terça-feira, novembro 29, 2005

29 de novembro

7 horas, bem cedinho, conversando com o Prefeito Jorge e aprofundando nas possibilidades de melhoria da cidade de Buri, principalmente com o Projeto do Tear, Palhas e Pinus. Os bons trabalhos que acontecem em beneficio das pessoas em Buri precisam ser melhor divulgados. E estou apoiando o Dico na Cooperativa das Costureiras, que teve inicio nesta semana e tem enormes desafios para se tornar competitiva costurando jeans.

E a Neuza trabalha como nunca. Depois de ensinar tear na Capelinha, foi novamente na escola da Vila Sene. Um grupo de mulheres bastante motivado e liderado pela Diretora da Escola, Zelinda, entra noite adentro sem ver a hora passar praticando tear dentro da biblioteca. E eu perdi as minhas novelas. Oito e meia da noite decidimos parar para evitar maiores conflitos com os maridos e namorados. Enquanto eu aproveitava para ler todas as revistas disponiveis, velhas e novas, via os alunos aguardando seu onibus escolar, sendo que 5 linhas diferentes passam por todas as escolas e levam de volta os alunos aos seus bairros, inclusive nas zonas rurais. A mais distante das linhas demora mais de uma hora para chegar ao seu destino. Enquanto aguardam o onibus chegar, aproveitam para improvisar uma mesa (tres bancos) e rede (uma vassoura) para jogar ping-pong. Desde cedo aprendem a lidar com a escassez, usando de muita criatividade.

segunda-feira, novembro 28, 2005

desenvolvimento de pessoas. Quanto mais jovens, melhor.

Escola Francelina Franco. O futuro de Buri também passa por aqui.

28 de novembro, segunda-feira, na Escola Francelina Franco

Palestra para estudantes da sétima e oitava séries. Temas: Desenvolver; Reconhecer as Fôrmas; os 5 Valores (respeito, honestidade, responsabilidade, gratidão, solidariedade); geração SER X TER; geração vazia promovida pela TV Lixo; a oportunidade de fazer a diferença. Como em toda turma, com grande quantidade de jovens, com alta energia, muitos apresentam dificuldade de se concentrar nos temas e dispersam outros que estão mais atentos. Requer momentos de paciência e de advertência em relação aos 5 valores. E também se destacam jovens com mais maturidade, que já sabem o que pretendem e qual carreira querem seguir. Estes, dificilmente escolhem o fundo da sala numa palestra. Assim, de aula em aula, a diferença de preparo e responsabilidade vai aumentando. Divulguei as aulas de tear da Neuza para os que tiverem interesse em aprender algo mais e também ajudar na renda familiar. Enquanto isso, a Neuza estava ensinando tear em outra escola, da Vila Sene. E o pessoal da ABDC também compareceu para uma reunião de divulgação, esclarecimentos e definição de responsabilidades sobre o Projeto Tear, Palhas & Pinus de Buri. A motivação é enorme da parte de todos.

domingo, novembro 27, 2005

27 de novembro, domingo - Quanta surpresa! Conhecemos Campina de Monte Alegre.

Ouvimos falar que em Campina de Monte Alegre existe uma mulher de nome Vita que faz lindas coisas com palha, fibra de bananeira, taboa etc. Domingo, dia de sol, muito vento, pe na estrada, com muito buraco. Mas valeu demais. Na casa de artesanato da prefeitura conhecemos Mari Silvia e Leda. Fazem trabalhos bonitos com biscuit, madeira e patchwork. Falamos no nome da Vita e ensinaram-nos o caminho, em estrada de terra. Foi de babar. Seus trabalhos, com muito capricho e muita criatividade, sao muito requisitados por empresas que querem brindes diferenciados e ecologicamente corretos. Ficamos muito interessados em ver suas obras incluidas na nossa Arca de Valor, a ser produzida pela Fazenda Barreiro e enriquecer a variedade de produtos para vender no mercado.
E para a nossa surpresa, quase no quintal da casa da Vita, corre o Rio Paranapanema, com um volume de agua consideravel e um salto que embeleza ainda mais a paisagem. Presenciamos a piracema, com milhares de peixinhos tentando subir a cachoeira. Esta localidade tem o nome de Saltinho do Paranapanema. Nas proximidades existem muitos ranchos que recebem turistas-pescadores de todos os lugares. As lanchas permanecem recolhidas, pois, neste periodo da piracema a pesca fica suspensa.

sábado, novembro 26, 2005

e assim, novas perspectivas se abrem para estes jovens e suas familias. Projeto Tear vai se unir com o Projeto de Pinus da Fazenda Barreiro do Gerard. E assim, Buri vai se revolucionando.

Jovens fazendo a história em Buri

26 de novembro, sábado – com os Jovens Gerentes.

Hoje, no curso de formação gerencial para os alunos da Escola Elisa Martirani, trabalhei o tema Tomar Decisões (momentos de Proativo, de Indeciso, de Desligado, de Precipitado). São decisões proativas que contribuem para melhores RESULTADOS. Os demais momentos prejudicam os resultados. E nas últimas duas horas e meia a Neuza veio ensinar tear para os jovens. 13 pessoas aprenderam a mexer e produzir peças com o tear de prego. Trouxe tear e barbante para todos. Vieram os professores-mirim para ajudar a Neuza: Verônica, 11 anos, Lisiane, 14, Viviane 10 e o Paulinho, 14. Todos fizeram uma peça e levaram orgulhosos, para mostrar em casa. Viram, com os próprios olhos (e mãos), que é possível melhorar as condições de vida produzindo artesanato. Agora, quem estiver realmente interessado, vai até a Capelinha ou se organiza para ter aulas na própria escola com a ajuda da Diretora Eliana. Estes mesmos jovens estão recuperando o Parque Ecológico.

sexta-feira, novembro 25, 2005

mais um pouco sobre a Fazenda Barreiro, O Brasil Possivel em Buri!
Sobre a Escola Dona Bertha falarei mais tarde. As quase duzentas pessoas que trabalham na Fazenda, na Serraria, na Escola, na Horta, no Restaurante, no escritorio, mostram um alto astral. Cumprimentam sem medo. Muitos melhoramentos na fazenda foram iniciativa dos seus moradores e trabalhadores. Teremos que ir muitas vezes na Fazenda para melhor compreender e enxergar detalhes que fazem parte de um todo que ainda nao visualizamos completamente. Ainda temos muito a perguntar ao Gerard e aos colaboradores. Temos muito a aprender. E o Gerard ainda encaminhou um e-mail agradecendo a nossa visita!
25 de novembro, sexta-feira

Ontem eu e a Neuza viajamos para S.Paulo para fazer uma surpresa para o pai dela, presenteando-o com uma bancada de marceneiro. Demonstrou enorme contentamento, fazendo relembrar momentos de sua mocidade quando se encantava com a bancada de um amigo. O pai da Neuza gosta de fazer coisas, consertar, inventar. Cada hora diante das ferramentas e da bancada representa uma hora de terapia e de distancia das dores que perturbam sua saude. Dona Tereza, mae da Neuza, ao mesmo tempo em que ficou feliz em ver o contentamento do Sr. Kazuo, esta preocupada com a possibilidade das pescarias ficarem esquecidas, onde ela e a mais fanatica. Valeu demais a viagem. Na nossa ausencia, a Veronica foi, sem ninguem cobrar, de bicicleta para a aula de teclado e depois para a escola. Passou roupas, cuidou de tudo em casa.

E hoje a area da Saude, atraves do seu Secretario Oswaldo, fez um belo trabalho junto comunidade. Com o medico Andre, a enfermeira Neusa e o agente comunitario de saude Sergio, as pessoas da vizinhanca na Capelinha foram atendidas aqui mesmo onde estamos com o Ventania. Essa iniciativa vai se repetir facilitando a vida das pessoas e de forma preventiva. Algumas pessoas aproveitaram a vinda ate a Capelinha e, entusiasmadas com os trabalhos com tear, ja iniciaram suas aulas com a Neuza e com os demais alunos que dominam a arte, como o Paulinho, Dona Clarice e Dona Laurinha.

quarta-feira, novembro 23, 2005

um exemplo a ser copiado, seguido, implantado em muitos lugares deste Brasil. Funciona. Simplesmente funciona. Gera resultados, lucro, crescimento, dignidade e qualidade de vida para todos. Gerard sabe como se faz isto.

brava gente brasileira. Gerard faz a diferença em Buri. Um modelo para o Brasil!

23 de novembro. Um Brasil Possivel, provado por a + b na Fazenda Barreiro.

As coisas se encaixam de forma incrivel no Projeto Forca Interior. Conversando com o Entelmann no sábado, soubemos do Gerard, criador de um magnífico projeto em Buri, baseado no manejo de floresta de pinus e dando oportunidades aos socialmente excluidos. Fomos até lá conhecer o Gerard pessoalmente. Que figura! Grande exportador de madeira de pinus, viabilizou um negócio que gera lucro, gera emprego e gera impostos, tornando-se mais do que auto-sustentável. Qualidade de vida para seus funcionários, sem paternalismo. Os interessados, pagam valores viáveis no seu orçamento, e conseguem ter, dentro da fazenda, sua casa própria, água, luz e esgoto. Não gastam mais do que 6 mil reais. A Vila Ibiraci, dos moradores, tem uma escola modelo para as crianças. O restaurante para os funcionários cobra R$1,50 por refeição (vai aumentar para 1,80). A empresa complementa com a mesma quantia. Quase 100% dos itens de alimentação são produzidos na própria fazenda, num sistema que chama de Bio-dinâmico, sem agrotóxicos. Neuza ficou entusiasmada, pois tem formação em agronomia. Arroz, trigo, a farinha, soja, leite, queijo, verduras, legumes, carne, frutas. Sem gastos com agrotóxicos, transportes, combustível e sem atravessadores, tudo sai muito mais em conta para todos. Tirei mais de 100 fotos que, aos poucos, estarão no diário. São lições e mais lições de gerenciamento por resultados, gerenciamento de recursos, valores humanos, ousadia, criatividade, vontade de mudar a dura realidade de um país, lições através do exemplo. Tudo isso mantendo o foco na importância da árvore e das pessoas excluídas. Gerard prova que um ajuda a sustentar o outro. Conversar com o Gerard é fazer vários cursos num só: agronomia, administração, meio-ambiente, economia, psicologia, antroposofia etc. Aos 72 anos, Gerard fala e mostra com muita paixão, os erros e acertos, e cada pedaço da Fazenda Barreiro, a marcenaria, a serraria, o restaurante, a escola, as casas dos funcionários, a horta etc. O dia de hoje consideramos histórico pela combinação de sonhos, propostas, realizações e possibilidades de contribuições mútuas. Certamente, o Projeto Tear vai precisar muito da Fazenda Barreiro, que produz maravilhosos artefatos em madeira, e a Neuza irá ensinar tear para muita gente da Fazenda.

A Fazenda Barreiro é, cada vez mais, uma referência para governantes, políticos, servidores públicos, administradores, professores e alunos. Sempre recebe visitas, de pessoas de norte a sul do Brasil, e também do exterior. Mostra a todos, com provas indiscutíveis, que é possível um Brasil mais justo, onde cada brasileiro tem direito a uma vida digna, saudável, na própria região onde nasceu e cresceu, mesmo sendo uma região pobre. Nada é desperdiçado. Agrega valor a tudo e obtém o retorno gerando mais desenvolvimento e novos investimentos em forma de escolas, restaurante, horta etc.

Na despedida, ganhamos do Gerard um quadro com uma frase de uma música do velho Luiz Gonzaga: “mas, dotô, uma esmola a um hóme que é são, ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão”. (e me vem à cabeça os Malufs viciados, não em esmola, mas em corrupção). Este foi o primeiro de muitos encontros que ainda virão com o Gerard.

terça-feira, novembro 22, 2005

A dívida é enorme. Mas é muito maior a vontade para mudar essa situação!

22 de novembro, terca-feira, com o Prefeito Jorge e a esposa Janete

Passei ontem na prefeitura e deixei um recado com a Marcia, da secretaria, para ter uma conversa com o Jorge. Resposta imediata. Hoje, 7 horas da manha, Jorge veio ao Ventania com sua esposa Janete, que quis conhecer melhor o Projeto do Tear, a ser coordenado pela Zelinda. Nosso entusiasmo aumenta vendo tamanho interesse e apoio do Prefeito e da esposa. Vamos integrar tear e artesanato em palha. Buri, que hoje sofre com o rombo nos cofres e muito endividada com os desmandos das gestoes anteriores, ainda vai se destacar no Brasil e no mundo como a cidade do tear. Tolerancia zero para o desemprego e analfabetismo.
E a Neuza caiu...do ceu para nos! Como o coentro que plantou ja esta no ponto para ser colhido e utilizado, decidiu fazer moqueca de peixe so para usar o coentro como tempero. Felizmente vende peixe congelado em Buri. Eu e a Veronica quase morremos de tanto comer moqueca e ainda sobrou para um pirao. Alem do tear, gosta de cozinhar, fazer bolo (ontem fez bolo de fuba com goiabada e cacarola italiana, com coco), tambem gosta de cuidar de horta e do quintal. Comprou um tesourao para baixar o mato e a Veronica gostou. Ganha um real por hectare de mato cortado. E pegar ou largar! Largou.

segunda-feira, novembro 21, 2005

21 de novembro, segunda-feira

Aniversario da Neuza, que aconteceu na sexta-feira, comemorado hoje com sorvete na Capelinha. Muito calor e muita alegria com a volta ao tear com a Neuza. Logo cedo a Dona Clarice trouxe leite, bem fresquinho, direto da produtora, a vaca malhada. O garoto Mil, o moleque mais moleque que eu conheci na vida, livre, alegre, olhar vivo, foi apanhar jabuticaba direto da arvore para a Neuza. Isto se chama interior!
Domingo no Parque

E os jovens do Curso de Jovens Gerentes vieram mesmo no Parque Ecologico para dar os primeiros passos para recuperar o Parque e fazer com que seja novamente frequentado e utilizado pelos moradores de Buri. Vieram brincar, jogar volei, cantar, ter mais ideias. Nos proximos domingos retornam com mais colegas. Aproveitaram para passar no Ventania e conhecer nosso modo de viver dentro de um onibus. Estes jovens, fazendo uma boa divulgacao das atividades no parque, demonstrando energia, iniciativa e promovendo os valores (respeito, responsabilidade, honestidade, solidariedade e gratidao) dentro do parque, novas pessoas irao se juntar e o Parque Ecologico vai ter nova vida.
20, domingo. Enfim, Neuza e Veronica de volta a Buri.

Depois de 10 dias em S.Paulo, de volta para o aconchego do Ventania. Neuza e Ver�nica chegaram as 18 horas. Neuza, que ainda enfrenta dores na coluna, plantou as mudinhas de alface, rucula, abobrinha e boldo. E logo veio a professorinha Viviane, ostentando sua blusinha de tear, feliz da vida ao ver a Neuza de volta. Em todos os meus treinamentos para as empresas, eu cito o exemplo da Viviane, de 10 anos, que a Neuza, com muita paciencia e amor, fez a menina elevar sua auto-estima e aprender tear. E o Paulinho tambem. E a mamae deles, que sustenta a casa coletando garrafas PET, tambem veio. Contou, orgulhosa, que os filhos sempre passavam por aqui para regar as verduras da Neuza e que fizeram tear em casa todos os dias. A alegria voltou na Capelinha, com a quadrinha de volei da Veronica voltando a funcionar.

sábado, novembro 19, 2005

jovens com energia sobrando para aplicar em Buri e em seus destinos.

Jovens mudam para mudar Buri

19 de novembro, Sábado em Buri – curso de formação de gerentes para jovens da Escola Elisa Martirani.

Ontem foi aniversário da Neuza e eu não estava na festinha que seu irmão Celso organizou. Eu estava em Barueri e vim direto para Buri à noite para dar mais uma aula para a turminha. Infelizmente sempre ocorrem faltas. Ainda assim, minha missão é ajudar a encoraja-los a dar novos rumos a suas vidas. Antes da aula, temos que varrer os muitos besouros para podermos trabalhar. Hoje utilizei um jogo de montar quebra-cabeças e gostaram muito. Neste sábado, uma enorme surpresa. Três dos rapazes da turma, Cleiton, Pedro Paulo e Giba, com o apoio dos demais colegas, estão preparando um projeto para recuperação do Parque Ecológico. Querem a ajuda da prefeitura para a preparação de um campo para vôlei, parquinho infantil, pedalinho etc. Mostrei-lhes outro caminho para fazer acontecer mais rápido: fazer o mesmo que a Verônica fez na Capelinha, onde ela mesma “fez” uma quadrinha de vôlei, com dois bambus, pedras para demarcar a quadra e brincando com as alunas de tear. Em pouco tempo virou o melhor passatempo das crianças daqui. Entenderam o recado e já estarão amanhã mesmo no Parque, com mais alunos, e iniciar as atividades, jogar vôlei, marcar a quadra etc. Fazendo isso por vários fins de semana seguidos, em pouco tempo, muitas outras pessoas, de todas as idades, estarão se juntando. O Parque já estará ganhando nova vida com essa movimentação. O resto, no futuro, será fácil. Isto é gerenciar! Praticando!
Uma visita ilustre na Capelinha: Dieter Entelmann. Amigo de longa data, foi a maior influencia para termos escolhido Buri. Quer fazer muito pela cidade e pediu a nossa ajuda. Foi um dos pioneiros no mundo das industrias, a implantar o processo de Empowerment nas linhas de producao em fabricas de autopecas. Foi citado na Exame, no inicio da decada de 90, quando incentivou os operarios da MWM Motores a terem maior participacao nas decisoes, maior espaco e liberdade dentro da empresa, fazendo suas liderancas a mudarem suas praticas de chefia. Agora estamos juntos em Buri para ajudar a mudar a cidade.
McLane. Desenvolvimento das pessoas, sempre.

Fazer a Diferença é com estas pessoas da McLane.

16 de novembro, Barueri, Alphaville, com McLane

Pela terceira vez estou com os lideres da McLane para ministrar treinamento. A partir do seu presidente, Mike, turmas muito dispostas e decididas a promover melhorias e crescimento, gerar mais resultados e melhor atendimento aos clientes. Têm seu grito de guerra e defendem com garra o nome da sua empresa de logística. Suas lideranças melhoram a cada dia no IN + IN + COM (informar, incentivar e combinar) para conseguir que cada pessoa gerencie melhor seus recursos e obtenha o máximo de resultados. Fiquei os três dias em Alphaville para não ter que atravessar pelos congestionamentos de São Paulo. E a Neuza, que aproveitou para completar os exames, ficou tranqüila pois teve apenas uma dispepsia, provocada por algum tipo de alimento, provocando dores no estômago e intestino. Agora está tudo bem novamente. A Verônica foi a mais prejudicada por perder três dias de aula em Buri.

terça-feira, novembro 15, 2005

Atibaia, amigos e muito verde!

15 de Novembro, Atibaia. Amigos e Novos amigos.

Logo cedo fomos a Atibaia e encontramos os amigos vizinhos pescadores Toninho, Raimundo e Thomaz. O Raimundo fez e faz as reformas que eu preciso na casa de Atibaia e vai mexer agora nos encanamentos e caixa dagua. O Toninho todo dia acende e apaga as luzes da casa quando estamos viajando pelo Projeto. Thomaz nos acompanha pela Internet e torce pela gente. Neuza quis ir ao centro de Atibaia e ficou enlouquecida com as plantinhas e mudas de verdura da loja Osato Agropecuaria. Eu fiquei admirando a loja pelos cuidados, ordem, limpeza e variedade de produtos, com muita beleza visual. Mostram ser possivel atrair clientes pelo visual e conquistar pelo alto astral e bom atendimento. Assim conhecemos a Roseli, que cuida da loja e conversa com todos os clientes. E descobri que um antigo colega de trabalho de Unibanco, Osato, nos idos de 1974, quando eu estava no mundo da informatica, tem parentesco com os donos da Osato Agropecuaria. Um festival de verde. Mostrei minha total ignorancia na agricultura. Errei todos os nomes das plantinhas: pimenta, maxixe, abobrinha, repolho, rucula, pepino. Neuza vai plantar em Buri abobrinha, alface, boldo e sei la que mais. Retornamos voando para Sampa para fugir dos congestionamentos das estradas. Deu tempo para visitar e conhecer a nova casa do casal Akemi e Rafael, sobrinha da Neuza que casou em setembro e estiveram em Santa Catarina nos visitando.

segunda-feira, novembro 14, 2005

14 de novembro, segunda - S.Paulo fervendo.

Neuza vai ficar a semana toda em S. Paulo para passar nos medicos onde sempre se consultou. Mesmo tendo passado as dores estamos sem saber o que aconteceu. Vai aproveitar para levar a filha Sonia para uma consulta medica. A Veronica, nestes dias que passa junto com a Sonia, vive numa alegria de dar inveja e transforma todo o ambiente. Pensando na volta e nos trabalhos com tear e com as bijouterias que a Veronica faz para vender com a amiguinha Lisiane, eu e a Neuza fomos ate a terrivel Rua 25 de Marco (outra vez!). Compramos muita la, muitas revistas de tear e material para os brinquinhos da Vero. Eu comprei um cortador de cabelo pois esqueci de trazer o meu. Detesto ir ao cabeleireiro e ficar com monte de cabelinho pinicando. O vendedor pediu 35 reais. Acabou fechando por 25. Que porcaria! Consegui, com muita paciencia, aparar a grama de cabelo. Joguei fora o aparelho e guardei a tesoura e pente. Isto faz parte da rua 25 de marco. E ainda comemos na rua aquele delicioso abacaxi cortado e gelando sobre uma pedra de gelo. Faltou comer esfiha dupla. S.Paulo ferve mesmo em dia calmo de feriado. Tudo parado mesmo com centenas de milhares de carros tenham fugido de S. Paulo. Sofremos so um pouco pois fomos bem cedo. Dava pena ver o pessoal com filhos pequenos dentro dos carros parados, num enorme congestionamento, debaixo de muito sol, sem a menor possibilidade de encontrar lugar para estacionar por perto da 25. Tirei fotos da TV que mostrou reportagem sobre a loucura de hoje na 25. Ainda tive sorte nesta segunda-feira, pois consegui encontrar meu filho Vitor e fomos a um restaurante japones.

domingo, novembro 13, 2005

11 de novembro, sexta-feira - A dura vida de m�dicos, enfermeiros, atendentes.

Tive que cancelar uma palestra para jovens da escola Francelina e a aula do curso de gerentes que acontece aos sabados. A Neuza continua com dores e passou o dia inteiro no hospital recebendo soro e fazendo exames para diagnosticar o que acontece. Foi atendida por quatro m�dicos que se alternam nos plantoes. Felizmente foi descartada a hipotese de apendicite. Sendo feriado prolongado decidimos viajar para S.Paulo caso haja um agravamento nas dores e necessidade de alguma cirurgia, pois o hospital de Buri nao comporta tal tipo de cirurgia. Enquanto fiquei esperando no hospital pude sentir as dificuldades dos dois lados. Tanto para as pessoas que precisam de atendimento como as pessoas que precisam dar conta de tanta gente, com poucos recursos. Sem descanso, os medicos, enfermeiros e atendentes precisam se virar para atender casos simples e casos urgentes. Conseguir que todos saiam satisfeitos eh algo quase imposs�vel, pois, cada um que chega considera seu caso o caso mais importante para ser resolvido no hospital.

quinta-feira, novembro 10, 2005

10 de novembro. Tear, Tear.

Projeto Pit-Bur! (projeto integrado de tear em Buri). O bicho vai pegar. Mais gente nova vindo aprender na Capelinha. As criancas acompanham mae, avo, tia. Como o pequeno Thomas. E todo mundo sai orgulhoso com sua grande obra. Quem nos emociona muito � a Viviane, de 10 anos. Quando veio pela primeira vez, olhava para baixo, com vergonha, perdida. Neuza foi dando carinho e ensinamentos. Agora, anda erguida, cumprimenta a todos, ajuda muito a Neuza com novos alunos, e sempre quer fazer algo novo, como hoje. Nao teria como comprar uma igual. Sua mae coleta PET no lixo nas ruas para reciclar. Certamente vai ajudar muito na renda em casa.

quarta-feira, novembro 09, 2005

um dia muito corrido e diferente.

Um dia de correria, conversas, nostalgia, e hospital

9 de novembro de 2005. Na Weril e em São Paulo

Seis horas da manhã, já na estrada, rumo à Weril em Franco da Rocha, perto de Mairiporã, para uma reunião com Nelson e Arthur. Foi superprodutiva, seguido de um ótimo almoço com rabada. Também ficaram entusiasmados com o Projeto do Tear em Buri. Arthur comprou teares de pente para a mãe e tia que estão gostando muito, inventando e produzindo belas peças. Em São Paulo, fui receber o dinheirão da aposentadoria, bem no velho centro de São Paulo. Sessão nostalgia, pois trabalhei muitos anos na região, comendo esfihas, pizzas brotinho e o incrível churrasco grego, feito fatias empilhadas de carne de terceira. O velho centro está bonito, sendo bem reformado, mas as pessoas não conseguem andar relaxadas, muito menos curtir as coisas ao redor, como fontes de água, igrejas, viadutos, prédios clássicos como o Martinelli, o Banespa, o Correio e os cinemas de filme pornô. Todos andam tensos, se prevenindo dos assaltos, segurando suas bolsas fortemente. Eu tirava fotos e as pessoas olhavam meio desconfiadas. Fui também até a insuportável, mas atraente, rua 25 de março, comprar bolinhas de pérola para a Neuza enfeitar seus trabalhos no tear. E quando voltei a Buri, Neuza estava com dores no estômago e cólica. Fomos ao hospital de Buri onde recebeu injeção na veia de Buscopan. Melhorou.

terça-feira, novembro 08, 2005

Diretores das Escolas conversam diretamente com o Prefeito Jorge.

Prioridade em Educação em Buri

8 de novembro, terça-feira – Buri prioriza a Educação

Enquanto a Neuza teve que ir ao Banespa de Itapeva (aproveitou para ir à oftalmologista, Dra. Rute. Melhorou um pouco a mancha na retina. Com a Verônica está tudo bem), eu
participei da reunião entre o Prefeito, a Secretária da Educação Marieni e todos os diretores das escolas de Buri, rurais inclusive. O Prefeito Jorge fez questão de ouvir diretamente, um por um, as realizações e as melhorias necessárias em cada escola. Vai colocar sua estrutura de suporte em campo para melhorar as condições de funcionamento das escolas. O grupo apresentou avanços significativos, tendo enfrentado com garra e criatividade as suas dificuldades decorrentes da escassez de recursos, da baixa participação e envolvimento dos pais nas escolas, dos problemas comportamentais provocados pela perda de valores sociais ao longo dos anos. Os dirigentes da Educação também puderam conhecer melhor a realidade e a “ginástica sem descanso” para recuperar as finanças do município, com redução de gastos, redução de quadro de pessoal, e muita otimização dos recursos existentes. O Projeto Integrado Tear em Buri (dá até para chamar de Projeto Pit-bur) irá contribuir bastante para melhorar a condição social e econômica das famílias, da economia do município e também a valorização das escolas pela comunidade. E já começa a ser definida a equipe que vai elaborar o esboço inicial do Projeto para que haja velocidade na implantação. Pessoas visionárias, otimistas, persistentes e de alto astral farão parte dessa equipe. Tem que dar certo, e vai dar certo!
No tear, novas alunas da Neuza: Zeze e Janaina da ABDC vieram aprender. Fatima, Cida e Nara vieram pelo segundo dia consecutivo. Gostaram e querem aprender mais. E as veteranas Clarice e Lurdinha continuam firme fazendo novos trabalhos.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Se a vida é curta, curta a vida!

domingo espetacular! 6-11-2005

Vieram todos de Sao Paulo. Tios, avos, prima, irmao, primos. Veronica fez bolo e brigadeiro para comemorar o aniversario da Sonia na Capelinha. Sonia eh a filha do meio da Neuza. Ninguem conhecia Buri. Comer um X-tudo na praca, um passeio e sorvete no Parque Ecologico com direito a beber agua da fonte dos desejos e da juventude, jogar volei na quadra da Veronica, tocar violao, sax, teclado, banho de mangueira para combater o calor, fazer tear. E ainda teve uma feijoada preparada pela Neuza, e vieram a Dona Clarice e o Sr. Jose, nossos vizinhos. Foi um domingo corrido, e inesquecivel. Alegria desde que chegaram, 13:30hs, ate o fim, 19:30. Seis horas vividas intensamente!

carpe diem! aproveitem o dia, aproveitem a vida!

domingo, novembro 06, 2005

Conscientes de que podem mudar o rumo das suas vidas.

Força Interior dentro destes jovens de Buri

5 de novembro de 2005, sábado – Curso para Jovens Gerentes

Mais um sábado de curso. Os que moram mais longe, como o Anderson, Fernanda e Elaine, sempre arrumam um jeito para não faltar. Dormem em casa de parentes ou amigos ou saem muito cedo de casa. Estão todos mais atentos, mais interessados. Os 5 valores, responsabilidade, respeito, honestidade, solidariedade e gratidão se fortalecem no grupo. Regina e Kátia arrumam a sala sem precisar pedir e no final da aula todos ajudam a recolocar tudo no lugar. Esqueci de levar a máquina fotográfica. Hoje dediquei o dia para o auto-conhecimento e reconhecer seus momentos de ciclo positivo e ciclo negativo. Ter e acreditar nos seus próprios sonhos (eu consigo, você também), incentivar outras pessoas também a brigarem pelos seus sonhos pra valer sem passar por cima dos 5 valores. Esse é o ciclo positivo. A falta de confiança em si mesmo ou no próximo nos coloca no ciclo negativo. A exagerada preocupação com a própria imagem, estimulada pelo mundo da competição, pela cultura machista e pela vaidade, nos empurra para o ciclo negativo também. O paternalismo também conduz ao ciclo negativo por significar proteção a alguém, que fica prejudicado no desenvolvimento, não assumindo riscos etc.
Os jovens gerentes conseguiram se identificar em inúmeras situações de ciclo negativo melhorando o auto-conhecimento.
Veronica faz acontecer.

Queremos uma Verônica crescendo diferente, sem deixar de ser criança.

A Verônica, que, aos sábados, sai com a Lisiane para vender algo pelas ruas da vizinhança, resolveu fazer brincos ao invés de brigadeiro, que anda tendo baixo interesse da clientela. Está feliz da vida com a vinda dos irmãos e tios para Buri para comemoração do aniversário da irmã Sonia. Fez sorvete e brigadeiro para a festinha de amanhã. Usou liquidificador, batedeira, tudo sozinha, e depois lava o que sujou, pois a pia do Ventania é pequena e tudo tem que ser guardado no lugar. A amiguinha Viviane ajudou. Também treinou teclado para tocar para os tios. Verônica esbanja vida e alegria. Está crescendo e se desenvolvendo de um jeito bonito.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Escureceu tudo em plena tarde, ventando muito na Capelinha. Aproveitei para ver o comportamento da lona, presa a elasticos para permitir o sobe e desce sem rasgar a lona e voltar para o lugar novamente. Foi impressionante ver o que o vento faz. As fotos explicam melhor. Passada a ventania, a lona voltou ao lugar. Sistema aprovado! Se a lona estivesse esticada e bem presa e sem elasticos, certamente tudo iria estourar com a ventania, e o nosso Ventania ficaria sem a cobertura em segundos.
dia de trabalhos internos, sempre com a companhia da Lua.

Todo mundo tem que cuidar de tudo no Ventania. Não dá para terceirizar.

4 de novembro, em Buri, na Capelinha. Dia de pequenos reparos no motorhome.

Movimentar o motor MWM, funcionar o compressor Knorr Bremse, repor água no Resfriar, revisar a lona de cobertura etc. Hoje também foi dia de consertar tampa de panela com a papagaia Lua fiscalizando, a Neuza cortar a bota para poder calçar mais fácil, a Verônica inventar e criar uma rede para a “quadra” de vôlei para a criançada. Verônica nos surpreende com sua criatividade e iniciativa. Ela “fez” a quadra, removendo com a enxada toda a pedra para as laterais, formando com as próprias pedras a delimitação da quadra na Capelinha. Brincaram muito assim, até na chuva. Ficaram mais exigentes e queriam uma rede. Comprar uma? Nem pensar! (mas, confesso, eu quase saí para comprar uma, como qualquer pai paternalista!) Verônica usou a cabeça e criou uma solução. Bambu, os meninos se viraram nos vizinhos. Buraco para o bambu? O Paulinho, o mais forte, trouxe uma escavadeira e pronto! A rede? Verônica pegou um rolo de barbante de sisal e... tudo pronto para uma emocionante partida! Após a saída da escola, a criançada da vizinhança vem brincar até o anoitecer. Sem gastar um centavo, longe da TV, longe do consumismo, fazendo e fortalecendo amizades!

quinta-feira, novembro 03, 2005

filhos, netos, bisnetos...continuam a escrever a historia dos seus valentes avos, bisavos.

reencontros que precisam se repetir... sem velórios!

2 de Novembro, lições de vida em pleno dia de finados, em Bandeirantes, Paraná.

Passei 4 horas da manhã em S. Roque para levar minha mãe até Bandeirantes, norte do Paraná, pois o enterro estava marcado para 9 horas. Chegamos às 8 horas, e o cortejo já estava saindo, pois teve que ser antecipado para não haver coincidência com uma procissão da cidade. Seria muito tumulto. Ainda assim, foi possível um último carinho na Fumitian. Foi um alívio para todos, pois sabiam da importância, respeito, admiração e gratidão que Nina e Fumiko tinham uma com a outra. A fila interminável de carros no cortejo foi uma prova inconteste da marca que essa mulher deixou. Mais do que choro, ficaram os agradecimentos e aplausos. A importância do acontecimento fez com que a distância não fosse um obstáculo para que cada um viesse dos mais distantes lugares. E isso promoveu reencontros emocionantes, como se o próprio evento do funeral nos servisse como um puxão de orelhas, esfregando em nossas caras que poderíamos promover esses encontros sem precisar que haja um falecimento e um velório para atrair a todos. E assim, distantes uns dos outros, pedaços significativos de uma saga vão se perdendo pela ausência desses encontros entre as gerações que geraram e as que se sucederam. O que eu estou apontando visa contribuir para um acordar, pois, em todas as famílias, estas mesmas coisas se repetem, morte após morte. O principal elo de conhecimento sobre a saga dos Kimura é a minha mãe, Nina Higuchi, com sua memória impressionante, carregada de detalhes emocionantes, e que o meu sobrinho Rafael cuidou de registrar.

Brava Gente Japonesa que ficou Brasileira!

...como diz aquela propaganda: se estes dois nao tivessem se conhecido (e vindo para o Brasil), eu nao teria nascido.

Gente com Sonhos prá Valer!

E Você? O Quanto você sabe da rica história da sua família?

Antes de pegar a estrada de volta para São Paulo, alguns fragmentos valiosíssimos dessa história eu pude presenciar. Silvio é um dos filhos da Fumiko. Contemplava com enorme orgulho um tesouro que sua mãe lhe passou: uma Comenda do Imperador do Japão, Hiroito, que seu pai recebeu em pleno Palácio Imperial, em 1979. Foi uma homenagem a ele pelos trabalhos realizados, progresso social e econômico e contribuições em benefício da coletividade japonesa na região norte do Paraná, quando era o principal responsável pela administração da Fazenda Nomura. A saga dos Kimura teve um personagem central, meu avô, Hajime Kimura. Após grandes sucessos e grandes fracassos decorrentes das crises e guerras em que o Japão se envolvia, para tentar reverter a situação de enormes dificuldades, formou um grupo com parentes, amigos, cunhados, irmãos de cunhados e trazer para o Brasil, em 1921, e outra turma em 1926. Entre eles, vieram o Massaaki e a Fumiko. Terezinha, Sílvio, o Henrique e a Idalina, Satoshi, Midori, Harumi, Maria, que estão na foto que eu tirei hoje, representando a primeira geração nascida no Brasil, como a minha mãe, que já tem 83 anos. Netos, bisnetos, tataranetos etc, de todas as famílias, precisam saber que tudo começou com sonhos pra valer, de construção de uma nova vida, trazendo como base a experiência de cada um e seus valores morais. Assim, saberão que também lhes cabe honrar esses valores e tradições, com muito orgulho, para que cada página da história seja recheada de bons exemplos. Se isso fosse uma forte preocupação, em cada família, certamente teríamos menos pessoas perdidas, menos ligadas em baladas, em drogas, em shopping centers, e menos pessoas tão preocupadas com fama e embelezamento. (só para registro: hoje, finados, 2 de novembro de 2005, chegando à tarde em São Paulo, um enorme congestionamento em torno do Shopping Metrô Tatuapé, por falta de vagas no estacionamento.) Perguntas: Quantos ficaram em casa conversando com seus avós? Quantos jovens estão interessados em conhecer as histórias e estórias de seus velhinhos? Os poucos que se interessam, e têm paciência para ouvir os velhos, falando lentamente e batendo na cabeça para um down load da memória, esses merecem aplausos.

terça-feira, novembro 01, 2005

pessoas que deixam marcas eternas.

Homenagem a uma sábia senhora: Fumiko Kimura.

A notícia triste que recebi da minha mãe foi que sua tia Fumiko Kimura, com mais de 90 anos, faleceu hoje e iremos até o Paraná de madrugada para o funeral dessa mulher super especial que deu lições de persistência, paciência, qualidade, perfeccionismo, arte com capricho, tudo através dos seus espetaculares e incríveis trabalhos artísticos. Aprendeu essa arte quando jovem, com a esposa do gerente da Fazenda Nomura. Durante toda a vida, com linhas coloridas e agulha, com muita paciência e determinação, reproduziu quadros famosos de Van Gogh, Monnet, Cezane. Depois de emoldurados, as pessoas custam a acreditar que tudo foi feito com linhas cuidadosamente escolhidas e coloridas. Filhos e netos foram contemplados com dezenas dessas lindas obras. Nunca vendeu nenhum dos seus trabalhos. Eu sou um felizardo e ganhei duas lindas obras suas, reproduções de Van Gogh, (Botas Surradas e A Bíblia), que sempre levo comigo no Motorhome, para me servirem como puxões de orelha e me tornar persistente, paciente, caprichoso, não materialista, não ganancioso. E a minha mãe, Nina Higuchi, aos 77 anos resolveu ter aulas com ela. Hoje, com 83 anos, já produziu mais de 10 lindos quadros e sempre ia até Bandeirantes, no Paraná, pedir conselhos e ter mais orientações da sua tia Fumitian. Essa mulher cumpriu sua missão aqui no Brasil. Cumpriu sua missão no anonimato, e contribuiu muito mais para o país do que muitos ilustres e famosos brasileiros. Obrigado pelas lições eternas, Fumitian. E obrigado também, Maria, por ter cuidado bem dela por tantos anos.
gente que se re-energiza sempre.

Plastrom Sensormatic - Brilho nos Olhos

1 de novembro de 2005, na Plastrom Sensormatic e na Knorr Bremse

Dia de rodízio de carros placas finais 3 e 4. É o meu dia. Tive que sair 6 horas da manhã para poder atravessar São Paulo até Alphaville sem ser multado. Em Buri não tem rodízio, nem congestionamentos, nenhum semáforo. Nenhum semáforo! 7 horas da manhã eu já estava filando um café na Plastrom e puxando boas conversas com a Lurdes, que sai de Itaquera 5 horas da matina, Jussara, Regina, Cirlene, Carlos Candela, Renato e Valdir. Mostrei para muita gente o trabalho da Neuza, uma linda manta de lã para bebê, que será o carro-chefe do Projeto Tear em Buri. Batista, Davi, Zé Augusto, Denise, Ruy, Ricardo, Garcia, Rodrigo, ficaram animados com as boas perspectivas que o Projeto Força Interior está apresentando. Uma boa conversa com a Denise, secretária do Ruy e Ricardo, possibilitou conhecer um grande talento nas artes musicais e plásticas dentro da Plastrom. Em pouco tempo de empresa, conquistou a simpatia de todos os setores. Além de pintora, é pianista, artesã, piloto de helicóptero e fogão, paraquedista, trapezista de circo, cantora de Karaokê e de churrascaria. Intimei-a a fazer a diferença lá dentro, reoxigenar o ambiente, correr mais riscos, inventar, inovar, confiar, mobilizar, ousar, sem pedir permissão para a diretoria. Vai fazer o Brilho nos Olhos da Plastrom brilharem como nunca. E isso logo vai acontecer, também com a ajuda das duas consultoras competentes Gláucia e Marli, da Oficina de Liderança, contratadas pela Plastrom Sensormatic.
Knorr Bremse prioriza projetos de responsabilidade social

na Knorr Bremse, um rápido pit-stop!

A manta que a Neuza terminou eu levei para o Rodmar na Knorr Bremse, pois seu quadragésimo filho (o primeiro com a Gracie) está para nascer e precisa montar um enxoval. Mostrei o trabalho para o pessoal de RH e também foi aprovado. O Rodmar, a Verônica, a Vanessa, o Fernando, gerente de RH, feliz da vida com o prêmio de Destaque de RH de 2005, abriram-nos a oportunidade de vender lá dentro da Knorr Bremse os produtos que forem produzidos em Buri. Beleza! Com tanto apoio assim, o projeto vai decolar com pista mais curta.