domingo, julho 31, 2005

caruaru. uma cidade arretada!

em Caruaru

31 de Julho, domingo.
A Neuza teve um idéia que eu nunca teria: sair de Recife e conhecer o interior de Pernambuco (por mim, ficaríamos em Recife até amanhã, conforme inicialmente planejado). Alugamos um carro e fomos a Caruaru. Numa estrada excelente, duas pistas, vimos alguns acampamentos do MST na beira da estrada. Percorremos a Zona da Mata, onde a cana de açúcar se espalha por todos os morros. Já, no agreste pernambucano, subindo a Serra das Russas, em Gravatá a temperatura cai bastante. Na estrada vendiam até morango produzido na região. Restaurantes anunciam fondue. Por falta de tempo, não fomos até o chamado sertão, onde é mais árido e dominado pela caatinga. Caruaru fica no agreste. Seus moradores gostam de dizer que são descendentes dos holandeses e têm olhos verdes. Outdoors e painéis inusitados. Come-se muita carne de bode. Caruaru é talvez o lugar mais agitado do planeta, com forró rolando em tudo quanto é canto, som muito alto, feiras movimentadíssimas, com mais de 6 mil barracas e artesãos e produtores cadastrados. Domingo durante o dia é a única folga na cidade. À noite tudo recomeça num ritmo alucinante. Passamos em Caruaru exatamente nessas poucas horas de folga. E ainda tem o bairro Alto do Moura, onde quase todos vivem do artesanato em barro, reproduzindo a arte do Mestre Vitalino. Vimos ao vivo o Joane, com o filho pequeno também mexendo no barro, fazendo um vaso. O mais complicado é se livrar ou negociar preços com o guia turístico. São treinados para não deixar você falar não. E conseguiu fazer isso comigo!
Maragogi, em Alagoas, faz parte do litoral nordestino, e impressiona pela beleza natural.

em Alagoas, Maragogi

De Caruaru pegamos uma estrada para ir a Maragogi. Passamos por Agrestina, Água Preta, Barreiros, São José da Coroa Grande. Impressiona a quantidade de barracos na beira da estrada, do MST, até Maragogi, já em Alagoas. A estrada é ladeada por coqueirais sem fim, que enfeitam todas as praias, de Norte a Sul aqui no Nordeste. Ao final da tarde, com o sol se pondo, chegamos ao hotel, muito lindo, Salinas de Maragogi, onde vou trabalhar com o pessoal da Unilever da região Nordeste.

sábado, julho 30, 2005

Recife. Andamos muito para pegar ideias para o Projeto Forca Interior

em Recife, a passeio. Um dia, quem sabe, a gente vem com o Ventania.

29 de Julho. Em Recife

Três dias de férias em Recife para a Neuza e para mim, aproveitando a viagem a trabalho que eu terei em Maragogi, Alagoas, dias 1 e 2 de agosto. Estamos sempre atentos vendo coisas que poderão ser úteis e produzidas na próxima etapa do Força Interior, em Buri e Itapeva. Do alto do hotel onde nos hospedamos é possível ver inúmeros prédios residenciais e hotéis sendo construídos no bairro nobre de Boa Viagem. Conhecendo o que aconteceu com São Paulo, não gostei de ver tanto crescimento. Produz alta concentração de pessoas e muito contraste das condições sócio-econômicas da população. Favelas e prédios luxuosos vão tocando a vida, com um de olho no outro. Fomos conhecer a Casa da Cultura, um antigo presídio desativado e restaurado, onde dezenas de lojas de artesanato atraem muitos turistas. Andamos no velho centro acompanhando as pessoas saindo do serviço e indo para casa. É a hora dos famosos churrasquinhos de rua, a água de côco, tapioca etc. Impressiona circular por Recife, passando por lindas e centenárias obras da época de Maurício de Nassau, na ocupação holandesa no nordeste brasileiro. Foi engraçado quando, comentando sobre essas belas obras, brincando, perguntei ao taxista se ele conheceu o Maurício de Nassau. Sério, disse que é muito novo, tem só 47 anos e ”não conheceu ele não”. Conhecemos a Praça da Boa Viagem com sua igreja emoldurada com milhares de luzes, rodeada de barracas de artesãos, e delicias regionais. Quanto a comida, eu e a Neuza temos vontade de experimentar tudo, mas estamos cautelosos pois temos enfrentado um desarranjo intestinal desde quando chegamos de Santa Catarina.
vida arretada em Recife

em Recife

30 de Julho, sábado. Em Recife e Olinda.

Gostamos de conhecer usos e costumes da região. Recife Antigo está ficando lindo com as obras de restauração de prédios e igrejas com duzentos, trezentos anos. O Mercado S. José é o melhor lugar para se ver como vivem os Recifenses. Peixe, camarão, carne, fígado, patas de boi e galinhas vivas, têm espaço no mercado. Nas mesas dos bares, a farinha de mandioca nunca falta. Espetinhos e carne de bode é fácil encontrar. Quebra-queixo de coco, de amendoim e de castanha de caju também. Pequenas lojas de loteria on-line estão pra todo canto, uma vizinha da outra. Impressionante. Chapéus de palha, fumo de corda e cachimbo. Panelas e vasilhas de barro, artigos de palha e sisal, redes e roupas simples e leves. Muita roupa colorida também. Músicos tocando forró na rua alegram os ambientes por alguns trocados. Ônibus lotados de torcedores do Sport Club Recife indo para o jogo contra o Náutico (Sport venceu por 3 a 2). A polícia examinou todos os ônibus com os torcedores, obrigando-os a pagar e passar pela catraca, já que é comum arrumar confusão e ninguém paga a viagem de ônibus.
Olinda inspira e transpira arte

em Olinda

Em Olinda, terra da linda vista do mar, terra das ladeiras, terra das igrejas, terra dos artesãos, artistas e músicos, terra dos turistas e guias turísticos que ligam a máquina de falar e não param, repetindo à exaustão, e sem emoção, a Batalha dos Guararapes, quando os holandeses, protestantes calvinistas foram expulsos depois de quase 30 anos de domínio, Duarte Coelho que exclamou “Ó linda!”, os telhados das casas dos mais ricos, com eira, beira e tribeira, bem visíveis da calçada para pura exibição. Daí a expressão “sem eira nem beira”, em alusão aos pobres.

quinta-feira, julho 28, 2005

preparativos para a proxima fase do Projeto Forca Interior em Itapeva, Buri e Ribeirao Branco. Veronica aproveita para curtir as amigas Leticia e Marina. E eu nem cheguei a curtir a represa. Vou deixar as tilapias crescer mais um pouco.

preparativos finais para a próxima parada: Buri ou Itapeva

26 de julho. Em São Paulo, para um banho de stress.

Aproveitei o dia para manutenção do Ventinho, troquei a correia dentada etc, na oficina do Aldo. Que gente fina é esse Aldo (e seu saudoso irmão Ronaldo). Enquanto o carro ficava na oficina, fui de metrô até o centro, na Rua Santa Efigênia, comprar bateria, DVD para gravar minhas fotos e reportagens, comer um sanduíche de pernil, ficar de olho em trombadinha etc.

27 de julho. Em Alphaville, na Plastrom Sensormatic. Foi bom rever e conversar com velhos amigos. Tito, Sirlene, Meire, Kátia, Regina, David, Zé Augusto, Carlos, Valdir, Rodrigo, Zé Guilherme. A turma da Diretoria estava fora, com o respeitado Professor Oliva.

28 de julho. Passei a manhã toda ajeitando os espaços nos bagageiros. Muita coisa vai ficar em Atibaia para comportar novas coisas, principalmente um montão de tear manual, que a Neuza vai precisar para ensinar nas comunidades. Varas de pesca com molinete, barraca de camping, pranchinha de surf da Verônica, telas de pintura da Neuza, também ficarão em Atibaia. Retirei um gerador de energia, que até hoje não foi necessário e ainda não o será. Deu trabalho. O busão tem que estar prontinho para a partida no próximo dia 4 de Agosto, rumo a Buri e Itapeva. Provavelmente ficaremos em Buri onde um amigo alemão, Entelmann, ofereceu um terreno para estacionar nosso Ventania. Amanhã, eu e a Neuza voamos para Recife e Maceió para um trabalho meu nos dias 1 e 2 de Agosto para a Unilever, retornando dia 3.

terça-feira, julho 26, 2005

Na Cooperativa Agricola de Lins tem gente animada, que faz a diferenca. Um dia a gente volta para la.

Lins. Palestra para a Cooperativa e fizemos muitos amigos.

24 de Julho, domingo, em Lins

Chegamos ontem em Lins e fomos à noite com o Harumi, na festa caipira da Cooperativa Agrícola de Lins, a Coalins. Conhecemos pessoas que fazem a diferença até numa festa caseira, como o Mauro, o Cláudio, a Emília. Essa Emília é realmente fora de série. Além de agricultora que põe o pé na lama com o Minoru e as filhas Meire e Miryam, cuida da lavoura, faz a colheita, embala os produtos, faz a entrega na cidade. Todo santo dia, além de cumprir essa rotina, está cursando Direito e falta apenas um ano e meio para a graduação. Astral sempre lá em cima, enche de energia por onde passa. Até na festa caipira. No domingo, a palestra foi um sucesso, com alto astral, mesmo com apenas 60 pessoas comparecendo no enorme e bonito salão da ABCEL, uma Associação da Colônia Japonesa de Lins. Yoshikuni, do Jornal Nikkey, Marinho, da Rádio Alvorada e outro repórter me entrevistaram. Massao e Hirano deram o apoio técnico. A palestra teve como objetivo mostrar a importância da energia, da motivação, que se obtém estabelecendo sonhos e objetivos pra valer. São os sonhos pra valer que produzem a valentia necessária para superar os obstáculos inevitáveis. Entender melhor sobre Tomar Decisões, para não ter medo de tomar decisões pro-ativas visando os resultados melhores que um gerente sempre tem que buscar. Fomos homenageados pela Direção da Coalins, através da Silvia e Hiroshi, que nos deram uma linda cesta de frutas, além de bandejas de caju do produtor João Batista e uma garrafa linda de cachaça artesanal, presente do Márcio. E depois, um almoço de confraternização e despedida de Lins. Ainda retornaremos para lá pelas amizades que fizemos e pela nossa torcida pelo sucesso dos agricultores, da cooperativa e da cidade.
e o recado na pousada: tomar banho antes de dormir.

Ufa! Que susto. Atravessar de balsa, à noite e dormir em Paranapanema.

25 e 26 de Julho. Pernoite em Paranapanema, indo para Itapeva

De Lins pegamos uma estrada nova (para nós), para ir até Itapeva. Passamos pela pequena Itatinga. Anoitecia quando a estrada terminou. Tem que atravessar de balsa a represa de Jurumirim. Que susto. Havia chovido. Nenhuma alma viva. Nenhum sinal de balsa. Apenas marcas de pneu no barro denunciavam que a balsa atracava por ali. Nenhuma margem de concreto ou com pneus de amortecimento. Só barranco. Puro barro. Nenhum pilar de amarras. E estava escurecendo rápido. A margem oposta é bem distante, sem chance de reconhecer balsa em movimento. Confessei meu medo à Neuza. Já estava quase dando meia volta quando chegou um caminhão carregado de cavalos. Voltavam para casa depois de participar de um Torneio de Laço. Só depois de ouvir o motorista e seu ajudante ficamos tranqüilos. A balsa funciona 24 horas. Esperamos 40 minutos. A balsa chegou. Nada parecido com as modernas instalações da balsa de Itajaí/Navegantes em Santa Catarina. Fiquei atento e fotografando. A balsa encosta no barranco de puro barro e um rapaz sai para enganchar um cabo de aço numa estaca encravada nas margens. O piloto da balsa acelera para forçar uma subida da rampa no barranco. Coisa de doido. Como já tinha mais carros esperando atrás de mim, não pude desistir. Tive que subir na balsa. Após a travessia, o processo se repete na outra margem. Fiz uma manobra dentro da balsa para escolher um local de saída sem degrau e com menos barro. Chovia muito. Decidimos pernoitar em Paranapanema. Tem dois hotéis. Me molhei todo. Os dois estavam fechados, tudo escuro, mesmo tocando a campainha, batendo palma, batendo no portão. Achamos uma pousada. Quase demos azar de novo, pois o homem que cuida da pousada estava saindo para a missa. Ficamos lá mesmo, camas de solteiro. A cesta de frutas que ganhamos em Lins nos salvou. O banheiro, comentou a Neuza, lembrava os tempos de criança quando vivia num sítio. Dentro do quarto, em um metro quadrado, sem porta, uma cortina de plástico que não alcançava o chão, deixando a água espirrar para dentro do quarto. O vaso sanitário quase sob o chuveiro, dois ganchinhos pra equilibrar tudo e uma pia pequena com espelhinho pendurado na parede. Como tudo é relativo, mesmo depois de ter passado por um lindo hotel em Lins, a pousadinha foi um achado para quem iria dormir no carro. 17 reais por pessoa. O recado ao hóspede fixado dentro do quarto mereceu uma foto. E tivemos uma ótima noite, até o galo no quintal achar que 5 horas da matina já era hora de acordar.

onde estacionar nossa casa?

pela primeira vez estamos andando pela regiao para decidir onde ficar com o motorhome.

Em Itapeva e Buri. Primeiros contatos.

25 de julho

Fomos primeiro conhecer Buri. Cidade pequena (talvez 10 mil habitantes?), tem a economia baseada na agricultura, pecuária e na indústria madeireira. Certamente estaremos ajudando por aqui algum dia. Depois fomos a Itapeva onde temos contato marcado com o David, do Jornal Folha do Sul. A simpática Tereza, recepcionista e secretária, deu algumas dicas sobre escola para a Verônica. O sargento Marcondes deu uma força danada. Com sua viatura (e nós seguindo atrás com o Ventinho), tentava encontrar um lugar para pararmos o nosso Ventania, o busão que ainda está em Atibaia. O David é um entusiasta que, com o Jornal e sua influência, busca melhorar as condições das comunidades e das cidades vizinhas e quer contar com a nossa ajuda. Mostrou-nos inúmeros locais da cidade como sugestão para estacionar o busão. O grande momento do dia, com o sol já se pondo, levou-nos para conhecer uma comunidade bem carente, com cerca de 200 famílias que moram em casas simples, humildes. E o David nos apresentou o Deniro, o líder dessa vila de ex-sem tetos, que assentava tijolos que formarão um muro, que circundará a futura igreja de Santa Luzia. Estávamos sem a nossa máquina fotográfica. Fica para a próxima uma foto desse Deniro. Que figura! É muito respeitado e seus habitantes concordam em não ter um bar com bebidas. Os próprios moradores fazem suas leis internas. Voltaremos lá muito brevemente para conhecer mais e poder ajuda-los. E todos os que acompanham o Força Interior saberão mais. Aguardem!
Quem nunca esteve em Ibitinga se surpreende com o movimento de sacoleiras e de onibus de todas as localidades em busca de boas compras. Edredon tem em todas as lojas. Bordados tambem. A cidade vive disso.

Ibitinga. Quanta Coisa! Enxovais, bordados...Sacoleiras

23 de julho. Rumo a Lins, 450 quilômetros, passando por Ibitinga.
Amanhã, domingo cedo, tenho um compromisso com a Coalins, Cooperativa Agrícola de Lins. Decidimos seguir hoje, sábado. Passando por Araraquara, a Neuza ficou com vontade de rever uma amiga (Satico) dos tempos de faculdade de agronomia em Jaboticabal. Só conseguiu falar por telefone com ela e com a irmã Toyoko. Aproveitamos para ir até Ibitinga, para conhecer a “Capital do Bordado”. É de impressionar quem chega pela primeira vez. A cidade vive disso. Vem gente de tudo quanto é lado. É sacoleiro de todo lugar, de todo jeito: de lotação, de busão velho, de busão novo, de carro, de Kombi, enormes sacolas com suas compras. Quando chegamos as lojas já estavam fechando. Mesmo assim pudemos rodar um pouco pelas ruas e lojas. Não compramos nada. Só fotos. Valeu.

sexta-feira, julho 22, 2005

aproveitar o pouco tempo que temos. Rever amigos na Weril em Franco da Rocha e fazer reparos no Ventania. Sem tempo para pescar.

correria sem perder a paz da represa de atibaia.

21 e 22 de Julho.
A Neuza está direto em São Paulo com os filhos (Jorge, Sônia e Verônica) lambendo toda a ninhada, matando a saudade antes de partirmos para a próxima etapa. Teremos pouco tempo por aqui, pois ainda tem uma ida a Lins e outra a Maceió e Recife. Neuza passou o dia na Rua 25 de Março com a Sônia procurando fios, lã, e outros trecos para levar no busão para os futuros trabalhos com a comunidade.

E eu passei na Weril para um trato geral no meu saxofone e para boas conversas com o Arthur, o Beto, Mário, Laércio. Estão felizes com os resultados ascendentes e com as visitas de especialistas estrangeiros em instumentos musicais de sopro, que saem encantados após verem a bela fábrica e a qualidade do que é produzido.

Também aproveito para curtir a bela paisagem da represa (parece me chamar para sentar e pescar. Aqui tem pacu, tilápia, carpa, piau e os dourados colocados há 4 anos já estão enormes). Sair deste lugar paradisíaco e ir morar no busão em 20 metros quadrados! Ninguém entende isso. Mas está valendo muito deixar tudo isso para trás em função das realizações que temos pela frente. Cobri o Ventania, coloquei uma fechadura (que não tinha!) no busão, com a valiosa ajuda do Toninho. Foi um belo trabalho. Caprichado. Apliquei os adesivos com os nomes das últimas cidades em que fizemos algum trabalho pelo Projeto Força Interior. Não citamos as cidades por onde passamos como turistas, como Pomerode, Barra Velha, Navegantes, Governador Celso Ramos, Balneário Camboriú, Blumenau etc.

quarta-feira, julho 20, 2005

sempre que posso, vou ver algumas pessoas de Atibaia que torcem pelo Projeto Forca Interior.

Brava Gente Brasileira em Atibaia.

20 de julho.

Em Atibaia aproveitei para rever pessoas que, desde o início, também torcem pelo Força Interior e já ajudaram a melhorar o nosso Ventania. A turma do Posto de Molas Atibaia, do José Antonio (famoso como o Risadinha), com o Alex, o Denílson, João Paulo, Alexandre e Tatiana. É uma turma de pessoas “mão na massa”. Têm soluções práticas e rápidas. Não enrolam. Quando é fim de semana, longe da graxa, ligam seus sons nos carros, e vão para as baladas. Ficaram contentes quando passei por lá com o Ventania. Fui abastecer o busão no Posto Ipiranga do Ricardo, onde passo sempre. Cuida muito bem do Posto, junto com a mulher e o filho. Sempre está limpíssimo e é fácil para eu manobrar o Ventania. Também passei no Norberto da JBC, para avisar que funcionou muito bem o sistema de cambão e engate para puxar o Ventinho. E fui até a SoldiSign para fazer os adesivos com os nomes das cidades por onde já trabalhamos.

terça-feira, julho 19, 2005

Brava Gente Brasileira faz uma empresa de muito sucesso: Plastrom Sensormatic

o destaque da festa foi a pequena Livia, filha da Simone. Esta, por sua vez, deixou a Simone Vitt segurar a filha como um saco de arroz. Foi bom demais ver essa gente irradiando alegria e orgulho pelos resultados conquistados, sem nenhum caixa 2 do PT ou mensalao do Roberto Jefferson e Valerio.
Flagras no caipirodromo da Plastrom Sensormatic

Revendo amigos da Plastrom Sensormatic, que patrocina o Força Interior desde o início.

19 de Julho, na Plastrom Sensormatic – revendo amigos, bem amigos.

Foi bom demais rever tanta gente que nos apoiou desde o início do Projeto Força Interior, quando tudo era apenas um sonho pra valer. Um ano depois, muita história para contar, muitos planos para o futuro. Ruy Chaves, Ricardo Noda, Heitor Fumis, Zanella, diretores da Plastrom Sensormatic, e demais funcionários torcem pelo sucesso do Projeto. Passei na empresa, em Alphaville, num dia muito especial, quando comemoravam os bons resultados da empresa e organizaram uma festa caipira à moda paulistana. Até o pessoal de vendas de outros estados estava lá. A Simone Vitt, de Porto Alegre mereceu um abraço especial, pois é daquelas pessoas que produzem um alto astral por onde passa, como a Regina, a Rosana, que comandou a festa caipira, a Cris, que espalhou chapéu de palha em todas as cabeças. Valdir e Denise foram os noivos. Reinaldo arrasou de padre maluco. Simone, ainda de licença maternidade, fez questão de estar presente com a pequena Lívia. Encontrei por lá até a amiga e competente consultora Marli, da Oficina de Liderança. Resumindo, eu vi a Sensormatic com Brilho nos Olhos, produto dessa Brava Gente Brasileira.

segunda-feira, julho 18, 2005

Nem uma folguinha para a Neuza. E eu fico só de reporter e fotógrafo.

sem descanso. As vizinhas tambem querem aprender. E a Neuza sempre disposta a ajudar.
18 de julho, segunda. E a Neuza não sossega. Novas alunas da vizinhança.

Depois de uma manhã de muito trabalho, com muita roupa para lavar, fomos almoçar com o Vitor, meu filho do meio que cuida de uma casa de Pastel. Tivemos pouco tempo de almoço pois a Neuza combinou com a Dona Isabel, nossa vizinha que cuidou da nossa casa, para vir aprender tear. Também chamou a Maria, e a sua mãe, e outra vizinha, e outra. Já tem 5 aprendendo. Amanhã vem mais gente. E a Neuza ensina com o mesmo carinho de dois dias atrás, quando se despediu da turma do camping em Penha/SC. Ensina com prazer, muita paciência e bom humor. Tem uma calma de fazer inveja a qualquer limpador de piscina.
12 horas de viagem. Longos silencios, muitas lembrancas, muita emocao, muitas pessoas tocadas pela Forca Interior, novas ideias e ideais. A ultima hora dedicada ao reencontro. Matar a saudade. Como foi bom rever pessoas que fazem parte da vida da gente. Mais choro, mais abracos, mais emocoes fortes.

Que Desespero! A Lua fugiu, na escuridão da noite.

Socorro! A Lua sumiu!
Após a festa surpresa, com muita emoção, todos pra casa. Eu e a Neuza ficamos ajeitando as últimas coisas que ainda estavam do lado de fora do Ventania, principalmente a gaiola dos papagaios. Fui lavar as mãos. Quando voltei, a Neuza corria para fora do camping, num misto de apavorada, assustada, perdida, dizendo “a Lua voou, fugiu!”. Sendo tarde da noite, tudo escuro, procurar um papagaio no meio das árvores das redondezas, é missão impossível. Castilhos tinha uma lanterna! Entramos num quintal de uma casa, com muitas árvores. Todos os seis, Verônica, Eu, Neuza, Castilhos, Rosângela e Juliana, olhando para cima, nas árvores, chamando Lua, Lua. Quem passava por perto imaginava sei lá o quê da gente. Eu comecei a replanejar o dia da volta. Ficar mais alguns dias, até a Lua reaparecer para comer. A Neuza, com a perda da Teca, não podia perde também a Lua. Seria um desastre. Voltávamos todos para casa para esperar o amanhecer enquanto a Neuza foi com o farolete até outra árvore. Apontou para cima, vasculhou pedaço a pedaço. De repente: “Oi, minha Lua querida, você está aí!”. Voltei para ver. Lá estava ela. Um corre corre danado: Pega a escada! Verônica, traz o girassol! Pega um bambu! Minutos depois, alívio geral! Voltaremos com o time completo, faltando só a Teca.
Socorro, Mamae! A Lua fugiu!
um dia dificil de esquecer. Agradecimentos, abracos, presentes, choro. E garantia destas pessoas de que o processo vai continuar.

e a vida continua...

À tarde, última reunião com o grupo de artesãs. A maioria não pode estar presente neste sábado. Aproveitei para mostrar a importância do grupo formado, que tem a responsabilidade de dar continuidade e fazer aumenta-lo, naturalmente, como aconteceu ao longo destas semanas. A marca principal é que, como todas confirmaram, o ambiente é muito gostoso, e dá vontade de voltar e trazer mais gente para conhecer também. E além de passarem horas gostosamente, aprendem, fazem coisas, ensinam. Depoimentos emocionantes marcaram estes derradeiros momentos. Neuza ganhou muitas lembranças, e cada uma dessas lembranças tinha um significado muito especial. Dona Zeli veio nos últimos 5 dias. Fez questão de dar um anel que estava usando. O bolo delicioso da dona Maria, a festa surpresa à noite, promovida pela Marilda, Marilene, Fabiana, Alessandra, Nair, o colar da Rose, a blusa da Dona Sinhá, a bandeja da Cida e Neusa. Até eu ganhei uma caixa de bombons da Rose, além do chapéu dos Castilhos. Despedidas, abraços, muito choro, mais abraços, mais choro, mais emoções. Verônica sofreu, chorou, mas vem lidando com maior tranqüilidade esses momentos de separações. Amanhã, domingo, 7 horas, queremos pegar a estrada.
estas pessoas, muito especiais, vieram de Curitiba para uma despedida calorosa. E ganhei um lindo chapeu.

amigo é coisa prá se guardar...

16 de Julho, sábado.

Alegria logo cedo. Os Castilhos vieram, de Curitiba. Tinham um presente do meu aniversário. Ganhei um lindo chapéu que o Indiana Jones também resolveu usar. Dona Rosângela, Seu Castilhos e Juliana, nos acompanharam para um almoço de despedida. Ter vivido esses meses no camping Flamboyant Amarelo proporcionou conhecer pessoas e fazer amizades bonitas como essas, com Castilhos e Companhia.

sábado, julho 16, 2005

Brava Gente Brasileira. Joao Gomes e familia (Elio, Rosa, Janaina, Roberto...)

em Itajaí, na Disauto do João Gomes, com a MWM International

MWM-International em Itajaí.

Ontem, sexta-feira à noite, palestra para o pessoal da Disauto e seus clientes.
Seu proprietário, o empresário João Gomes, é um empresário diferenciado. Muito ousado, de uma humildade ímpar, vem se destacando nas cidades onde se estabelece para o crescimento da organização. Lages, Joaçaba, Itajaí. Eu já havia dado uma palestra em sua sede em Lages, quando estávamos em São Joaquim. Agora que estamos em Penha, fomos a Itajaí. E foi um sucesso, com a presença do Marcos, de Porto Alegre, que representa a MWM International. E, ao final, ainda tivemos uma churrascada de deixar qualquer um sem a menor lucidez. Táva bom demais. Nunca havia comido uma carne de carneiro tão deliciosa e macia. João trouxe das serras, onde é comum a criação de ovelhas.

sexta-feira, julho 15, 2005

ultimas aulas de tear com a Neuza. Depois, Marilda assume facil (ja assumiu). E agora temos que levantar acampamento. Vai ser um quebra-cabeca bom, porque juntamos uma tralha de fazer inveja.

levantando acampamento e últimas aulas de tear.

15 de Julho, sexta-feira, levantando acampamento

Neuza foi com a Marilda a Ratones, Floripa, buscar uma montanha de tear na fábrica da Arte Viva. Voltaram com o Uno abarrotado. Enquanto isso, Karla, professora da APAE aprendia e fazia seu primeiro cachecol no tear. Vai ensinar aos alunos. Sua filha Laura me ajudava a limpar a lona que protege o Ventania. A Karina, de 9 anos já fez até uma bolsa com o tearzinho. Tem vindo há vários dias seguidos nas aulas e demonstra muita habilidade manual. Ficou feliz com seu próprio trabalho.

quinta-feira, julho 14, 2005

aqui so tem gerente bom. Buscam o maximo de resultados com o minimo de recursos. Um apoia o outro para manter todo mundo um Everest.

Força Interior em Porto Alegre com MWM International

14 de Julho

Ontem aconteceram coisas importantes. A primeira, logo cedo, vi o noticiário da prisão dos anjinhos da Daslu. Torço para que isso amedronte a clientela (que também tem muito o que esconder do fisco), o suficiente para estremecer o futuro desse tipo de orgia de consumo, que faz qualquer pessoa mais dedicada a dar um jeito neste país, ficar perturbada.

Outra coisa importante é o entusiasmo das pessoas, de todas as idades, que estão aprendendo tear com a Neuza aqui no camping. Mais de cinqüenta pessoas já passaram por aqui, acabando com algumas bobeiras como: o pessoal da Penha não gosta do pessoal da Armação, aqui nada dá certo, aqui ninguém está a fim de nada, aqui ninguém coopera com nada etc etc. Estão convivendo muito bem gente do centro de Penha e gente de outros bairros como Armação, Santa Lídia, gente de Itajaí, gente de Navegantes, gente de Piçarras. Gente de todas as idades, gente de diversas religiões, católica, evangélica, luterana, de diferentes crenças e costumes. A Apae está aqui também. E o entusiasmo é grande porque estão vendo acontecer na prática o que julgavam impossível. E a Neuza é a grande incentivadora de tudo isto e trata a todas as pessoas com muito carinho e atenção. É bom demais ver pessoas como Marilda, Fabiana, Marilene, Eliane, Carla, todas com muitos planos, muitos sonhos.

E eu fui a Porto Alegre para uma palestra à noite. Eurico, um representante da MWM International na região conseguiu uma façanha. Conseguiu reunir quatro empresas concorrentes (Laguna, Orbid, Coxilha, Meridional), onde cada qual contribuiu com algo como sala de aula, churrasco para todos, a minha passagem de avião, o hotel etc. Foi um sucesso a reunião e o encontro de todos os funcionários. E, em coerência com o que trabalhamos na palestra, um bom gerente tem que gerar o máximo de resultados com o mínimo de recursos. Na hora do churrasco, muitos gerentes ajudaram: Paulo da Meridional, Josenei, Rogério, Osmar, Isabel, Marcos e muitos outros. Assim, tudo fica mais fácil.

De Porto Alegre, hoje pela manhã, falei com a Neuza pelo telefone. Chorou ao lembrar que foi visitar a cachorrinha Teca ontem na casa da Eliana e quase trouxe de volta para viajar com a gente. Pegou muito afeto e amor pela Tequinha. Nessas horas de partida e despedidas não sei o que fazer. É muito choro. Eu deixo rolar todos os sentimentos e emoções. Vai ser duro mesmo na hora de dar partida no busão e sair do camping...

terça-feira, julho 12, 2005

A Professora Carla veio ao camping com a filhinha e dois alunos da APAE.

Brava Gente Brasileira da APAE de Penha/SC

Hoje, enquanto a Neuza estava em Blumenau com a Marilda e sua mãe procurando coisas para os artesanatos e tear, veio ao camping a Professora Carla e dois alunos da APAE de Penha/SC, Hermes e Rose. Hermes aprendeu rápido o tear de prego. Já é adulto, e tem ótima percepção e controle, e supervisionou a aprendizagem da Rose. Pensa em fazer trabalhos para expor e vender na APAE. A Professora Carla quer aprender mais coisas para ensinar algo mais aos seus outros alunos também. Pena que ficou sabendo do trabalho da Neuza apenas por estes dias, quando já estamos indo embora.
decisoes dificeis ate para adulto. Ter que deixar a Teca para outra familia foi complicado. Mas Veronica pensou com calma e decidiu que o melhor para a Teca seria ficar com a Eliana, que adora cachorro e eh la que mora a Tchuca. A Teca eh filha dela.

Partidas que partem o coração da Verônica.

12 de Julho.

Ontem a Verônica tomou uma decisão muito difícil. Fez uma escolha que alguém da idade dela dificilmente optaria. Chorou muito, mas decidiu deixar a Teca, sua cachorrinha de três meses, com a antiga dona, a Eliana, que tem a Tchuca, a mãe da Teca. No fim do dia, levou tudo para lá: a casinha, a cesta de dormir, almofadas, ursinho, carteira de vacinação, comida etc. Convenceu-se de que será o melhor para a cachorrinha ter uma casa e um espaço maior, além de viver com a própria mãe e com a família da Eliana, que gosta muito de cachorro. Na próxima segunda-feira estaremos na estrada.
Valeu muito ter ido ate Governador Celso Ramos. Cada praia, cada localidade com as suas atracoes e belezas naturais. Gostamos demais da gente super bacana que mora la. Gostam de conversar, recomendar coisas, falam de um jeito manso e passam muita calma para a gente.

Que lugar lindo: Governador Celso Ramos/SC

10 de Julho, Domingo

Você tem que conhecer Governador Celso Ramos, em Santa Catarina. Por recomendação de amigos, fomos logo cedo para lá, perto de Florianópolis. Bem afastada da BR-101, essa cidade tem uma parte bem antiga, que nos agrada muito, com uma praia de pescadores chamada Canto dos Ganchos. A Neuza ficou encantada com o lugar. Seria um ótimo lugar para, um dia, morar e poder pintar a natureza. Seus moradores são muito simpáticos e hospitaleiros, o que encantou ainda mais a Neuza. Conhecemos o Miuzinho, (o nome é Almir), antigo morador da vila e que fez questão de mostrar os lugares mais bonitos para fotografar. Topografia bem acidentada, com muita pedra enfeitando o mar e a areia da praia. A pequena baía protege bem as pequenas e médias embarcações dos pescadores. Percorremos todas as praias de Governador Celso Ramos. São todas lindas, sendo a de Palmas a preferida dos surfistas. Estrada de terra, subindo e descendo morros e descobrindo novas pequenas praias. Em Armação de Piedade conhecemos uma ruína de uma igreja, ao lado de um cemitério, sempre bem cuidado pelo senhor Tonho, que deixa sempre com um colorido de flores artificiais. Não encontramos o Tonho, mas conhecemos a sua fama. Valeu a pena ter saído, aproveitando as poucas folgas para turismo. Foi o último passeio na região. Dia 18 estaremos na estrada, rumo a São Paulo, encerrando a passagem do Força Interior por Penha e região.
Estes sao Gui, 8 anos e Ilda Ventura, de Portugal. Apos quatro anos, volto a ter noticias de Ilda. Faz muita diferenca por onde passa. Exatamente por isso, tambem incomoda muita gente. Faz acontecer. Alta voltagem, ritmo de frevo acelerado. Vai muito longe ainda e hoje e Diretora de Recursos Humanos de uma gigante multinacional em tecnologia.

domingo, julho 10, 2005

MWM-International Motores. Força multiplicada.

esse mundo da competicao global produz mudancas de todo tipo. Antes concorrentes, agora precisam juntar suas qualidades para vencer juntos os novos desafios do mercado. Certamente os obstaculos serao vencidos.
samurais Takao e Tamura combinam a hora do harakiri, Cicero e Gonzales capricham no alongamento. Honorato se recusa a jogar num campo esburacado. Cris e Rafa enfeitam o time pois nao jogam nada. Clarissa quer saber das clausulas de seguro de vida com o Pascoal. Maikel de goleiro. Luzzi ganha trofeu de goleador do torneio. Todos passavam a bola para ele marcar e o goleiro deixava a bola passar. A sensacao do torneio foi o Gonzales, aplaudido de pe por 5 minutos pela grande torcida.
9 de Julho, sábado, na MWM + International – Agora um time só.

Com a empresa americana International Engines adquirindo a MWM, passando a se denominar MWM International Motores, a área de Marketing logo tratou de promover a integração dos seus profissionais, que, de concorrentes ferrenhos e com culturas diferentes, passam a fazer parte de um mesmo time, com os mesmos desafios e objetivos. A realização deste encontro, com uma parte em sala de aula, e outra parte com esporte e lazer, irá acelerar essa integração e superar as previsíveis diferenças iniciais. Luzzi, o diretor, promoveu até um torneio relâmpago de futebol misto, tendo a participação feminina em todas as equipes. Vimos muita disposição, garra, barrigas, estiramento muscular, capotamentos em linha reta, desfile de moda das garotas, aplausos para os dribles da Maike nos barbudos, gargalhadas, juiz ladrão, o goleador argentino Guillermo Masquerano Tevez em pessoa no Almenat, o jovem atacante Cícero fumando em campo, medalhas, e troféu antecipadamente garantido de artilheiro para o diretor Luzzi. O dia valeu pela descontração nessas horas, e muita reflexão em sala de aula, visando o desenvolvimento pessoal e da empresa. Nessa nova etapa da travessia, todos sabem que não há lugar para passageiros e turistas exigentes. Só tem lugar para tripulantes.

Muito Brilho nos Olhos. Muito Brilho! É o Futuro com o Formare.

Emociona ver os rapazes e as garotas adolescentes, que demonstram muita garra para aproveitar a oportunidade que o Projeto Formare representa em suas vidas. Mostram-se sempre gratos aos empresarios e aos instrutores. Auto-estima la em cima.

Projeto Formare na Knorr Bremse mostra Brilho nos Olhos!

8 de julho, na Knorr Bremse – Projeto Formare – Brilho nos Olhos.

Hoje foi um dia especial. Último dia de aula neste primeiro semestre da turma do Projeto Formare. Para quem não sabe, o Projeto Formare é uma iniciativa voluntária das empresas que querem fazer algo a jovens de famílias carentes, dando-lhes condições de desenvolvimento pessoal e profissional. Esse projeto teve sua origem no Rio Grande do Sul, com a Iochpe Maxxion. Atualmente, mais de 50 empresas o adotaram. Os 20 alunos, 10 rapazes e 10 moças, participaram de um processo seletivo muito concorrido, sendo que os finalistas receberam inclusive a visita de pessoas da Knorr Bremse em suas casas, normalmente localizadas em regiões muito carentes, inclusive favelas. Por isso, os 20 selecionados são vencedores na vida há muito tempo pelos obstáculos que já vêm superando. Os instrutores, em sua grande maioria, são voluntários da própria Knorr Bremse. E se entregam de corpo e alma para ajudar os jovens. Até aula de música recebem, com o Valdir da Engenharia. Isso tudo merece comemoração. Os alunos prepararam uma homenagem aos instrutores. Sem recursos para comprar presentes, fizeram trabalhos com papel dobrado (origami), entregando a cada um dos instrutores, dando um significado muito especial a cada peça elaborada. Eu também recebi a minha peça, do Elielton da Rocha Leite. Esse vai fazer muita diferença por onde passar. Fizeram uma apresentação musical fazendo uma linda paródia com a música É Preciso Saber Viver. Marli e Vanessa, de Recursos Humanos, mereceram destaque especial do Gerente de RH, Fernando, pela dedicação ao Projeto Formare, desde o início do projeto. Sobraram lágrimas de emoção. Mas, o que não faltou mesmo foi brilho nos olhos, pelo futuro que sentem em suas próprias mãos.

quinta-feira, julho 07, 2005

aproveitando o inverno e fazendo um cachecol para mostrar para mamae.

aulas derradeiras de tear da Neuza em Penha/SC.

Dia da partida chegando. Verônica e Neuza já estão sentindo o baque. Choraram só de pensar. A Neuza ainda vai fazer um curso de tapeçaria artística, uma semana em São Joaquim, no rigoroso inverno de lá. Verônica e eu voltaremos só nós dois com o motorhome. Minha cabeça já está no futuro. Com a experiência adquirida, vamos ter muito apoio desde o início nas novas cidades: Itapeva, Buri e Ribeirão Branco. Neuza a todo vapor, com novas alunas todo dia. Mais teares encomendados à Andréa da Arte Viva. Um será para a minha mãe, Nina Higuchi, que é muito ativa aos 83 anos. Está muito frio no camping, com um vento terrível. E o pessoal agüenta firme para aprender a fazer cachecol de lã num bom momento.

Poupatempo. Uma instituição que eu Tenho que APLUDIR.

7 de Julho. Poupatempo é inacreditável! Funciona muito acima de qualquer expectativa.

Vou continuar a dirigir o Ventania tranqüilamente. Minha Carteira de Habilitação já está renovada. Venceria na próxima semana, dia 12 de julho.

Enquanto assistimos enojados aos depoimentos cheios de cinismo patético dos corruptos profissionais nas CPI’s, tem uma instituição de serviço público que é de se “tirar o chapéu”: o Poupatempo. Na Unidade Santo Amaro, dia 30 de junho, não perdi mais do que 40 minutos para fazer exame médico, tirar fotografia, pagar taxas no banco, pegar uma senha (e ser chamado no painel em menos de 30 segundos), ser atendido por uma funcionária para conferir a documentação, passar informações sobre telefone e endereço de entrega e ser informado de que a nova Carteira seria entregue pelo correio, a meu pedido, até o dia 9 de julho.

Dia 6, a Marina do Poupatempo ligou para saber se o correio já havia entregue. Eu só saberia à noite pela filha da Neuza, a Sônia, que mora no endereço de entrega em São Paulo. Bingo! Já estava na portaria do condomínio. Dia 7, a Efigênia do Poupatempo ligou-me para saber se a entrega foi feita. Eu disse que sim, gerando enorme satisfação do outro lado. E eu que já me preparava psicologicamente, e ainda mais estando longe de São Paulo, já me planejando gastar vários dias para a costumeira gincana burocrática dentro de repartições públicas e cartórios para reconhecer firmas, tirar cópias autenticadas, etc. Foi tudo simples. Inacreditável! E não foi a primeira vez que me surpreendi positivamente dentro de um Poupatempo. A pergunta que fica no ar é: Por que esse padrão de excelência não é o padrão nos serviços públicos? Por que outros órgãos públicos complicam tanto as coisas? Por que a maioria dos servidores públicos odeia servir o público? Por que entram para o Serviço Público? Só pela garantia vitalícia de renda mesmo com péssimo desempenho?

É que nós, contribuintes e cidadãos, nos acostumamos e nos acomodamos com o descaso, com filas imensas e demoradas, indiferença, lentidão, mau humor. Espero que muitos dirigentes de estatais leiam isto, passem num Poupatempo e promovam revoluções em suas áreas. Parabéns Marina, Efigênia, demais atendentes, e todos aqueles que fazem a diferença, na retaguarda, como a Prodesp, o 0800, onde pessoas de verdade falam com você (e não aquela coisa horrorosa de secretária chata eletrônica) e na linha de frente, como essas pessoas que me atenderam. Pena não ter foto dessa gente para incluir no meu site na Internet e fazer a merecida divulgação.

alô Portugal, Ana Tirano, Carla Anselmo e Chico Lopes, alô Entelmann, alô Moacir Werneck

7 de Julho

Decidimos que é hora de partir de Penha/SC. Em agosto estaremos em outra cidade. O Ventania parte daqui dia 18 de julho. Ontem, conversando com a Neuza, definimos uma nova região para ir ajudar. Por aqui, o principal trabalho realizado e que dará muitos frutos, a Neuza conduziu, ensinando muita gente a fazer trabalhos com tear manual, possibilitando melhorar a renda familiar, gerar emprego, aproveitar tempo e talento disponível das pessoas daqui. Pelo menos três pessoas daqui irão segurar a barra e criar uma Associação de Artes e Artesanato: Marilda, Fabiana e Marilene. Hoje pela manhã, Neuza e Marilda foram até a casa do Carlos para entregar um tear para que possa trabalhar e ter uma renda a mais. Carlos vive numa cadeira de rodas e o tear é perfeito para que possa trabalhar em casa. Infelizmente, a casa hoje estava vazia e retornaram.

Dei a notícia para o meu amigo Entelmann, presidente da ACE-Schmersal, que nos mudaremos para Itapeva, interior de São Paulo. Ficou feliz da vida, pois quer ajudar uma cidade vizinha, Buri, muito pobre, a se desenvolver e gerar emprego na região. Lá ele tem uma propriedade rural e se preocupa muito com a preservação do meio-ambiente, produtos orgânicos, reciclagem, desenvolvimento social e econômico. Tem muito a ensinar a nós. De Itapeva também poderemos ajudar Ribeirão Branco, município igualmente pobre, onde um amigo, Moacir Werneck, tem familiares que lá residem, até poderiam se mudar para outros lugares melhores, mas preferem insistir em tentar mudar o rumo das coisas, ao invés de simplesmente abandonar tudo e resolverem apenas as suas vidas.

Pela manhã, tive a alegria de receber notícias de amigos de Portugal, onde estive há alguns anos fazendo alguns trabalhos de consultoria. Ana Tirano, Carla Anselmo e Francisco Lopes. Pedi que me encaminhem fotos para constar no meu diário de bordo.

quarta-feira, julho 06, 2005

oportunidades diante de situacoes complicadas.

Revisão de Valores, de prioridades na vida.

6 de Julho
Tocando o limite. Superar nossos limites? Mas, onde está o limite de cada um?
O que é muito? O que é pouco? O que é importante, o que não é? E, de repente, tudo se inverte.

Uma pessoa escreve algumas palavras para que a outra tente copiar: Rosana, Vanilde, Teti, Mãe. É quase impossível reconhecer o que foi escrito. Só com muita boa vontade reconhecemos algumas letras. Dá para elogiar alguém assim? Claro que não, ainda mais sabendo que essa pessoa tem 18 anos?

Pois são esses garranchos estão enchendo de alegria e esperança algumas pessoas como Vanilde, Fabiana, Teti, Hilário, Iria. Eu também vibro com cada garrancho da Rosana. Fazem quase três meses que a Rosana, de 18 anos se acidentou gravemente e, num estado de coma em UTI, era dada pelos médicos como irreversível e sem chance de viver. Estava fora dos limites de salvação pelos médicos. A família decidiu retira-la do hospital. Rosana passou a ser cuidada pela irmã Fabiana, sua mãe Vanilde, pelo namorado Teti, pelo irmão do Teti, Hilário, e sua esposa Iria, na casa deste casal, no fundo da sua loja Itapocoroi, de livros, revistas e agência dos correios. Revezam-se entre eles. O trabalho é desgastante pois Rosana já move bem o braço direito, e muitas vezes tenta se livrar dos tubos que a alimentam. Com as dores e com a dificuldade de ser compreendida, enerva-se e sua força fica muitas vezes incontrolável.

Não fala pois perdeu bastante do hemisfério esquerdo do cérebro. Hoje, fui conhece-la e levar palavras de incentivo aos que cuidam dela. Estava calma, após receber um banho de toalhas umedecidas. Puxava com muito esforço a coberta, pois sentia frio. Mas conseguiu puxar. Apresenta reações de progresso bastante animadoras. Consegue pegar coisas pela cor, já segura uma caneta, já coloca a pressão certa na caneta quando tenta escrever. Vibrei com tudo isso. É para comemorar tudo. Rosana aceitou que eu segurasse um bom tempo suas mãos. Vez ou outra abria um dos olhos. Parecia cansada após uma noite sofrida de muita dor. Logo que eu saí, veio a ambulância para leva-la para novos exames em Itajaí.

É a nova rotina dessa turma de gente muito especial, capaz de viver em dois mundos muito diferentes. De um desses mundos a Rosana se distanciou (o dos impostos descomunais, das CPI’s, das drogas e violência, do emprego e desemprego, do mensalão, da Revista Caras, do Roberto Jefferson, Maluf e Marcos Valério). E entrou em um outro mundo, onde renasceu e dá seus primeiros passos para interagir com as pessoas que também tentam entrar nesse mesmo mundo, com paciência, desprendimento, com carinho e amor. Sem piedade da Rosana e sem auto-piedade. E assim, farão desse mundo da Rosana e com a Rosana, um mundo sublime, com momentos de muita grandeza para superar os piores momentos, com humildade, amor, sabedoria e solidariedade, onde o mundo Daslu, da ostentação, riqueza, competição e vaidade não fariam a Rosana avançar um só milímetro.

E viva a Rosana, Vanilde, Fabiana, Teti, Hilário e Iria. Brava Gente Brasileira, com muita Força Interior! E também é bom que todos saibam que a Iria escreveu um livro romance, com o título “Desistir, Jamais!”. Eu li e gostei muito. Comecei e não consegui parar. Um romance cheio de suspense retratando bem a dura realidade de alguns ambientes onde as pessoas vivem para sobreviver. Iria Schnaider é uma Agatha Christie catarinense. Não pode parar de escrever.

terça-feira, julho 05, 2005

Neuza fazendo a diferenca para muita gente.

Neuza quer ensinar, compartilhar tudo o que aprendeu.

5 de Julho
Com a sobrecarga de trabalho da Neuza, que passa quase o tempo todo, até a noite, com suas alunas de tear, eu e a Verônica damos conta do jantar. Verônica faz o arroz, arruma a mesa, vai ao açougue. Eu fiz uma carne moída que aprendi na tv e ficou uma delícia. Verônica e eu somos obrigados a nos virar e aprender muitas coisas novas.

Uma mulher de Blumenau, Dona Rose, que está aprendendo tear e já fez três cachecóis, está tão encantada com o que está acontecendo e aprendendo com a Neuza que comprou algumas peças que a Neuza fez para guardar como lembrança e gratidão. Deixou a Neuza emocionada com o abraço carinhoso de gratidão que recebeu. E mais três alunas novas começaram. Quem já comprou um tear vem menos ao camping. Mais 9 teares estamos encomendando para a Andréa, da Arte Viva de Florianópolis. As crianças, que não param de falar, também recebem a atenção da Neuza. E a Marilda também ajuda muito a Neuza a dar suporte a todas as alunas. Eu fico admirado com a paciência e dedicação da Neuza, fazendo tudo isso de forma incansável, com muito amor e comprometimento, deixando sempre um cafezinho quente com biscoitos para o pessoal, sendo que as crianças detonam em poucas horas. Tudo isso se transformou numa bela causa que a Neuza abraçou de uma maneira que empolga a todos. Sabe a diferença que tudo isso vai fazer a todas essas pessoas. E já está havendo muita diferença nesse grupo.
MWM International Motores. Empresa com muito valor, Valor pra Valer.

Uma nova força, muito mais forte: MWM + International Engines

4 de Julho, segunda-feira, em Canoas-RS

Fui convidado pelo Paulo Borba, Diretor de RH, a conhecer as instalações e o pessoal da International Engines, que adquiriu a MWM, constituindo a nova empresa MWM International Motores. Com a fusão, vou ajuda-los a integrarem-se e assim, formar uma cultura com valores comuns para encarar os novos desafios, deixando para trás as posições de ferrenhos concorrentes entre si. Foi gratificante conhecer pessoas que cuidam do Projeto Formare, como o Pedro. Foi aqui que tudo se iniciou, com a Yochpe Maxxion e hoje, mais de 50 empresas já o adotam, como a Knorr Bremse em São Paulo, cujo presidente, Rodmar Cardinali, definiu o Projeto Formare como altíssima prioridade na empresa. São 20 alunos adolescentes, de famílias bastante carentes, selecionados através de testes, entrevistas, visitas às suas casas etc, e que recebem aulas de formação, desenvolvimento pessoal e preparação profissional. Muitos serão absorvidos pela própria empresa e outros estarão muito mais aptos a entrar no mercado de trabalho. A filosofia do Formare é transformar a dura realidade de muita gente criando pessoas transformadoras, capazes de mudar o rumo da história das suas vidas e de muitas outras.

Eu saí de manhã com muito sol e retornei ao camping quase 23 horas, debaixo de muita chuva e fortes ventos. Tive que tomar chuva para arrumar e reforçar a lona que cobre o Ventania. Foi difícil dormir com o vento levantando a lona, balançando o ônibus, produzindo um barulho assustador junto com a água caindo, parecendo que, a qualquer momento, tudo iria pelos ares.

domingo, julho 03, 2005

Aproveitando as poucas horas de folga do tear da Neuza, fomos conhecer S.Francisco do Sul

Amyr Klink. Um brasileiro que nos dá orgulho!

3 de Julho, Domingo, com Amyr Klink na cabeça!

Aproveitamos uma pequena folga da Neuza para ir conhecer São Francisco do Sul, 80 quilômetros de onde estamos. É a terceira cidade mais antiga do Brasil, depois de Porto Seguro e São Vicente. Valeu demais. É como rebobinar um pouco da nossa história. Visitar o mercado, ver a igreja, as ladeiras. Os aposentados aproveitam o domingo para um dominó no mercado fechado. Conversamos com a Cirlene, da Associação de Artesãos de S. Francisco. Fazem um ótimo trabalho e superam diariamente os obstáculos do dia a dia. Uma das poucas atrações que estavam funcionando no domingo é o Museu do Mar, que é fantástico. Embarcações, das mais rústicas até algumas mais sofisticadas, das mais antigas até algumas mais recentes, impressiona imaginar a sabedoria e valentia exigida dos seus navegadores, construtotes e pescadores. Foi emocionante rever o barco do Amyr Klink, Paraty, com o qual fez a histórica travessia solitária, remando e atravessando o Oceano Atlântico, da África até a Bahia, perto dos anos 90. Eu já havia visto o Paraty no Parque Anhembi há muitos anos e eu queria revê-lo quando eu soube que o Paraty estava lá no museu. E a Neuza está usando uma camiseta que está escrito Paraty. Coincidência?

Essencial é isto!

um dia teremos a nossa kombi.

Curitiba no camping em Penha/SC. Artur, Sheila e Luana.

Passou pelo camping a família Artur, Sheila e Luana. Têm uma atraente e bem cuidada Kombi Motorhome. É o exemplo real do desprendimento e de gente que sabe o que é essencial para se viver. Vieram de Curitiba para passar o fim de semana em Penha, e comemorar no Parque Beto Carrero o aniversário da filhinha Luana. A Neuza também pretende morar num motorhome menor do que o Ventania, levando apenas o muito, muito essencial. Como disse o Artur, qualquer dia a gente se encontra por aí, pois até as pedras se encontram. E à tarde, em pleno domingo, Marilda e Neuza retomaram o tear para novas experiências, trabalhando até a noite. Marilda ficou feliz com seu primeiro tapete no tear.

sábado, julho 02, 2005

sol, natureza, criancas, aprendizagem, num ambiente maravilhoso.

E mais gente aprendendo Tear. é a Arte Viva.

À tarde, mais aulas de tear. Mais alunas novas. Enquanto aprendem e trabalham num cenário agradabilíssimo e natural, as crianças brincam no gramado do camping. O ambiente entre as pessoas é leve e descontraído. Muitas dizem que encontraram o que procuravam para se ocuparem na vida. Algumas temem que os maridos vão achar ruim pois serão deixados em segundo plano. O grupo ganhou uma grande apoiadora para a associação: Marina. É moradora da Praia Grande em Penha e tem uma loja onde vende lã, em Itajaí. Como fez ótimos preços para lã, veio ao Camping. Foi bom para todo mundo. É assim que se cria e se aproveita oportunidades.
Vania, Monique, Maria e Geovane. Jovens de respeito.

Jovens Gerentes Empreendedores

2 de Julho. Sábado.

Por causa de uma tremenda confusão de comunicação, em parte por minha causa, hoje não vai ter o treinamento dos professores da Escola J. B. Paiva. Uma pena, pois eles queriam, e eu também, uma continuidade depois da primeira palestra que tiveram. Hoje pela manhã eu dei a última aula para os poucos jovens que se interessaram pelo curso de formação gerencial. Geovane, Vânia, Monique e Maria. Abriram mão das horas de sono aos domingos e sábados para investir em seu próprio desenvolvimento. Hoje fiz esses jovens aprenderem a ler revistas com maior senso crítico, enxergando e analisando, em cada página, em cada artigo, em cada propaganda o mercado, ameaças e oportunidades, concorrência, fazer mais resultados, com menos recursos.

sexta-feira, julho 01, 2005

pessoas interessadas em seu desenvolvimento. Momentos de seriedade e momentos divertidos. Passou rapido.

Gente com muita Força Interior. Rosana, Hilário, Iria, Teti, Fabiana...estamos com vocês!

1 de Julho de 2005

Coincidências e acaso não existem. É para acontecer, acontece! Gente com muita Força Interior. Hilário e Iria e Rosana e Fabiana e muitas outras.

Verônica, de bicicleta, foi até a Revistaria Itapocorói, enviar algumas cartas registradas. Lá também funciona como um posto do correio. Verônica anda livremente de bicicleta, pela praia e pelas ruas, para fazer algumas compras ou algum serviço para mim. Já andou 4, 5 quilômetros. São as vantagens de uma cidade pequena, sem violência. É livre. Meia hora depois já estava de volta. Eu tinha mais uma carta para enviar. Lá fui eu até a Revistaria. Conversei com o Hilário e com a Iria, seus proprietários, e contei sobre o Projeto Força Interior. Ouvindo com atenção, Iria achou que deveria me pedir algo. Querem um apoio, algumas palavras motivadoras para a Rosana, cunhada de 18 anos, que sofreu um sério acidente com uma moto há quase três meses. Os médicos consideravam um caso perdido, sem chance de sobrevivência, face aos danos sérios no cérebro e em boa parte do corpo. Em coma durante um bom tempo. Trazida para casa, a família vem cuidando e notando pequenas e lentas melhorias, o que mantém todo mundo com esperança. Perdeu a capacidade de falar. Alimenta-se por tubos, através de traqueostomia, tem um lado totalmente paralisado e com muitas fraturas. Mesmo contando com todo o suporte e amor dessas pessoas, há momentos de muito stress, pois outras coisas não podem ser deixadas de lado. Conversamos muito. Iria escreveu um livro-romance intitulado “Desistir, Jamais”. Não foi por acaso. E eu apareci na Revistaria deles. Não foi por acaso. Vou ajuda-los, vou conversar com a Rosana e com todos da família. Vou levar um vídeo lindo da Orquestra do André Rieu. A Rosana e sua família e amigos estão sendo uma lição para todo mundo. Até para os médicos que já tinham dado seu veredicto final de morte certa. Parabéns, Iria, Hilário, Rosana e sua irmã Fabiana, Teti, e as mães e outras pessoas que cuidam da Rosana. Muita Força Interior.


À noite, uma palestra na Colônia dos Pescadores. Por iniciativa da Marceli, que conseguiu a sala da Colônia, muitas pessoas foram convidadas, muitas prometaram presença, mas, como já contávamos, poucas realmente vieram. A maioria tem muita dificuldade de quebrar suas rotinas. Mas, quem veio, gostou muito. Rosemarie e Patrícia conheceram a Neuza no Posto Avenida e pediram para avisar quando tivesse a palestra. E vieram. Riram muito, participaram, assim como Marli e Amauri, que viu um aviso numa padaria. Falamos do desenvolvimento pessoal, o quanto precisamos nos conhecer para nos desenvolver. Conhecer as nossas fôrmas, valores, princípios, educação, manias, superstições, crenças, conhecimentos, experiência, fracassos, sucessos. Expandir os limites através dos sonhos pra valer. Os sonhos pra valer ajudam a produzir a energia para encarar os trancos e obstáculos da dura realidade. É fácil sermos fisgados e atraídos para coisas fúteis, sem importância, vazias, quando estamos sem sonhos pra valer, e isso consome nosso tempo, recursos, energia. E um dos sonhos pra valer do grupo é formar uma associação dos artesãos na região de Penha/SC. E estão superando os obstáculos.

Aqui tem mais que dois! O sorriso tem ótima explicação!

Rodmar e Grace e...Vivaaaa!