terça-feira, agosto 30, 2005

Palestra para pessoas da camada mais pobre e com um emprego provisorio, sem beneficios nem carteira assinada. Varredores de rua em sua maioria. Nao foi facil falar em motivacao, pensar grande, ter sonhos pra valer. Mas falei disto e foi muito bom.

gente humilde, gente pobre, pessoas que precisam de muita Força Interior

30 de agosto, terça-feira

Até verduras frescas, sem agrotóxicos, temos no parque ecológico. Colhida na hora para o almoço, é uma delícia.

Hoje, a pedido do Marmo, Secretário de Obras, teve uma palestra à tarde para mais de 100 pessoas que trabalham em Frente de Trabalho em Itapeva. São varredores de rua, trabalhadores braçais, consertam o asfalto, cuidam de praças, jardins etc. Vida muito dura em troca de um pequeno pagamento. Ainda assim, é emocionante ver como algumas pessoas fazem a diferença, mostrando energia e responsabilidade em seu trabalho, fazendo o melhor que podem. São pessoas que têm sonhos pra valer. Muitas acordam quatro da manhã e começam a enfrentar a dura realidade. A minha palestra teve como ponto de maior reflexão a importância de se ter sonhos pra valer, pois, se for realmente pra valer, nada impedirá de se ir atrás deles. Muitos exemplos reais surgiram entre os presentes, dando maior relevância ao que eu falava. Duas pessoas disseram que já haviam morado na rua e hoje têm sua casinha pois era o sonho delas, pra valer. Outra, Dona Maria de Fátima, disse que seu sonho é retornar para o Ceará para voltar a viver com os pais. Orgulhosa, com muita energia e alegria, disse que já foi duas vezes visita-los em Fortaleza. Agora quer ir definitivamente. Sabe o que fazer com cada real que ganha no seu trabalho como varredora de rua. Foi aplaudida por todos, pois acreditam que ela conseguirá.

De quebra, reencontrei, após quase 10 anos, o Maurício Linhares, que era de Curitiba e hoje mora em Itapeva. Conhecemo-nos na Philip Morris quando realizei um trabalho sobre Empowerment na fábrica. Atualmente é psicoterapeuta e também trabalha para uma Itapeva melhor. Ficou sabendo que estamos na região e me procurou na Câmara do Vereadores de Itapeva. Vamos ajudar o pessoal da área de Educação, que está muito interessado depois que a Haru, a Lúcia e a Ester viram a minha palestra.

segunda-feira, agosto 29, 2005

a tecnologia chega bem rapida e de mansinho deixa a gente mal acostumado e tambem distante um do outro. em cidade pequena, o calor humano, a confianca, o respeito e a solidariedade fazem toda a diferenca e compensam plenamente a falta da tecnologia.

Calor Humano em S.Paulo anda muito frio. E ninguém se dá conta disso.

29 de agosto, segunda, um dia em S.Paulo High Tec

Ficamos o fim de semana em S.Paulo e a Neuza aproveitou bem os dias para lamber a cria (Jorge, Sonia e Verônica). Neuza tinha consulta médica em S. Paulo, marcada há um mês. Duas horas e meia para ser atendida. Verônica perdeu as aulas de hoje. Como qualquer consulta médica, atualmente, saiu com uma série de pedidos de exames de laboratório: sangue, urina, mamografia, ultrasonografia de útero. Para aproveitar a passagem por S.Paulo, fomos a um grande laboratório, equipado com tudo o que há de mais moderno. High Tec. Ninguém fala com ninguém. Aperta um botão, recebe um ticket do estacionamento; na recepção, o máximo que alguém fala, antes de lhe dar um crachá que irá liberar a catraca, é “RG, e, por favor, fique diante da câmera”. Já, dentro do laboratório, Retire uma senha e aguarde na sala de espera. Ouvi o ding-dong no painel eletrônico, vez da Neuza. Ninguém fala nada. É só apresentar carteira de identidade, carteira do convênio e os pedidos médicos. Assine no “X” e vá até o andar superior onde será chamada. (alguém falou!!!). Senhora Neuza. (mais alguém falou!!!). A atendente pega a papelada, encaminha a Neuza até uma sala de ultrasom. Assim, após fazer todos os exames, Neuza recebe um papelzinho para retirar os resultados dos exames em 5 de setembro. Não é incrível tudo isto? O ser humano não precisa mais falar, conversar. Até na sala de espera, com bastante gente, tem um monte de revista Caras e outras porcarias para todo mundo ficar em silêncio, e ficar por dentro de como é o apartamento da Cicarelli, ex-ronaldinho. O incrível é que todos parecem estar muito bem com tamanho isolamento e distante do calor humano. Felizmente, antes das quatro horas da tarde, pegamos a estrada para Buri e encontrar gente de verdade. Durante a viagem viemos conversando bastante, até com os papagaios Lua e Sol.

domingo, agosto 28, 2005

a hora do hamster (eu acho que eh rato)

sexta-feira, agosto 26, 2005

gaucho. um povo que preserva e curte suas tradicoes e habitos. Em Passo Fundo isso eh muito forte e eu gosto de ver esse orgulho deles.

Rio Grande do Sul é outro país dentro do Brasil!

26 de agosto, sexta-feira
tendo algumas horas em Passo Fundo, com o avião saindo 13 horas, fui até o centro, de ônibus. Muito bom o sistema de transporte coletivo na cidade. Não tem aquela loucura de lotações com as vans. Pessoal educado, presta informações ao turista. Passo Fundo é a cidade do folclórico cantor Teixeirinha. Gosto do orgulho do povo gaúcho, que preserva como ninguém suas tradições e hábitos. Fiz questão de fotografar. Na loja dos Viner, tem de tudo que só gaúcho usa e gosta. Ao ver uma legítima Alpargatas, um calçado de lona e solado de corda, lembrei-me dos tempos de infância, quando ainda nem havia o conguinha nem o ki-chute. Comprei a alparagata (é assim que falavam na rua).

Fui procurar também um tal de lençol termo-elétrico, que, se eu não tivesse visto no hotel, eu nunca teria coragem de comprar (medo de morrer eletrocutado ou bem passado). Tava um frio danado em Passo Fundo. No hotel, experimentei e gostei. Pensei no frio que ainda pode fazer na região de Buri. Tive sorte: achei o representante dos lençóis Termo-brás, que se virou para conseguir na fábrica lençóis 110V e ainda foi me entregar no aeroporto. No nosso busão, agora pode vir o frio que quiser. Estaremos aquecidos, torrados não!

Neuza vem de Buri à noite com a Verônica para S.Paulo. Ficaremos por aqui até segunda-feira.
tche pra todo lado. Nilson convidou 100, vieram 110. Apertou daqui e dali e encheu a sala. Marcos, Jacques, Pelisson, Graciane sao as feras da Monsanto na regiao de Passo Fundo. A palestra foi um sucesso e valeu a distancia que todos tiveram que percorrer.

em Passo Fundo, Rio Grande do Sul

25 de agosto, em Passo Fundo - RS

Palestra à noite para 110 pessoas do mundo do agronegócio promovido pela regional da Monsanto, a convite do Nilson. Além de Passo Fundo, vieram pessoas de diversas cidades vizinhas, bem menores, de 4 ou 5 mil habitantes como São João da Urtiga. Nomes novos para mim: Lagoa Vermelha, Tapejara, São João do Ouro, Carazinho. Da janela do avião dá para ver as inúmeras pequenas propriedades que vivem da agricultura, em pequenas cidades, próximas umas das outras. Platéia interessada e participativa, das 20 até 22 horas, mesmo com fome e tendo trabalhado o dia todo. Serviu para aumentar o otimismo e superar os constantes desafios, principalmente depois de uma temporada difícil com a seca que prejudicou muito os agricultores do Rio Grande do Sul. Trabalhei temas como Des-envolver, Lucidez, Pensar Grande para Agir Grande, Gerentes buscam mais resultados com menos recursos, Fazer a Diferença, ousando e correndo mais riscos em causas que realmente valem a pena. Foi um sucesso, e mais gente torcendo pelo Força Interior e querendo que a gente, um dia, passe uma temporada lá.

terça-feira, agosto 23, 2005

mamae Neuza tem tempo para todo mundo. Mesmo cansada faz uma fogueira para a Veronica para assar batatas. E a Veronica aproveita ao maximo sua vida fora de um predio de apartamento.
segundo dia de aulas de tear da Neuza e os resultados animam a todos, trazendo mais gente para conhecer e aprender tear.

Começou o tear manual em Buri

23 de agosto, terça – dia de manutenção

Enquanto a Neuza dá atenção às pessoas que vieram aprender tear, eu cuido de coisas que já precisavam de cuidados. Consertei um tear, consertei a bicicleta ergométrica da Neuza, busquei água na fonte aqui no próprio parque, toquei sax, enchi a caixa d’água, reapertei mangueiras, mandei um e-mail para o David da Folha do Sul para me reservar alguns exemplares do jornal da semana passada, pois em Buri não tem para vender. É que saiu uma bela matéria sobre o Força Interior e eu quero enviar para a MWM International Motores, Knorr Bremse e Plastrom Sensormatic, meus patrocinadores. Também quebrei a cabeça, e não encontrei solução para o Blog, que recebe spam (comerciais estrangeiros) aos montes, e tenho que apagar todos eles, um a um. Dá uma trabalheira danada e me consome um bom dinheiro com o celular ligado na internet.

E hoje tivemos muita gente nova vindo conhecer os trabalhos da Neuza e visitar o Ventania. As filhas da Zelinda, neto, o marido José, mais vizinhas, Rodolfo, da marcenaria da ABDC, com dois alunos seus, que querem construir um tear rústico para as pessoas mais carentes, seguindo as dicas de uma revista sobre tear. As quatro que iniciaram ontem, vieram logo cedo para terminar suas obras no tear. Todas terminaram e ficaram encantadas com o resultado. E começaram novas peças. Querem aprender bem para ensinar outras pessoas.

segunda-feira, agosto 22, 2005

Montamos 4 teares para iniciar as aulas para quatro multiplicadoras que terao a responsabilidade de levar adiante aos interessados em Buri.

ensinar pessoas para multiplicar a arte em tear.

22 de agosto

Neuza iniciou os treinamentos em tear, formando multiplicadoras em Buri. Quatro começaram: Zelinda, Milena, Helena da ABDC e a vizinha Edna. Aproveitaram para aprender ao ar livre, à sombra da grande jaboticabeira, num belo cenário. Entusiasmadas, foram até o anoitecer, quando não enxergavam mais nada. Amanhã continuam.
Fazenda 3 Pinheiros, em Taquarivai, um lugar de trabalho, de produtos, de paz, de otimismo e de respeito.

Uma Fazenda Modelo: Fazenda Três Pinheiros em Taquarivaí, perto de Buri

21 de Agosto, domingo, e conhecemos uma Fazenda exemplar, a Três Pinheiros.

Desde que chegamos a Buri, Neuza ficou curiosa em entrar numa estrada de terra por causa de uma placa: Caminho da Maçã. E hoje, lá fomos nós. Uma pessoa na estrada nos orientou a chegar até uma tal de Fazenda Três Pinheiros para obter mais informações para conhecer o pomar de maçãs. Logo avistamos a Três Pinheiros. Uma fazenda muitíssimo bem cuidada, uma verdadeira empresa bem sucedida, e da estrada, tiramos algumas fotos. Divulga em uma parede externa todos os seus produtos: reflorestamento, frutas, criação de animais. O que chama a atenção é o zelo, com tudo o que se faz, com todas as coisas que tem na fazenda. Não há sinal de bagunça, de desleixo. Forte demonstração de religiosidade e civismo, moradias dignas para as famílias que lá trabalham, bem construídas, coloridas, com direito a antena parabólica, ruas limpas, lixo bem cuidado. Lazer também é importante, para adultos e crianças, com torneios de truco, parquinhos, salgados e doces. Para nós, foi uma agradável surpresa ver empresários rurais com tamanha preocupação social. O gerente da fazenda, Luís, fala com orgulho de tudo. Queremos conhecer melhor seus dirigentes em novas visitas, pois estamos certos de que existem muitos outros bons exemplos e lições para nós.

domingo, agosto 21, 2005

Porco Paraguaio Legítimo. É muito bom mesmo! em Itapeva!

Força Interior no Porco Paraguaio

Final da tarde de sábado. Fomos a Itapeva conhecer/comer o tal de porco paraguaio, no Bar do Lucrécio, a convite do David, do Jornal Folha do Sul. (publicou uma longa e elogiosa matéria sobre a minha palestra de ontem na Câmara Municipal de Itapeva).

O Bar do Lucrécio parece um rancho, sem portas, desencanado, deixando as pessoas completamente à vontade. Lá estava o porco sendo assado inteiro. Verônica quase teve um troço quando viu o bichinho soltando fumaça pelo nariz e com os olhos abertos. Nenhum dos convidados tinha visto algo parecido, nem o David. O bicho é temperado no dia anterior e fica doze horas sobre um fogo com pouca lenha. Quando está assado, é virado de costas para baixo, e aumenta-se o fogo para o couro ficar pururuca. O Lucrécio me deu o primeiro pedaço para provar. Inacreditável. Inacreditável. Saboroso, macio, delicioso. Neuza e Verônica também adoraram. Já valeu ter ido lá só pelo porco paraguaio. E ainda tivemos mais boas surpresas. Um grupo de violeiros (Diogo, Alex, e outros, que fazem um belo trabalho na região para a divulgação da viola caipira) brindou a gente com gostosas músicas. Conhecemos também o Pedro, um carioca que está em Itapeva há dois anos, artista plástico. Uma grande figura, que, certamente, reencontraremos. E outras figuras conhecidas da cidade, como o Paulo, da Rádio Cristal, Oscar, advogado, um arqueólogo, um médico violeiro. Todos são amigos do David, que faz uma enorme propaganda do Força Interior.
O porco soltando fumaca pelo nariz enquanto assava. Ficou espetacular, delicioso. e o show de viola caipira do diogo, alex e companhia foi muito bonito mostrando as verdadeiras raizes da regiao.
e assim, vamos vivendo todos os momentos, dentro e fora do Ventania.

sexta-feira, agosto 19, 2005

momentos para refletir e enxergar oportunidades para mudar, melhorar, fazer a diferenca, passar valores, construir um mundo melhor do que este que estamos vendo, com pessoas muito melhores que estes Valerios, Delubios e Malufs que estamos vendo.

Força Interior em Itapeva

19 de agosto, sexta-feira – na câmara municipal de Itapeva.

Aproximadamente 60 pessoas participaram desta palestra combinada com a Vereadora Aurea. Além dos servidores da Câmara Municipal de Itapeva, também foram convidadas pessoas de outros municípios vizinhos, como Nova Campina, representantes de outras instituições como a Guarda Municipal, o Exército, Hospital da Santa Casa de Misericórdia, Secretaria da Educação, Secretaria dos Transportes etc. O David, do Jornal Folha do Sul também estava lá. Como, na mesma hora, estava acontecendo outra reunião na cidade com a visita do Secretário Estadual da Saúde e alguns deputados, havia uma dúvida no ar: os convidados viriam para a palestra? Muitos receberam convite para os dois eventos. Fiquei aliviado e feliz pois teve gente que veio para a reunião errada e decidiu ficar depois de participar por meia hora da minha palestra. Houve gargalhada geral. Outros teriam que sair, mas ficaram até o final. Não se trata de uma competição, mas seria frustrante ver uma sala vazia e perder o dia e a viagem.


Nesta palestra “Fazendo a Diferença”, mostrei que é fundamental melhorar o auto-conhecimento para possibilitar o próprio desenvolvimento. De um modo geral, dedicamos pouco tempo à auto-reflexão. Portanto, quem fizer isso, já fará a diferença. Reconhecer em si mesmo as fôrmas que orientam o pensamento, o julgamento, a decisão, a ação. Questionar e reavaliar ou revalidar fôrmas é fundamental para não tocar a vida de uma maneira sem sentido. Enfatizamos bastante a questão dos valores (responsabilidade, respeito e honestidade). É responsabilidade de todos nós passar e fortalecer esses valores aos nossos filhos, cidadãos, alunos, colegas de trabalho etc. Principalmente quem é do serviço público, que sempre deve se lembrar em servir ao invés de ser servido (esta é a diferença entre tripulante e passageiro). Um Brasil melhor se faz assim, onde cada um procura ser um bom exemplo.

Os elogios que recebemos, terminada a palestra, serviram como enorme incentivo para nós. Surgiram mais pedidos para novas palestras, e que poderão resultar numa única palestra envolvendo todos os interessados em Itapeva, como sugeriu o David. Lourdes, de Capão Bonito, também quer nos levar para uma palestra naquela cidade vizinha. E iremos com prazer.

quinta-feira, agosto 18, 2005

num pequeno espaco, tudo tem que ser feito dentro do Ventania. E dah tudo certo. Mesmo com dois papagaios.
que responsabilidade tem essa turma! formar valores, educar, formar o carater das pessoas que vao construir o futuro de Buri.

a importância enorme dos educadores para um Brasil de Valor

Esta foi uma das primeiras palestras acertadas logo que chegamos a Buri, marcadas pela Marieni, a Secretária da Educação do Município. Vieram Diretores das escolas, supervisores, coordenadores de ensino etc. Em duas horas e meia de palestra, aproveitamos para refletir sobre Desenvolver (des-envolver), reconhecer o que nos cobre, nos envolve, nos enrola. Nossas formas e fôrmas que nos deixam formados, influenciando nossas percepções, conclusões e decisões. Quem trabalha na Educação precisa ter consciência das próprias fôrmas e das fôrmas que produz em seus alunos, que os influenciará positiva ou negativamente em suas vidas. Pudemos abordar também as características dos hemisférios do cérebro, analisando os prós e contras de cada hemisfério, do direito (emocional) e do esquerdo (racional), que também influenciam nas nossas fôrmas.

quarta-feira, agosto 17, 2005

primeira palestra para os moradores do Jardim Kantian foi um sucesso. Falamos muito em Sonhos Pra Valer e Valores como Honestidade, Respeito e Responsabilidade.

brava gente brasileira em itapeva

17 de agosto, quarta, em Itapeva – Jardim Kantian

Saímos de S.Paulo às 6 horas da manhã. No Parque Ecológico, em Buri, tudo calmo como sempre. Ninguém mexeu nas coisas que ficaram do lado de fora do Ventania. Meio dia e meio a Verônica foi esperar o ônibus escolar e nós fomos para Itapeva. É um dia especial. É o primeiro trabalho nosso para ajudar a comunidade de ex-sem-teto, liderada pelo Deniro. Estava programado para ser com os jovens, mas vieram as mães principalmente, e alguns pais. E foi muito bom ter sido assim. Marcaremos outra data para os rapazes e moças, com todo o apoio dos pais, que gostaram da palestra.

Mostrei a importância de se ter sonhos pra valer para ter energia e coragem para enfrentar os obstáculos da dura realidade. E foi exatamente isso que os fez saírem de onde saíram (sem ter onde morar) e estarem hoje como estão (aprendendo artesanatos e trabalhos manuais ensinados pela Mirian e Ana, para melhorar a renda familiar). Foi uma linda seqüência de aplausos para essas pessoas, além do Rafael, engenheiro agrônomo, a Dulce e Mariliza da Promoção Social. Se o primeiro passo é ter sonhos pra valer, a etapa seguinte, longa, é agir para concretiza-los, sem passar por cima dos valores como honestidade, respeito e responsabilidade. E logo alguém falou do “mensalão”, esbravejando com os Valérios da vida.
emociona ver a capacidade do ser humano de enfrentar e superar obstaculos. esta turma, liderada pelo Deniro, tem uma valentia invejavel.

Deniro. Marque este nome. Um grande exemplo

Fiz todo o grupo de moradores sonharem com uma vila com cercas bem pintadas, coloridas, e, com todos tendo esses valores bem fortes, não haverá roubo, violência, droga etc. Cada um falou a cor da sua cerca. Já se enxergaram sendo visitados, famosos pelos bons exemplos, com a horta produzindo para consumo interno e vendendo outra parte. Um belo portal para fotos dos visitantes, com algo escrito lá em cima, como Vila dos Sonhos, sugerido por uma moradora. Foi um momento de muita emoção, com o Deniro sempre apoiando e aplaudindo o que ouvia. Com sua velha e fiel bicicleta, Deniro disse que, com o que viu e ouviu hoje, já se considera um vencedor e se sentia emocionado e com mais força para continuar na luta atrás dos sonhos. Disse que chorou quando mencionei a luta da minha mãe quando ficou viúva bem jovem, com 29 anos, e seis filhos pequenos, onde a minha irmã mais velha tinha 7 anos e a mais nova 40 dias. Deniro ficou viúvo com trinta e poucos anos, e quatro filhos. Sente o maior orgulho de como tocou sua vida e dos filhos.
para a nossa alegria, temos jovens que estao bastante interessados no que estamos fazendo. julia, rodrigo e caio.

tem gente que amadurece mais rápido

Depois de terminada a palestra, três jovens, Júlia, Rodrigo e Caio, de uma escola particular vieram gravar uma entrevista para um trabalho escolar pois ficaram interessados no que estamos fazendo. A Júlia já havia entrado no nosso site e fez contato comigo por e-mail.

terça-feira, agosto 16, 2005

feliz dia dos pais, todos os dias, com filhos como o felipe, vitor, e cacá

O dia rendeu. Depois de consertar meu carro, aproveitei para comprar um estoque de Mini-DVD para gravar, pois pressinto que teremos muitas cenas imperdíveis e que precisam ser filmadas, não só fotografadas, nos trabalhos que realizaremos em Buri e Itapeva. Como viajaremos amanhã bem cedo, quarta-feira, fui provar o Yakissoba na Lanchonete e Pastelaria Quintal, do meu filho Vitor. Está uma delícia e vai fazer muito sucesso. Também ganhei, de Dia dos Pais, um pacote de balas recheadas de leite condensado, da Kopenhagen, que eu sempre fui tarado. Neuza aproveitou para fazer compras de comida japoneza para levar para Buri, cortar o cabelo e também comprar um vestido para a Verônica, já pensando no casamento da prima Akemi em setembro.
dia dos pais na segunda-feira, terca, quarta... assim eh bom demais. valeu, filharada.

pessoas especiais no Tatuape.

16 de agosto, terça, ainda em Sampa.

Para dar um trato no nosso Uno, o Ventinho, passei na oficina no Tatuapé, do amigo Aldo Fernandes. Gente finíssima, simpatissíssimo, tanto quanto seu falecido irmão Ronaldo, vítima de um acidente besta, inacreditável, com um caminhão, há um ano. Os dois irmãos, adquiriram uma antiga oficina quase falida, e a transformaram numa oficina exemplar, limpa, organizada, bem equipada, com gente atenciosa, e agora está sempre cheia de clientes.

Como os dois irmãos sempre gostaram de jipões e veículos off-road, sempre estiveram metidos em estradas de barro e participavam da equipe de socorro do Rally dos Sertões. Vi o jipe do Aldo e fiquei babando. Está prontinho, com tool-bar, para ser puxado pelo busão. Enquanto rolava a manutenção do meu carro, flagrei o Humberto, um bom exemplo de não desperdício, que estava consertando o próprio tênis, que, estando gasto e entrando água, recebeu uma camada de borracha tirada de câmara de ar.
escolher oficina mecanica sempre requer cuidados. Em quem confiar? Por isso foi bom ter conhecido o Ronaldo e o Aldo, no Tatuape em S. Paulo

na Knorr Bremse, com Antonio, Andrea, Vanessa e companhia

15 de Agosto, segunda-feira, na Knorr Bremse

Hoje, conforme acertado com a Vanessa, é o dia de treinamento sobre Habilidades em Negociação para um grupo de técnicos, engenheiros, compradores, vendedores. O aspecto que mais procurei enfatizar foi de que a essência para uma Negociação Eficaz baseia-se na construção de ambiente de Confiança, produzindo uma relação de parceria duradoura onde nenhuma das partes terá interesse em terminar. Portanto, de nada adianta dominar técnicas de venda ou técnicas de negociação se a questão da Confiança não estiver sempre presente. Mas importante do que Técnicas de Negociação é ter o bom senso e a pele fina para perceber e colocar em prática tudo o que pode contribuir para melhorar a confiança e também evitar tudo o que pode abalar a confiança de alguém. Isso exige entender de pessoas, a partir de si mesmo, onde acontece a dinâmica dos papéis, a variedade de reações humanas, interesses, características, especializações. O treinamento atendeu bem as expectativas conforme os participantes.
Ziria, Bia, Cassio, Antonio, Ronaldo, Eduardo, Andrea, Flavio, Leonardo, Fabio, Fabiana, Caio, Romulo e Saturnino, e Vanessa. Aprendem a negociar desenvolvendo o confiar.

Jeito de viver. Cada um faz sua escolha!

Buri (20 mil habitantes) e São Paulo (20 milhões). Nenhuma diferença, a não ser, tudo!

Nas imagens, a Neuza está na Praça da Paz em Buri, em pleno meio dia. E que paz. E eu tiro foto durante um congestionamento em São Paulo, ao lado de mais uma grande ponte em construção, na Av. Água Espraiada, com lavadores de pára-brisa tentando ganhar seus trocados para viver.
um contraste tremendo viver em Buri e passar por Sao Paulo.

domingo, agosto 14, 2005

aprendendo e praticando valores. Veronica e Lisiane.

Valores fundamentais para a vida. Respeito, Honestidade, Responsabilidade

13 de agosto. E a Verônica se desenvolve.

Conforme estava combinado com a amiga-vizinha Lisiane, ontem à noite fizeram brigadeiro para vender hoje, sábado. Terminaram de fazer: 74 brigadeiros. Essa foi a parte mais fácil e saborosa, pois tinham que experimentar de vez em quando para conferir a qualidade. Daí, as dúvidas e perguntas: por quanto vamos vender? Quanto teremos de lucro? Quanto custou o material utilizado? Fazendo comparações com isso e aquilo, chegaram ao preço: 50 centavos cada ou 3 por um real. Tiveram que usar a matemática na prática para responder a todas as perguntas. Felizes com as perspectivas de lucrarem uns 10 reais, e o que sobrar, vão comer sem sacrifício, combinaram sair 8 horas da manhã. Verônica ainda arrumou um tempo para treinar teclado, pois retomou as aulas na escola do professor Amauri. Liziane e Verônica saíram para vender e retornaram 2 horas depois de andarem pelas ruas do bairro da Capelinha. Não conseguiram vender tudo, mas venderam bem. Tomaram decisões novas no meio do caminho. Para algumas crianças, venderam a 4 por um real. Já sabem onde estão os melhores clientes. Lucraram e dividiram exatamente 11 reais, sem enrolar, sem enganar ninguém. E estão fazendo novos planos para o próximo sábado. Esta é a escola da vida.
quem trabalha, como a Fatima, nao sai na foto.

Buri. Novidades pela frente. Entelmann vai ajudar também

Hoje à tarde, vamos para S.Paulo e ficaremos lá até terça-feira, pois é feriadão em Buri. Na segunda-feira tenho um trabalho na Knorr-Bremse. Fomos almoçar em Laranja Azeda, em Buri, no sítio da Fátima e do amigo Entelmann, que há muito não vejo. Verônica ficou feliz da vida por ter andado na caçamba da caminhonete da Fátima (sabemos que é proibido). Foi o acontecimento do dia para ela, além de dar capim na boca para um bezerro. Encontramos o Entelmann. Foi por causa dele e das suas propostas e vontade de melhorar as condições de vida dos moradores de Buri que decidimos ficar nesta região e também para ajudar em Itapeva. Para nossa surpresa, o almoço era um churrasco promovido pelo Entelmann para comemorar com seus funcionários da ACE-Schmersal, divisão Elevadores, do Adriano, Renato, Saulo e companhia, os bons resultados obtidos. Uma equipe formada por jovens, com muita alegria, energia e competência, vem superando seguidos desafios, travessias e mais travessias, Aconcáguas e Everests. Seu velho amigo Michel, um senhor libanês-brasileiro, dedicado à indústria têxtil, também estava lá. Com muita experiência de vida, perspicaz e um fino humor, também participou da cervejada. Não perdi a oportunidade de encher o saco dele descendo o cacete no Maluf que até agora não foi preso. Aproveito todas as oportunidades para falar sobre a importância do resgate dos valores humanos, valores sociais, para vivermos num Brasil melhor. E gente daquele tipo impede ou dificulta muito para que isso aconteça. Afinal, são milhões e milhões de dólares que poderiam estar sendo utilizados em benefício de todos, mas que, roubados, usam para suborno, chantagem, e atender a caprichos e luxúria de uma família. A minha esperança é que a Denise Frossard consiga mobilizar as instituições da justiça neste país e por esse monte de Marcos Valérios na prisão como fez com os bicheiros do Rio de Janeiro. Na verdade, não precisava nem ser uma prisão. Uma pena justa seria obriga-los a acompanhar um dia a Verônica e a Lisiane vendendo salgadinhos e brigadeiros pelas ruas de terra, sob o sol, a 3 por um real, e sobreviverem assim, por um ano.

sexta-feira, agosto 12, 2005

Valores em casa, Valores na Escola, Valores para a Vida

Nas duas palestras na Escola dirigida pela Zelinda, participaram pais e professores. O principal ponto desenvolvido foi a questão dos valores humanos, atualmente bastante deteriorados em função da pouca disponibilidade de tempo dos pais, dos maus exemplos passados pelos programas de maior audiência na tv, como novelas, dos casos e casos de sucesso de corruptos, de Collor a Malufs, de Lalaus a Valérios, em não serem punidos. A escola, os professores, precisam ter o apoio dos pais para que os alunos e filhos venham a internalizar mais fortemente, valores como honestidade, respeito, responsabilidade, gratidão, amor, humildade, solidariedade. Respeito não só com as pessoas, mas também com coisas, que devem ser preservadas e respeitadas, sem sujar, sem estragar. Ficou forte o exemplo que eu citei de escolas japonesas, onde os alunos limpam o que sujam, não deixando que outros limpem o que sujaram. Baseiam-se na máxima de “deixar para o próximo um mundo melhor do que encontraram”. Os pais compreenderam ser necessário fazer algo parecido por aqui e irão apoiar a iniciativa da escola quando algum aluno reclamar, em casa, que teve que varrer a sala de aula ou o pátio da escola.
12 de Agosto, primeiras palestras em Buri

Exatamente uma semana depois de chegarmos em Buri e já acontecem as primeiras palestras, acertadas com a Diretora da Escola da Vila Sene, Zelinda, três dias depois da nossa chegada. É animador o interesse que as pessoas da região têm demonstrado pelos trabalhos do Força Interior. Hoje, por exemplo, fomos à Secretaria da Saúde agendar duas palestras para a equipe de enfermeiros, médicos, agentes de saúde, auxiliares etc. E a iniciativa partiu de um agente de saúde, Rogério, que a Neuza conheceu quando saiu para comprar ovos nas proximidades do Parque Ecológico. Dias depois, Rogério veio ao nosso busão, à noite, para pedir para irmos conversar com a Sueli, da Secretaria da Saúde, interessada na nossa ajuda. Desta reunião de hoje, da qual participou também a dinâmica Edna, além das palestras, a Neuza deverá ajudar ensinando tear para as mulheres que são cuidadas pelos agentes de saúde. E o Rogério visualiza desde já as possibilidades de levar ganhos extras para essa população carente.
Fortalecendo Valores nos alunos da Escola da Vila Sene
Pessoal da Saude de Buri fazendo mais pelas pessoas

quinta-feira, agosto 11, 2005

Cooperativa em Buri. Pensando no presente e no futuro.

Cooperativa: uma boa alternativa para gerar trabalho e renda para a comunidade de Buri.

Cooperativa em Buri

Buri incentiva a criação de cooperativa de costureiras. O objetivo é gerar emprego e aumentar a renda familiar. O Prefeito Jorge, o Norbal, o Dico, o Paulo e uma equipe de especialistas, lideradas pelo Celso, em criação e administração de cooperativas, além do João Carlos do Senai, promoveram uma primeira reunião com as pessoas interessadas em participar da cooperativa. O pessoal da ABDC também estava em peso para aproveitar tudo o que puderem em benefício da associação.
Neuza tem tempo para todos, ate o anoitecer em Buri

Boa Viagem, Cacá, Márcia e Nina

11 de Agosto. Filho indo para o Japão.

Hoje à noite, muita tristeza com a partida para o Japão, do Cacá, Márcia e a neta Nina. Partem juntos para o outro lado do mundo indo atrás dos seus sonhos. Se queremos ir para a frente, muitas coisas têm que ficar para trás, como os momentos que tivemos em Penha, Santa Catarina, quando foram nos visitar e aprenderam tear. E tiveram coragem para sair da zona de conforto. Assim, tudo vai dar certo. Boa viagem, Cacá, Márcia e Nina. Até qualquer dia.
nao eh facil uma decisao destas. sonhos pra valer dao a coragem para o Caca e Marcia. Sejam muito felizes la no Japao.

quarta-feira, agosto 10, 2005

em Itapeva

Aurea, vereadora, David, do jornal Folha do Sul, Marmo, vereador e secret�rio de Transportes, Mariliza da Promocao Social, Brian, diretor do Sebrae, Cida e Celinho do movimento negro de Itapeva.

em Itapeva

Fomos em seguida, acompanhados do David e da Dulce, da Secretaria da Promoção Social, visitar o Bairro do Kantian, onde está instalada uma comunidade de ex-sem teto, liderados pelo Deniro, que já conhecemos na visita anterior. Impressiona a todos que lá vão. Deniro foi reeleito presidente da comunidade, é admirado, respeitado. Impõe respeito pelo exemplo, exige o cumprimento das regras definidas no estatuto. Lá não tem bebida, não tem droga, roubo, ninguém fica na rua depois das 10 da noite. Quem não respeita, é advertido e, se reincidir é “convidado” a se mudar dali. E tem muita gente interessada em se mudar para lá. Mas só 200 famílias podem morar lá. Não tem vaga. Mostrou orgulhoso a horta que a comunidade está iniciando, próxima da vila. A prefeitura ajuda, com o envio de trator e outras coisas necessárias para o sucesso da iniciativa. Recebem o suporte técnico do Rafael, agrônomo.

Brava Gente Brasileira. Deniro.

As aparencias enganam. Todos ouvimos e falamos e caimos nessa. O Deniro eh um exemplo disso. Quem nao o conhece vai se assustar se ele se aproximar para pedir-lhe uma informacao. Seria o primeiro a ser detido numa confusao dentro de um onibus. Barba sem fazer, cabelo desarrumado, olhar serio, roupas nada elegantes, jeito rude. Depois de um minuto de conversa a gente se impressiona. Firme, sabe o que quer, sabe influenciar, tem valores eticos a toda prova, luta pelos moradores e obtem respeito pelo exemplo. Nao eh de chorar. Eh de fazer. Brasilia deveria chamar o Beniro para uma licao de cidadania.
Fomos em seguida, acompanhados do David e da Dulce, da Secretaria da Promoção Social, visitar o Bairro do Kantian, onde está instalada uma comunidade de ex-sem teto, liderados pelo Deniro, que já conhecemos na visita anterior. Impressiona a todos que lá vão. Deniro foi reeleito presidente da comunidade, é admirado, respeitado. Impõe respeito pelo exemplo, exige o cumprimento das regras definidas no estatuto. Lá não tem bebida, não tem droga, roubo, ninguém fica na rua depois das 10 da noite. Quem não respeita, é advertido e, se reincidir é “convidado” a se mudar dali. E tem muita gente interessada em se mudar para lá. Mas só 200 famílias podem morar lá. Não tem vaga. Mostrou orgulhoso a horta que a comunidade está iniciando, próxima da vila. A prefeitura ajuda, com o envio de trator e outras coisas necessárias para o sucesso da iniciativa. Recebem o suporte técnico do Rafael, agrônomo. Brasilia deveria chamar o Deniro para dar uma palestra sobre ética e cidadania.
Vila Kantian, uma comunidade formada por ex-sem-teto. Bem organizada, querem mostrar que sao capazes de sobreviver e viver dignamente, com uma ajuda inicial.

Ajudando a formar jovens de valor

Hoje era dia de aula de bijouteria para as mulheres. As crianças brincam com o que tem na rua. Os rapazes jogam bola ou ficam à toa. Muitos querem trabalhar, mas o estatuto da criança e do adolescente não permite. Essa ociosidade é preocupante. Como o David diz, mente vazia é a melhor oficina do diabo. Conversamos com eles e prometemos pensar em algo que os ajude a aproveitar melhor o tempo. Já marcamos uma palestra para os rapazes e garotas para a próxima quarta-feira. Queremos mostrar a importância de cada um na construção de uma comunidade que será muito respeitada, produtiva, auto-suficiente, com pessoas pobres, mas ricas em valor.
vamos ajudar esta turma da Prefeitura de Buri

terça-feira, agosto 09, 2005

muito trabalho para recuperar e desenvolver Buri

No final da tarde, reunião na prefeitura com o Norbal e o Dico. Estão desenvolvendo um projeto, com o apoio do Senai, ligado a confecções que contribuirá para a geração de empregos na cidade. Estão sendo dados os primeiros passos para a criação de uma cooperativa, sendo que a primeira reunião acontecerá nesta quinta-feira, e vou participar dela. Gerar empregos é uma das maiores necessidades do município. No encontro de hoje conhecemos também a Fátima (conhecida como Russa), responsável pela área da Cultura e Turismo em Buri, e também quer conhecer o trabalho da Neuza.

Verônica. uma pequena que ajuda como gigante

9 de Agosto, terça-feira

Ontem, final da tarde, Zelinda trouxe a Mariene, Secretária da Educação em Buri. Já marcamos dois trabalhos: nesta sexta, palestra de manhã e à tarde para os pais dos alunos da escola na Vila Sene e palestra/treinamento para os Diretores e Coordenadores das escolas, no próximo dia 18. Estamos admirados e gostando do ritmo veloz com que as coisas estão acontecendo em Buri. À noite, corremos para o Hospital em Itapeva, na Santa Casa, com a Neuza sentindo dores provocadas por infecção na bexiga. Um atendimento exemplar dos seus servidores possibilitou rápido alívio e retornamos a Buri. Verônica ficou sozinha, cuidando da massa de pão que precisava crescer. Verônica vem crescendo (interiormente) tanto quanto o pão. Quando voltamos de Itapeva, 21:30, o pão já estava assado e...detonamos. A Verônica, com seus 11 anos, nos dá muita alegria e tranqüilidade.
nossa pequena Veronica se agiganta diante de momentos onde precisamos de ajuda.

segunda-feira, agosto 08, 2005

O Brasil tem dessas coisas incriveis, inexplicaveis. Pagamos 1,50 real por dois litros de leite num sitio aqui perto. A Coca-cola de dois litros custou quase o dobro, 2,80 reais.
Como eh bom conhecer pessoas que querem fazer algo pelos outros. Hoje conhecemos muitos deles. Vamos juntar as competencias.

Brava Gente Brasileira em Buri

8 de Agosto, segunda-feira movimentada

Atiramos no que vimos, acertamos o que não vimos. Seguimos placas para conhecer a Casa da Agricultura. Um enorme galpão. Entramos pelo lado errado e acertamos outra coisa: Achamos uma instituição chamada ABDC-Brasil. Associação Buriense de Desenvolvimento da Cidadania. Conhecemos o Renato, o Rodolfo, o Pedro e o José, que cuidam dessa entidade. São visionários e idealistas. Ensinam marcenaria, serralheria, artesanato em madeira, papéis, barro, tecido etc. 25 crianças estavam lá. Participam ao todo mais de 160 crianças, que vão espontaneamente lá para aprender, fazer, ajudar. Recuperam móveis, criam, inventam coisas. Fica num bairro pobre. Seus diretores e professores estão bastante animados com a Associação, criada há poucos meses e que há muito tempo queriam criar algo assim na região. Algumas empresas da cidade contribuem com pequenas doações como camisetas, materiais etc. Ficaram contentes com a nossa presença ao saberem da nossa missão e querem a nossa contribuição. Quarta-feira vamos participar da reunião que eles terão com o prefeito Jorge, que apóia bastante a ABDC.

À tarde veio a Zelinda, diretora da escola onde a Verô está. Veio empolgada com o que já ouviu a nosso respeito. É esposa do José, presidente da ABDC, que contou muita coisa sobre a gente. Vou dar uma palestra para os pais em uma reunião na escola dela, na próxima semana. Quer aprender tear com a Neuza. Também vai trazer a Secretária da Educação para propor treinamento para os professores do município.

sábado, agosto 06, 2005

Paulo, Marli estudam em Itapeva e aos sabados e domingos ajudam em Buri no Projeto Escola da Familia. A Igina nao perde tempo e quer aprender tear com a Neuza. Igina da aulas tambem de artesanato.

e os contatos estão começando. Vamos ter bastante trabalho em Buri e Itapeva.

6 de agosto, sábado.

Logo cedo, estou no computador para atualizar no site, o mapa de onde estamos. Enquanto isso a Neuza cuida das roupas, instala um varal, faz amizade com as vizinhas. Uma delas, uma garota de 14 anos, Lisiane, vem até o busão vender salgadinhos. Todos os sábados, desde as oito da manhã, ela sai para vender os salgadinhos, ainda quentinhos. Comi coxinha e estava realmente saborosa. E a Verônica vai acompanhar a Lisiane no próximo sábado! Uma experiência e tanto!

E eu tenho bolei e instalei uma pia e torneira externa para facilitar lavar louças, panelas e peças grandes. Comemoramos a grande obra. Ainda de manhã, outra boa surpresa: a professora Igina veio conhecer a Neuza porque alguém da escola falou sobre seus trabalhos. Adorou ver os cachecóis e quer aprender tear de pente. Convidou-nos a ir até a escola na parte da tarde, quando muitos alunos vão aprender artesanatos e também brincar, praticar esportes. Isso faz parte do projeto Escola da Família, que acontece nas escolas estaduais. Professores como a Igina e universitários como o Paulo e Marli, que fazem faculdade em Itapeva, fazem acontecer e cuidam dos alunos e criam mil e uma atividades aos sábados e domingos.
gastamos o dia para ajeitar as coisas para ficar mais tranquilo e almocar no sitio do Entelmann.

primeiro dia em Buri já promete um futuro muito legal

5 de agosto, sexta

Dia de ajeitar as coisas. E quanta coisa. E a Neuza foi fazer a primeira feirinha, ver escola para a Verô, enquanto eu comprava peças para levar água da caixa d’água do parque até o Ventania. Fátima veio buscar a gente para ir almoçar no sítio. Que delícia de arroz, feijão, frango à milaneza, berinjela, salada e suco de acerola. São apenas seis quilômetros de estrada de terra para a gente chegar nesse “restaurante grátis” do Entelmann, no paraíso do mato. Cobri o Ventania para termos sombra enquanto a Neuza ia conhecer a horta. Depois, com a ajuda da Verô, cortaram algumas penas das asas dos papagaios para evitar a quase tragédia que aconteceu no camping em Armação, quando a Lua fugiu à noite e, por milagre, a Neuza encontrou-a no alto de uma árvore usando um farolete.

sexta-feira, agosto 05, 2005

mais uma vez, outra separac�o para novos trabalhos pela frente.

Mais despedidas, mais choro, e Pé na estrada.

4 de agosto. Força Interior na estrada: Rumo a Buri – SP

Carregar o Ventania novamente. Leva mais ou menos 6 horas de trabalho, encaixando as coisas nos bagageiros do busão e também deixando em ordem a casa de Atibaia. Um dia eu faço uma lista das coisas que carregamos para que todos tenham uma idéia do que é sair com a casa nas costas (ex. enxada, comida para os papagaios, duas gaiolas, mesas, banquetas, teares, antena parabólica, cordas e cordinhas, torneiras, mangueiras, lonas etc)

Ontem à tarde, retornando de Maragogi, carregamos boa parte das coisas. Almoçamos com meu filho mais velho, Cacá, que parte com a esposa Márcia e a minha netinha Nina, de 3 anos, para o Japão, na próxima semana. Fomos à noite comemorar na Pizzaria do Gordo com os vizinhos de Atibaia, o Toninho, Raimundo e Isabel. Hoje, mais duas horas terminando de arrumar e engatar o Ventinho. 9 horas da manhã e a Neuza foi dar um abraço de despedida nas vizinhas, incentivando-as a usar a nossa casa para continuarem com os trabalhos de tear reunindo mais amigas.
que bom. temos um lugar para ficar: Parque Ecologico (dos dinossauros), em Buri

Sustos com o engate e alívio em Buri. Temos um lugar maravilhoso para ficar.

Foram 5 horas, 250 quilômetros de boa estrada até Buri. Na metade do caminho paramos para almoçar. Verônica foi ver se o Ventinho estava direitinho lá atrás. Estava bem demais: O MOTOR VEIO LIGADO desde Atibaia, desde quando manobrei para encaixar no engate do busão! Nem me dei conta disso por causa do barulho do motor do Ventania. O susto maior foi em Buri quando fui desengatar o Ventinho. A alavanca que libera o engate quebrou sei lá como. Não se soltou, mas deu para ficar assustado, pois não consigo imaginar como aquela peça de ferro fundido quebrou. Como segurança, sempre prendo tudo com duas correntes. Não tenho tido muita sorte com esse engate. Tenho que consertar o engate em Buri.

Duas horas da tarde, na entrada de Buri, no Parque do Tubarão, encontramos a Fátima, esposa do meu amigo alemão Entelmann. Mulher ativa essa Fátima. Fomos de carro procurar um lugar para parar o Ventania. Por uma questão de centímetros não pudemos ficar num ótimo terreno deles, bem no centro da cidade. Fomos até a Prefeitura, onde a Fátima conhece todo mundo e nos autorizaram permanecer no Parque Ecológico. Bingo! Ótimo lugar. E tem ônibus escolar da prefeitura que passa na porta do Parque. Ótimas pessoas também. Mostraram uma boa vontade enorme a Márcia, o Norbal, Maurício, e muitos outros servidores da Prefeitura de Buri. O Prefeito estava fora da cidade. O Gaspar, que cuida do Parque com um carinho sem igual, podou até alguns galhos de árvore para podermos ficar num lugar plano. Disse que iria podar de todo jeito. Mostrou, orgulhoso, todo o parque, que tem até mini-zôo, horta e água mineral brotando para a gente beber, bem fresquinha. A energia elétrica nós conseguimos com uma vizinha do parque, Dona Edna. Amanhã eu ligo a água. Tem feira-livre na sexta e vamos almoçar no sítio da Fátima. Muita gente já veio conversar e querem saber quem são esses caras que moram num ônibus. Mostram-se interessados em aprender artesanato com a Neuza e torcem para que a gente fique por um bom tempo na região.

quinta-feira, agosto 04, 2005

um merecido descanso para a Neuza. Amanha voltamos com tudo para reiniciar o nosso projeto e viajar para Buri e Itapeva. Carregar o Ventania leva um dia inteiro para encaixar tudo que queremos levar.

nordeste tem lugares que não dá para descrever. Só vindo mesmo.

1 e 2 de Agosto, em Maragogi, Alagoas

Todo o time de Vendas da região nordeste da Unilever esteve reunido durante alguns dias para compartilhar informações, ajustar as bússolas, aditivar o combustível e turbinar os motores. O local não poderia ser mais propício. Salinas de Maragogi, AL, entre Recife e Maceió. É de cair o queixo. Lindos coqueiros com suas folhas se agitando ao vendo, parecem ter sido espetados para demarcar o fim da areia e o início do hotel, que também é recortado por canais e rios. Enquanto eu realizava o trabalho motivacional com o grupo a Neuza aproveitou para conhecer melhor a região. Ficou encantada com as piscinas naturais no mar e viu os peixinhos e peixões coloridos e prateados comendo nas suas mãos. Pena que não deu para fotografar debaixo d’água. Vai demorar para podermos retornar ao Nordeste. Vamos nos enfiar no interior de São Paulo.
pessoal animado eh este aqui da Unilever. Aqui se faz de tudo. eu tambem ajudei a preparar o jantar.

este pessoal do Nordeste está a mil por hora.

Enquanto isso, em sala de trabalho, os participantes do evento tiveram conversas com o diretor Newton Freire, Josué, Valdir, Ciça, Ana Paula, Davidson, Peluzo, Camila. Foram horas de muita informação, mesclando momentos de descontração e momentos de reflexão. O desenvolvimento individual, como ser humano e como profissional sempre foi a prioridade desse evento. Mudanças, Lucidez, Pensar Grande, Gerente, Fazer Mais com Menos, Tomar Decisões, Fazer a Diferença etc. foram os pontos que eu trabalhei com o grupo. Desenvolver o espírito de equipe também foi importante. Olga e as nutricionistas bolaram atividades bastante criativas, onde todos tiveram que participar da preparação de diversos pratos para o jantar. Eu ajudei e aprendi a fazer um molho quatro queijos.