
que toró, a noite toda, e quase o dia inteiro! Nossa obra (que não é do Maluf), funcionou! As pedras que carregamos e aumentamos o nível do piso, não deixou a água molhar nossa parte coberta. A modificação na amarração da lona amarela também fez a água escorrer para os lados. Antes enxarcava e espirrava água no nosso piso verde. Tudo suportou a forte ventania. Agora estamos tranqüilos. Só temos um problema: a máquina de lavar não funciona e precisa de assistência técnica (eu liguei precipitadamente em 220 volts!) E em Buri não tem assistência técnica para o tipo de máquina, com abertura frontal. Temos que acionar socorro em Itapeva.

segunda-feira, setembro 12, 2005

Valores. Essa turminha pobre vai crescer com valores muito ricos.

plantando valores

11 de Setembro, domingo. Brasileiro! Participe do Kibe-Esperança.

Não deixe que os dois Malufs adoeçam por falta de quibe e tenham que sair da nova morada 5 trancas. Vamos lançar o Kibe-Esperança. Disque 0800-11-11 e doe 11 kibes, grossos, caprichados e quentes. Eles merecem! E vá torcendo para uma nova campanha, Macaxeira-Esperança, para o Severino Xique-Xique.

Lições com a passagem por São Paulo.

I LOVE S.Paulo, mas I LOVE mais ainda, cidades pequenas como Taquarivaí, Buri, Itapeva, que ainda não possuem o tal de xópincentis. Fomos até o xópin Aricanduva ontem para procurar uma loja da Claro para descobrir por que não funciona o celular da Neuza em Buri, pois funcionava bem há duas semanas. Ninguém resolveu. Aproveitei para comprar pregos para ensinar meninos a construírem tear de prego para suas mães. A lã e barbante já havíamos comprado. Só falta o tear de prego. Na sexta-feira, dez crianças estavam com a Neuza para aprender. E sempre aparecem mais. Verônica empresta seus brinquedos. Todos se divertem e aprendem. Estão longe da TV e do consumismo. No sábado, no xópin, as crianças que vimos, passeavam deslumbrados, com os pais, comprando e desfilando e exibindo sandalinhas da muxa, óculos de sol da muxa, mochilas da muxa e da barbie. Os jovens nas lojas de tênis e jeans caríssimos. Quem pode, compra. Quem não pode, inveja, baba e fica com raiva do salário que ganha e da empresa que lhes paga (que paga o que pode, mas sempre insufiente para o que a pessoa quer comprar). Assim, muitos fazem planos de como ter tudo, sem precisar trabalhar muito. Daí surgem malufinhos, severininhos, jeffersonzinhos, que aprendem cedo o jogo da chantagem, do cinismo, da trapaça. E, em S. Paulo, empresários conseguem ter a coragem de pagar para assistir e dar boas risadas numa palestra com o Roberto Jefferson. Ainda bem que jovens estudantes de direito do Largo S. Francisco, também chamaram o cara e ofereceram vaias e laranjadas. No xópin Aricanduva, certamente estavam mais de 5 mil pessoas naquela hora do almoço, o equivalente a toda a população de Taquarivaí. Ainda bem que isso é apenas um exercício de cálculo e imaginação, pois a maioria da população está cuidando de galinhas, fazendo pão, conversando em família, brincando na rua, cuidando de horta, conversando com vizinho, olhando o movimento da rua etc. O triste é que, à noite, novelas e novelas de maus exemplos é o prato de todos. É bom demais retornar a Buri e voltar a encontrar a criançada, dar boas risadas com elas. Na sexta-feira uma delas, trabalhando no tear, disse “Eu não tenho gúúia”. Outra corrigiu: “Não é gúú-ia. É a-gúú-ia, muié! E cada um tem que tê a sua agúúia qui é miió!”

sábado, setembro 10, 2005

e, aplauso para mais uma Ju�za corajosa: Silvia Maria Rocha. Temos mais uma Denise Frossard. O Brasil tem jeito!

S.O.S. Kibe. S.O.S. Kibe. Mandem Kibe para os presidiários Malufs.

10 de Setembro, sábado, em S. Paulo

ALELUIA, ALELUIA! A MELHOR NOTÍCIA DOS ÚLTIMOS ANOS!

Hoje, 6 horas da manhã, acordamos cedo para comprar lã na R. 25 de março, para a Neuza ensinar as pessoas pobres de Buri. Liguei o rádio e a notícia que aguardo há anos, aconteceu. Em todos os nossos trabalhos, em Itapeva, em Buri, em Taquarivaí, estamos falando sempre e, visando sempre, o resgate de valores humanos, bastante bagunçados atualmente: Honestidade, Respeito às Pessoas, Respeito às Coisas, Responsabilidade, Gratidão e Solidariedade. E, sempre que toco nesse assunto, logo vem o assunto Mensalão, Maluf, Severino, Impunidade, tumultuando a reflexão sobre os valores. Agora, acho que as coisas começam a mostrar um horizonte com melhores perspectivas.

Fomos às compras no tumultuado movimento da Rua 25 de Março, e carreguei enormes sacolas com lã e barbante. Mesmo assim, não perdi o humor. A notícia sobre os Malufs me fez bem o resto do dia. Filho Maluf algemado! Imaginem o que devem conversar Pai Maluf com o Filho Maluf na mesma cela. Já pensou? Um olhando para o outro e dizendo um para o outro: Obrigado por me oferecer isto!

Acho que vai demorar para vermos novamente os risos cínicos que fizeram os brasileiros terem o estômago virado. Que não falte kibe cru para os dois! Mas que cobrem 250 milhões de dólares pelos kibes.

sexta-feira, setembro 09, 2005

duas feras da Sabesp de Buri.
sem medo de encarar obstaculos e dificuldades

Buri, bem servida pela Sabesp

9 de Setembro, sexta-feira. Palestra para a Sabesp de Buri

Neste final de semana vamos para São Paulo. Tem casamento e a Neuza quer comprar lã para repassar às alunas de Buri, que não dispõe de boa oferta. Pela manhã, mais uma palestra, desta vez para os funcionários do Posto da Sabesp de Buri, gerenciado pelo Toninho. Esta turma tem apresentado bons resultados, superando todas as metas planejadas. Aproveitei para compartilhar os conceitos sobre Desenvolver, Formado, Conformado, Inconformado, Gerente, 7 Resultados, 7 Recursos, Fazer mais resultados com menos recursos, Lidar com Escassez com Criatividade, Pessoas Fazem a Diferença. Podem aproveitar para se aprimorar ainda mais trabalhando em equipe e pro-ativamente, elaborando planos de emergência e simulando desastres. A tragédia ocorrida com o furacão Katrina em New Orleans pode trazer muitos alertas e lições para quem quiser melhorar sua capacidade de servir a população.
paciencia chineuza

Ensinar crochê para crianças, só a Neuza!

e a paciência chineusa da Neuza...É incrível! Eu perco a paciência com a paciência que ela tem. Ensinar crochê já é difícil. Ensinar crochê para crianças, só a Neuza! Ela já tem um lugar no céu fácil fácil! E eu vou junto porque temos que estar sempre juntos.
um futuro melhor para o Brasil passa por Taquarivai

Em Taquarivaí, no Colégio Agrícola Paula Souza, tem muita Brava Gente Brasileira

à noite, em Taquarivaí. No Colégio Agrícola Paula Souza.

E assim as coisas vão acontecendo, por influência das pessoas. O Professor Everton, que dá aula de geografia, em Buri, na escola da Verônica, pediu uma palestra minha no Colégio Agrícola em Taquarivaí, Foi bom demais. Juntaram duas classes, de Meio Ambiente e de Técnicos de Administração. Jovens interessados, alegres, responsáveis, com muita energia, mesclados com pessoas de maior experiência de vida. Estudam à noite e chegam de diversas cidades da região. Sem conhecer, dei carona ao Marcos, de Buri, que, por coincidência, ia para Taquarivaí, onde estuda no Colégio Agrícola. Desenvolver, Lucidez, Pensar Grande, Gerente, Fazer mais resultados, com o mínimo de recursos, lidar com escassez, criatividade, Pessoas fazem a Diferença.

quinta-feira, setembro 08, 2005

7 de Setembro. Feriado de Trabalho e Alegria.

Feriado ou não, todo dia acontece coisas boas.

7 de setembro, feriado.

Mesmo feriado, a Neuza dá aulas. Verônica também ensina o que sabe. No quintal da Capelinha a Verônica brinca com a criançada, que vai chegando para ver a novidade (os japoneses que moram num ônibus) no bairro em Buri. A Neuza está numa alegria só, com a horta que ganhou, preparada e já plantada pelo Rogério, que é um agente de saúde e também cuida da igreja para o padre. Há anos que a Neuza fala em ter uma horta. E o Rogério fez tudo hoje. Trouxe adubo, preparou a terra, fez o canteiro, plantou couve, salsa, cebolinha. Plantou também sementes de flores que a Neuza comprou. Verônica, desajeitada, observou, mexeu um pouco. Mas vai aprender e acompanhar o desenvolvimento do que foi plantado. Experiência que não teria morando no apartamento em S. Paulo.

quarta-feira, setembro 07, 2005

E a Neuza hoje nao foi comigo para Taquarivai. Fez falta. Ficou na Capelinha ensinando novas pessoas a trabalhar com tear. Sempre chega gente nova que ouviu falar do seu trabalho. Tem paciencia e carinho com todas as pessoas. Esta eh a Neuza.
Este Brasil tem que mudar.

Taquarivaí. Cidades Pequenas. Um bom exemplo para as Grandes Cidades

6 de setembro, terça-feira – em Taquarivaí

Palestra para funcionários da Prefeitura de Taquarivaí. A Prefeita Cecé, que havia assistido parte da minha palestra na semana anterior com o pessoal da Educação, quis que todos os funcionários que trabalham na Prefeitura e nas frentes de trabalho, também tivessem uma palestra minha. Mostrei como nos comportamos no dia a dia, sem foco, sem objetivo, sem energia, sem motivação. As conseqüências, caso isso se torne um hábito, é viver sem vida, se tornar um morto-vivo, como disse um ativo senhor, Sr. Bilo. Pior que isso, é o mau exemplo de valores que essa pessoa representa para seus próprios filhos e colegas. Honestidade, Responsabilidade, Respeito e Solidariedade são valores que se fortalecem pelos bons exemplos. Cada um é um gerente, é responsável e tem autoridade para exigir de si mesmo e do outro, atitudes responsáveis, honestas, de respeito e solidárias. Sem isso, cada um, mesmo sem querer, replica Malufs, Jeffersons e Severinos que o Brasil já tem demais. Taquarivaí, com seus 5 mil habitantes, tem enorme chance de se livrar disso.

segunda-feira, setembro 05, 2005

Marieni, Secretaria da Educacao de Buri, com toda a equipe de gestores, querem fazer muito pelas pessoas, resgatando valores importantes nas pessoas, nas fam�lias, na cidade. Honestidade, Respeito, Responsabilidade e Solidariedade. Querem um Brasil melhor do que estamos tendo. E queremos ajudar muito esta brava gente brasileira.

Temos que mudar este Brasil. Cidades menores serão o exemplo.

5 de Setembro, segunda-feira

Começamos o dia carregando pedra. O toró de ontem à noite mostrou os pontos que enchem d’água em volta do Ventania. À tarde, segunda palestra para os gestores da área de Educação do município de Buri. (palestra combinada ontem, domingo, em plena feira-livre, onde encontramos a Marieni, Secretária de Educação. Aqui é pá-pum! Decisões rápidas). Flip-chart improvisado. Sala apertada. Mas nada é problema. O que vale é o interesse. Deixei claro que darei tantas palestras quantas forem necessárias ou solicitadas para pessoas realmente interessadas em cumprir uma missão que vai além de dar aulas e passar as matérias. Quem está na área da Educação tem que pensar no curto, médio e longo prazos, no futuro dos filhos e das próximas gerações, pensar na escola, na comunidade, na cidade, no país. Temos que resgatar, desenvolver e fortalecer valores como honestidade, respeito, responsabilidade e solidariedade. O show de corrupção que muitos políticos e governantes tem apresentado nos obriga a tomar decisões de mudança já, e em conjunto, pois o que acontece é resultado da degeneração dos valores ao longo das últimas três décadas, atingindo pessoas e setores que, presumidamente, jamais poderiam cometer delitos.

Na palestra de hoje eu compartilhei conceitos e recomendações para melhorar os resultados como gerentes, em casa ou na escola, lidar com escassez de recursos, a importância de se ter uma causa ou missão de vida, as escolhas, onde todos são responsáveis em chamar a atenção de pessoas (professores ou não), que fazem seu trabalho de maneira desleixada e desinteressada.

Tenho chamado a atenção para a oportunidade que as cidades pequenas têm de provocar essas mudanças e melhorar as perspectivas para as gerações atuais e futuras. Os gestores do setor da Educação podem deixar uma marca única, de integridade, de ousadia, de iniciativa, de sabedoria e decência.

sábado, setembro 03, 2005

debaixo de sol ou de chuva, homens e mulheres enfrentam tudo para realizarem seus sonhos, no concreto.

Morada do Sol - Itapeva - Brava Gente Brasileira

3 de setembro, sábado. Itapeva. Emoção num mutirão. Sonhos Pra Valer!

Almoçamos e rumamos para Itapeva. Um conjunto habitacional começou a ser construído num sistema de mutirão. 50 pessoas dedicam pelo menos dois dias da semana para ajudar na construção das casas em que irão morar. A maioria só consegue ajudar nos finais de semana. As pessoas cuidam bem das ferramentas e materiais cedidos pela prefeitura. Homens e mulheres pararam seus trabalhos hoje para a minha palestra, a pedido da Marilise, Secretária de Promoção Social. Simone, Dulce, Elton fazem parte dessa equipe da prefeitura. Já estivemos juntos na palestra do Jardim Kantian. Também veio o Secretário Xixo e a esposa Maria, voluntária da Associação Luz da Visão, que também quer uma palestra para os cegos e deficientes visuais.

Êta Brava Gente Brasileira!

Foi emocionante estar com essas pessoas, que estão determinadas a realizarem seus sonhos de terem uma moradia própria. Homens e Mulheres, debaixo de sol forte, fazem o trabalho, coordenado pelo experiente mestre de obras Zinho, da prefeitura. Carregam e assentam blocos, tijolos, cavam, e aos poucos vão erguendo e construindo seus sonhos. Pensam nos filhos, na família, sem esquecer dos valores fundamentais para se viver bem e em paz, consigo mesmo e na comunidade. Estas pessoas são provas concretas de valores como Responsabilidade, Respeito, Honestidade e Solidariedade. Mesmo sendo pobres, dormem em paz, o que não acontece com os políticos ricos, mas ladrões engravatados como os Malufs e Jeffersons da vida.
Uma parada para enxergar com clareza o que estao construindo, enxergar a grandeza dos sonhos e dos valores de todos.

sexta-feira, setembro 02, 2005

exatamente um mes depois de estacionar o Ventania no Parque Ecologico, mudamos para a Capelinha, bem perto do Parque. Que trabalho!

mudanças, mudanças. esta é a nossa rotina.

2 de setembro
cada mudança dá uma trabalheira danada. Mas é bom para não ficar na zona de conforto. Com o toró que caiu esta noite, tive que nivelar melhor o Ventania. Qualquer mundança de lugar exige desinstalar, reinstalar (lonas, cabos, gaiolas, torneiras, mangueiras, antenas), aproveitar coisas do novo local, inventar coisas que não tem disponível no novo local, e principalmente, não lamentar as coisas boas que deixamos para trás e virar a página para passar a curtir o mais rápido possível o novo local. Na Capelinha não temos jaboticabeiras e suas sombras deliciosas, nem abacateiros, nem água da fonte. Mas tem menos barro e poeira, tem churrasqueira, tem espaço coberto, lugar para prender a lona que cobre o Ventania. E já temos dois pintinhos que a Verônica comprou.

quinta-feira, setembro 01, 2005

em busca de um lugar onde o celular funciona. e encontramos a Capelinha em Buri. Deu uma trabalheira mas valeu. Agora estamos protegidos de todas as coisas ruins.

Estamos morando na Capelinha

Hoje à tarde, mudamos o Ventania, do Parque Ecológico para o quintal da Capelinha, muito perto do Parque. Verônica não queria mas aceitou a mudança. É um lugar menos bonito que o Parque porém com outras vantagens. A principal é que o celular pega bem, pois é um local mais alto. No parque era um desastre falar ao telefone. Toda hora some o sinal, bem na hora de atualizar as coisas pela Internet. Perdi a paciência. Também é um lugar mais protegido e com um espaço coberto, bem mais adequado às aulas e serve para manter o material de tear da Neuza.

Dá um trabalho danado mudar o Ventania de lugar, pois tudo precisa ser desmontado e montado novamente, e com chuva ameaçando. Mas a Neuza encara e facilita tudo. É mão na massa. Gastamos um total de 5 horas entre desmontar e ter tudo funcionando no quintal da igreja. E até que eu já consigo manobrar o busão em lugares apertados e acidentados, sem chacoalhar muito o busão para as coisas dos armários não quebrar nem cair.

Foi impressionante o apoio que tivemos do Gaspar, do Sr. Paulo, e do Rogério, que é um agente de saúde e também cuida da igreja. O Paulo, já aposentado, foi cortar dois imensos bambus para eu esticar uma cobertura para proteger o Ventania. O Rogério trouxe ovos caipiras para a Neuza. Fazem de tudo para agradar a gente e demonstram uma atenção, carinho e boa vontade que nós, paulistanos, não costumamos ter.
Nosso Projeto vai muito muito bem porque a Veronica facilita tudo e entra de corpo e alma e apoia tudo o que fazemos. Grande Tripulante. Nao eh turista.

Verônica. Uma jovem criança bem adulta.

1 de Setembro, quinta-feira
Começo prestando uma homenagem de gratidão e reconhecimento.

um destaque especial: a nossa filha Verônica, nosso anjo que caiu do céu.

Ontem, ao chegar da escola, 19 horas, eu e a Neuza já estávamos em Taquarivaí para uma palestra a professores e alunos da cidade. Sozinha, Verônica se vira bem. Faz alguma coisa para jantar, esquenta a comida, faz os trabalhos de escola, viu um pouco de tv, desligou, escreveu seu diário, e foi dormir. Quando chegamos, quase 23 horas, debaixo de uma tremenda chuva e esfriando, Verônica já estava desmaiada na cama. Quando a Neuza foi se deitar, ficamos emocionados. A Verônica teve o cuidado e o carinho especial de ligar na nossa cama, o lençol térmico que comprei em Passo Fundo. E a cama já estava bem aquecida para nós dormirmos. Durma com os anjos, Verô. Você merece.
Este Brasil tem que resgatar seus valores. As cidades menores podem ser os melhores exemplos a serem seguidos.

Valores que precisam ser resgatados no Brasil. Em Taquarivaí isso vai acontecer.

À noite, fui com a Neuza para Taquarivaí, na Escola Maria Estela.

Professores, alunos, formandos em Pedagogia. A Prefeita Cecé também participou. Sendo uma cidade pequena, de 5 mil habitantes, trabalhei fortemente a questão do desenvolvimento e fortalecimento dos valores humanos. Respeito, Honestidade, Responsabilidade e Solidariedade. Cidades pequenas têm maior chance de resgatar valores tão fundamentais como esses, para uma convivência mais segura e saudável, garantindo também um futuro melhor para as futuras gerações. E o papel dos professores é de suma importância nessa questão de passar valores para as crianças e adolescentes, já que a convivência em família tem sido menor que em outros tempos, e os programas que as pessoas assistem (novelas, reality-show de horrores, etc) em nada ajudam no desenvolvimento do caráter e dos valores das pessoas. Mostrei, tanto para adolescentes como para professores, que todos são A Autoridade, não só a Prefeita, para darem exemplos de valor e também para chamar a atenção de quem se desvia deles. Todos podem deixar para o próximo, um mundo melhor do que encontrou.
o desastre de uma valvula que nao funciona. O parque ecologico de Buri vai ter arvores mais frondosas.

O jeito foi encarar o desastre tapando o dariz!

31 de agosto, quarta-feira

Dia muito corrido. Hoje gastei o meu inglês, falando com dois americanos em Pittsburgh (chique, hein?), por telefone celular. Estou participando de uma seleção para dar uma palestra lá nos Estados Unidos, no ano que vem. Por precaução, liguei para lá meia hora antes do previsto. Não deu certo. Tentei inúmeras vezes, e nada. Liguei para a Claro e descobri que o meu aparelho está bloqueado para ligações internacionais. Ufa! Tentei novamente e nada. Apelei para a Verônica, da Knorr Bremse, e vi que estava fazendo besteira. Finalmente, em cima da hora, deu tudo certo. O papo até que fluiu bem. A definição vai demorar mais alguns meses.

O acontecimento de hoje, no entanto, foi outra coisa. E que acontecimento:
“Assim é a vida num motorhome, pra não dizer que não falei de flores”

De trás para frente:
. Verônica passa gelol no pulso da mamãe Neuza (logo que tomou um banho)
. Por que? Ora! Machucou o pulso com um tombaço, daquele de escorregar de bunda no chão, no barro, por dois metros. Vide a situação da bermuda.
. Por que? Porque estávamos limpando e enrolando para guardar, uma enorme e larga mangueira de esgoto do busão.
. Por que? Porque eu tive a brilhante idéia de distribuir o nosso “lixo orgânico enriquecido com coliformes” pelas árvores frutíferas do parque.
. E daí? E daí que a mangueira se soltou assim que eu abri a válvula. Jorrou “érda” pra todo lado. Tentei rapidamente fechar a válvula mas ficou travada aberta. Em menos de trinta segundos, duzentos litros de Rio Tietê da Capital, sob o nosso busão, chegando até nossa parabólica ajustada no chão. Essa antena vai crescer e vai dar flores. Aroma Jasmim. Para consertar a válvula, tive que entrar debaixo do busão, bem onde é a saída do Urânio enriquecido. Mamãe, eu não me conheço! Neuza abria um canal de escoamento com a enxada. O Sol, nosso papagaio, assistia a tudo, sem comentar nada. Verônica fechava as janelas para não deixar o mau cheiro escapar de dentro do busão. Se entrou, é nosso!

Apesar disso tudo, rir foi o melhor remédio. O astral da tripulação foi colocado à prova e todos passaram muito bem.