segunda-feira, fevereiro 27, 2006

no carnaval, a maioria pula, brinca, enquanto uma minoria trabalha em busca de melhorias para a comunidade.

25, 26, e 27 de Fevereiro. A barraca de artesanato Made in Buri no carnaval de rua em Buri.

Duas barracas foram montadas na praça para mostrar, divulgar e vender produtos dos artesãos de Buri. Uma barraca foi para os produtos da Fazenda Barreiro, do Sr. Gerard. Tiago e Paula trabalharam muito, até tarde da noite, sendo ajudados pela filha Bárbara e marido. A outra barraca para divulgar o Projeto Made in Buri, organizada pela Janete e Zelinda. As companheiras de sempre, Fernanda e Dona Lúcia, ajudam desde a montagem até a desmontagem de tudo. É muita dedicação. Arte em tear, palha e pinus. Foi um sucesso nos dois dias, até agora, com muita gente interessada, elogiando e aplaudindo a iniciativa. O Prefeito Jorge e a esposa Janete vieram também dar o seu incentivo ao projeto. Teve até camiseta alusiva ao Made in Buri. Vendemos muita camiseta. Até a Verônica aproveitou para fazer e vender chaveiros personalizados e também os seus sabonetes. Vendeu bem. E quando começam os desfiles dos blocos e da escola de samba, a população acompanha da calçada ou entra na brincadeira. É hora de fechar a nossa barraca. Domingo, 26, uma visita especial: o pai e a mãe da Neuza vieram até Buri para uma visita rápida, que valeu demais para todos.
nossos vizinhos, de Santo Andre, avisaram que estariam em Buri e queriam comprar coisas feitas no tear para ajudar o Projeto Made in Buri.

Vizinhos apoiadores. São de Santo André.

Encheu de gente na casa do Sr. Sebastião, ao lado da Capelinha. Algumas pessoas, já conhecíamos, outras não. Já conhecem o projeto Força Interior e os trabalhos em tear. Por isso, vieram dar a maior força levando alguns produtos e encomendando outros. Isso serve como uma bela injeção de ânimo e incentivo para as artesãs de Buri. Torcem muito pelo projeto Made in Buri. Uma das mulheres, que também tem papagaios em casa, canta e mexe com os papagaios do outro lado do muro até obter a resposta do Sol e da Lua. E conseguiu!
coral na capelinha. A Neuza faz acontecer indo buscar a tropinha em suas casas e fazendo doces, sucos, salgados. Mas, essa moleza vai acabar e vamos ver o que acontece.

domingo, fevereiro 26, 2006

25, sábado de carnaval, coral e feirinha – correria até a noite.

Coral da Capelinha. A cada sábado, é como um recomeço. Mesmo gostando de participar, é difícil conseguir que as crianças continuem a vir no próximo ensaio. Durante o decorrer da semana, dão recados que não virão. A Neuza faz acontecer sozinha esse coral indo até as casas das crianças e traz de carro, fazendo várias viagens. Faz bolo, salgados, sucos. Tudo para criar um ambiente que as empolgue. Mas, está difícil. Conversamos sobre isso, pedindo para que enxerguem os benefícios de participar de algo assim. Prometeram vir no próximo ensaio, quando eu e a Neuza estaremos em S. Paulo.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

aprendemos muito com as pessoas do mundo rural.

23, quinta – Gente da área rural. Solidariedade, Valentia, Trabalho, Respeito, Responsabilidade.

Uma grande riqueza que desaparece aos poucos, mas velozmente.
Esta é uma conclusão pessoal, minha, após dois anos de estrada com o Projeto Força Interior.

Eu considerava êxodo rural apenas os casos de pessoas que abandonavam as pequenas cidades do distante interior trocando-as pelas grandes capitais ou grandes cidades. É muito mais sério que isso. O triste fenômeno acontece também dentro de pequenos municípios, citando Buri-SP como exemplo, por conhecermos um pouco mais dessa realidade, neste período de nossa estada com o Projeto Força Interior.

O êxodo rural tem que ter uma solução, um freio. Urgente. As conseqüências negativas disso são visíveis, e crescentes, há décadas. Sub-empregos, sonhos frustrados, desemprego, fome, moradores de rua, movimentos dos sem-teto e sem-terra, violência, furtos e roubos individuais, organizações criminosas, exploração, extorsão, drogas, seqüestros, mortes violentas. É insuficiente a Reforma Agrária. É insuficiente a política de seguro e de preços para as safras. Falta entender melhor por quê decidem abandonar suas moradas. Passam a “morar” em sub-moradias, com a família, passam dificuldades enormes, conformam-se em morar num barraco, desde que seja perto do pequeno centro. Essa “facilidade” tem por trás, o triste interesse em poder recolher papelão, latinhas de alumínio e garrafas pet na avenida, lanchonete e praça principal. E também fica mais fácil recorrer às cestas básicas da prefeitura, ao serviço de assistência social, instituições filantrópicas, instituições religiosas etc. E também fica mais fácil conseguir um emprego temporário na varrição de ruas, ou de entrar num ônibus de trabalhadores rurais (bóia-fria) e partir para uma fazenda qualquer, numa cidade qualquer, por uma diária qualquer, para um trabalho qualquer.

Hoje dei carona, quando ia à Fazenda Barreiro, para um senhor de 71 anos, Sr. Luís, sitiante, e para uma jovem, Maria, que trabalha como agente de saúde no bairro Matão. Ela disse que já havia assistido a uma palestra minha pela Secretaria da Saúde. Sempre gostamos de conversar com os caronas. Aprendemos muito com todos.

Sr. Luis veio a Buri bem cedo, provavelmente de carona no ônibus escolar, para comprar adubo e agrotóxico para cuidar dos eucaliptos que plantou recentemente. Orgulha-se de cuidar com carinho, retirando mato e erva daninha, garantindo maior produtividade e qualidade no seu pequeno sítio. Diz que a maioria das pessoas que plantam eucalipto, apenas plantam e “largam” a plantação. Mas, o brilho dos olhos desaparece quando fala dos jovens de hoje. Prevê um triste futuro para sua propriedade, por não ter quem queira cuidar como ele cuida. Os jovens de hoje, até vão à escola. Mas querem distância do trabalho do sítio. Ficam grudados na TV, não perdem “Malhação” e sonham ir para uma cidade para viver como aqueles belos e lindos jovens da TV, corpos “sarados”, com belas garotas, e vice e versa. A escola é apenas um local de armação, com os professores sempre ignorados ou ridicularizados. Saem da escola e seguem para lanchonetes, shopping centers, baladas, vídeo games e diversões, sonhando com a fama e dinheiro, muito dinheiro, usando qualquer meio para chegar lá. Qualquer meio! Vale tudo. É o que eu chamo de geração vazia, como uma bola brilhante de árvore de natal. Bonita por fora, completamente vazia por dentro.

Ordenhar vaca? Cortar mato? Carpir? Limpar e tratar de animais? Arar a terra? Plantar? Colher? Debaixo de chuva ou sol?

Os programas mais vistos na TV são aqueles do tal horário nobre (ou pobre?). Alguém já viu alguma novela dignificando o trabalho do sítio e o valor dessas pessoas do mundo rural e agrícola? Não há o menor incentivo a essas pessoas, pelo seu trabalho. A exceção da exceção fica por conta dos belos programas como Globo Rural, que é exibido bem cedo, com pouca audiência ou lá pelas nove horas com a Ana Maria Braga, com muita audiência e qualidade, mas que poucos jovens assistem. Portanto, os jovens da área rural são muito mais influenciados para o conforto, diversão, bela aparência e cuca-fria, principalmente quando são obrigados a deixar a escola rural de ensino básico, e freqüentar as escolas urbanas de ensino médio. Os jovens da zona rural, que ainda preservavam os valores que aprenderam no sítio com a família (respeito, responsabilidade, solidariedade, honestidade, etc), ficam com a cabeça confusa ao encarar uma realidade bem diferente, mas muito predominante. Nessa confusão, juntam-se à maioria. Quando voltam para casa, no sítio, o conflito com os mais velhos é inevitável. Muitos optam por abandonar suas moradas e tomam a direção da cidade onde já têm amigos.

Maria, a Agente Municipal de Saúde, é o oposto de tudo isto, e faz um belo trabalho na área rural. Estuda no centro de Buri à noite, e durante o dia trabalha como Agente de Saúde. Visita mais de 100 famílias todos os meses, percorre longas distâncias. Recorre a caronas, empresta a moto da amiga, vai andando. Calor, frio, chuva, sol, poeira, barro. O que importa é visitar e atender todas as famílias. Quando usa a moto da amiga, paga e divide a gasolina. Adora o que faz. Adora a hospitalidade e simplicidade das pessoas do sítio. Em cada casa, é bem recebida (e aguardada). Gestantes são visitadas com maior freqüência. Mortalidade infantil não tem vez em Matão, com a saga da Maria.
Maria, com esses valores, sempre será uma pessoa rica e também uma exceção.

Os jovens do meio rural precisam receber maior incentivo, ter sua auto-estima elevada, com o reconhecimento da importância do seu trabalho, reconhecimento pela contribuição para a sociedade, mais informações sobre oportunidades no meio rural, mais informações para melhorar o gerenciamento das suas propriedades, até que percebam que é possível ser feliz, ser alguém de sucesso e de respeito, um grande caipira! Os que perceberam isso, já obtiveram êxito em muitos setores do mundo rural e não trocam esse mundo mais saudável do campo pela vida na cidade. É o caso do Sr. Gerard Bannwart com a sua Fazenda Barreiro, modelo de excelência.

E eu, paulistano do asfalto, do concreto, do shopping certer, invejo essa gente. Eu também me acostumei a comprar pronto, rápido, ao invés de fazer, preparar, plantar, cuidar, colher, respeitar, preservar. Ainda bem que eu tenho a Neuza, que tem forte ligação com a terra, com o campo e eu a sigo, aproveitando para observar esse novo mundo para mim.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

imagens de Buri que ficam e que acalmam.

22, quarta. A caminho da Fazenda Barreiro.Trem, cavalo, bicicletas, bois.

Imagens típicas de Buri: rua calma, passagem de nível, trem de carga, caminhões carregados de madeira, bicicletas, cavalos, bois, reflorestamento com eucalipto e pinus, muitas plantações de milho. Assim é o caminho, de Buri até a Fazenda Barreiro, do Sr. Gerard. Cruzamos com um ônibus quase vazio e ficamos sabendo que é uma linha que percorre, do centro até Matão. Disseram-nos que sai de Matão de manhã e sai de Buri 15 horas. Neuza soltou: “só um por dia?”. Completaram: sim, um por dia, e apenas às segundas, quartas, sextas e sábados!
gente entusiasmada para aprender: Kelly, Tiago e Paula. E a Neli, de Avare, quer que a Neuza ensine tear tambem em Avare.

Tear de pente na Fazenda Barreiro.

Levamos dois teares e teremos três multiplicadores: Tiago, Kelly e Paula. Lá também estava a Neli, que vem de Avaré uma vez por semana à Fazenda, acompanhar a utilização da metodologia Waldorf na creche. Tendo se entusiasmado com o tear da Neuza, convidou-nos para fazer um trabalho em Avaré. Então, vamos para Avaré um dia destes.
Os três multiplicadores já assimilaram bem o tear de pregos e fazem ótimos trabalhos. Pegaram facilmente também o tear de pente. Logo teremos um pedido grande de teares para a ArteViva, do amigo Antonio em Florianópolis.
este sistema poderia ser adotado em todas as creches do Brasil e teriamos melhores cidadaos, com muito valor.

Creche Dona Bertha. Preparando brasileiros de valor.

Ao mesmo tempo em que a Neuza ensinava o tear em uma das salas, acontecia aula de música em outra. As crianças aprendem brincando ao ar livre. Todos os sentidos são estimulados. Brincar descalço é essencial para sentir tudo da terra. Brincar com coisas sem formas definidas, como pedras e paus, também ajudam na criatividade. Cantar, balanço, gangorra, ponte de cordas. Tão ou mais importante quanto a alfabetização, é o desenvolvimento de importantes valores sociais desde pequenos. Respeito, Solidariedade e Caridade são bastante trabalhados. Aprendem e gostam de se ajudar uns aos outros. Dividir coisas e deixar pra lá o “é meu, tudo meu”. Aprendem a respeitar pessoas e coisas. É uma sensação gostosa passar algumas horas na Creche, observando tudo. Parabéns à Neli, à Paula, à Kelly e ao vibrante Cuíca. A energia das crianças são transformadas em coisas sadias, não em agressividade. Crianças de área rural possuem características mais calmas e sabem compartilhar coisas, respeitar mais as pessoas, e gostam de conviver em grupos. Já havíamos observado essas coisas na escola da Zelinda, na Vila Sene.
O que nos deixa preocupados é que, quando têm que estudar em escolas onde a maioria é de áreas urbanas, são pressionados a adotarem o comportamento dessa maioria, que tem outras características e valores menos assimilados, já que essa maioria está ligada nos exemplos de “Malhação”. A preocupação com o consumismo e com as aparências, roupas etc, começa a tomar conta de todos.
Que bom seria se este jeito de educar acontecesse em todas as escolas do Brasil e o pessoal da area rural nunca perdesse seus valores.
quanta coisa eu nunca tinha visto. Purunga para fazer a cuia de chimarrao. Almeirao de um tipo que eu nao conhecia.

quanta ignorancia sobre as coisas do campo!

A Neuza aproveitou para passar na horta da Fazenda e comprou verduras e legumes colhidos na hora: cenoura, rabanete, acelga, abobrinha, almeirão. Tudo fresquinho, sem agrotóxicos, tratados e colhidos pela Cleusa e a irmã. Adoram trabalhar lá, desde que vieram do interior do Paraná, há dois anos.
Passamos pelo escritório para um alô ao Rogério e à Suelen, pegamos mais um baú feito na marcenaria do Cris e retornamos a Buri.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Fundo Social de Buri apoiando o Projeto Made in Buri - Neuza forma multiplicadoras em tear de pente.

21, terça – Fundo Social – Neuza forma multiplicadoras de tear de pente.

Passamos hoje o dia todo na sala cedida pela Janete e Cláudia para treinar pessoas no tear de pente, e que servirão de multiplicadoras no projeto Made in Buri. Levamos para lá quatro teares de pente. Neuza preparou todo o material necessário. Barbante, lã, urdideira, agulhas, navetes, trabalhos prontos para servirem de exemplo e de incentivo. Com uma paciência de monge budista, foi ensinando, corrigindo, fazendo, demonstrando, repetindo, refazendo... Ao final do dia, Dona Carminha, Dona Sonia, Dona Fátima e Silvana puderam posar para a foto mostrando, orgulhosas, os seus trabalhos. Todas já fazem lindos trabalhos com o tear de prego. Agora, abriram mais ainda o leque de conhecimentos e de trabalhos. Quem aprende, compartilha o que aprendeu. E amanhã vamos à Fazenda Barreiro onde a Neuza vai ensinar o tear de pente para a Paula, Tiago e companhia.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

20, segunda - Secretaria do Fundo Social de Buri apoiando o tear.

Janete, esposa do Prefeito Jorge Loureiro, e responsavel pelo Fundo Social em Buri, veio ate a Capelinha, acompanhada de assistentes sociais, para ver como podem ajudar para o sucesso do Made In Buri. Disponibilizou uma sala no Fundo Social para a Neuza colocar os teares de pente e ministrar as aulas e formar multiplicadoras. Passamos na ABDC e gostamos de ver o Renato se dedicando a fabricar teares de prego para atender ao aumento de demanda em consequencia do Projeto Made In Buri. Quebrou um enorme galho para nos, fabricando alguns suportes de ferro para o nosso tear. Amanha a Neuza vai passar o dia todo no Fundo Social ensinando o pessoal. Ficamos tranquilos pois a Veronica sabe se virar bem e cuida de tudo em casa quando esta sozinha. Ate os papagaios Lua e Sol ela nunca esquece.

domingo, fevereiro 19, 2006

momentos unicos com os Castilhos, no Camping Flamboyant Amarelo em Penha-SC, do Sr. Alvaro.

19, domingo. Um abração para os amigos Castilhos, de Curitiba.

E terminou o horário de verão. Chove sem parar na região, senão, iríamos até Curitiba. Logo cedo, com tanta chuva, pedi um bolinho de chuva para a Neuza. E ficou uma delícia! Neuza faz chover na cozinha.

mas,

Como acontecem novos amigos? De quanto tempo precisamos para identificar um novo amigo de verdade? Sei lá! Só sei que, com os Castilhos, bastou um fim de semana no camping em Armação de Penha, SC. Uma grande afinidade, entre todos, sem nenhuma frescura. Intimidade e respeito na medida certa. Solidariedade e apoio mútuo sobrando e sempre presente. Ontem à noite deu vontade de falar com eles. Notícias boas e ruins. A boa é que o Castilhos vai vender seu trailer e começar a fazer seu próprio motorhome. Ontem foi buscar seu trailer em Armação em SC. Daí começam as notícias ruins. O camping onde ficamos por 5 meses, o Flamboyant Amarelo, que o senhor Álvaro cuida há décadas, vai fechar para dar lugar a casas. Vai ser bem mais complicado encontrar novamente a Dona Maria, Marilda, Valdir e o Sr. Álvaro. A pior notícia foi a queimadura que o Castilhos sofreu ao mexer no radiador da sua caminhonete. Segundo a Rosângela, a barriga e os braços foram os pontos atingidos. Vendo pelo lado positivo, poderia ser muito pior, se fosse mais pra cima, ou mais pra baixo!
Enquanto Castilhos fica de cama, Verônica vai mandar por sedex uma caixa de bolhas de sabão para relembrar os bons momentos no Flamboyant amarelo e para uma rápida recuperação.

19, domingo. Um abração para os amigos Castilhos, de Curitiba.

E terminou o horário de verão. Chove sem parar na região, senão, iríamos até Curitiba. Logo cedo, com tanta chuva, pedi um bolinho de chuva para a Neuza. E ficou uma delícia! Neuza faz chover na cozinha.

mas,

Como acontecem novos amigos? De quanto tempo precisamos para identificar um novo amigo de verdade? Sei lá! Só sei que, com os Castilhos, bastou um fim de semana no camping em Armação de Penha, SC. Uma grande afinidade, entre todos, sem nenhuma frescura. Intimidade e respeito na medida certa. Solidariedade e apoio mútuo sobrando e sempre presente. Ontem à noite deu vontade de falar com eles. Notícias boas e ruins. A boa é que o Castilhos vai vender seu trailer e começar a fazer seu próprio motorhome. Ontem foi buscar seu trailer em Armação em SC. Daí começam as notícias ruins. O camping onde ficamos por 5 meses, o Flamboyant Amarelo, que o senhor Álvaro cuida há décadas, vai fechar para dar lugar a casas. Vai ser bem mais complicado encontrar novamente a Dona Maria, Marilda, Valdir e o Sr. Álvaro. A pior notícia foi a queimadura que o Castilhos sofreu ao mexer no radiador da sua caminhonete. Segundo a Rosângela, a barriga e os braços foram os pontos atingidos. Vendo pelo lado positivo, poderia ser muito pior, se fosse mais pra cima, ou mais pra baixo!
Enquanto Castilhos fica de cama, Verônica vai mandar por sedex uma caixa de bolhas de sabão para relembrar os bons momentos no Flamboyant amarelo e para uma rápida recuperação.

sábado, fevereiro 18, 2006

18, sábado. Coral na Capelinha.

Hoje é aniversário da minha mãe, Nina Higuchi. 84 anos. Mora em S.Roque, sozinha, numa pequena chácara. Nina é um exemplo de pessoa. Disposição e iniciativa nunca faltam a ela. É independente. Foi a S. Paulo, de Cometa, para assistir a um jogo de beisebol, do meu filho Vitor. Ela adora beisebol. Voltou feliz para S.Roque pois viu o time do Vitor, o São Paulo, clube de beisebol, ganhar a partida semi-final da Taça Brasil.

Na Capelinha, mais um dia de Coral. Neuza, insatisfeita com as poucas crianças que vieram, pegou o carro e saiu atrás de mais gente. Voltou com mais 4 novos integrantes. 11 crianças ao todo. Neuza prepara doces e refrescos para a criançada. E vai ensinar tear para a família do professor de música, Amauri, que está muito interessado nessa arte criativa. Neuza vai levar o tear de pente até lá, na próxima semana.
Neuza agita tudo por aqui. Agora mobiliza as baixinhas do bairro da Capelinha para comporem um Coral, com a ajuda do Amauri, professor de musica onde a Veronica estuda teclado e canto.
Made in Buri na Casa da Cultura

17, sexta – Made in Buri – Arte em Tear, Palha e Pinus na Casa da Cultura

Correria hoje. Passamos na Casa da Cultura onde vários trabalhos em tear e palha estão expostos para venda. Dona Zilda cuida com carinho do local, uma antiga estação de trem, e hoje funciona como sede da Secretaria da Cultura e Turismo de Buri, dirigida pela Russa. Alguns trabalhos da Cida, da Capelinha, foram vendidos e tem mais encomenda.
novos horizontes com o tear. Gente muito disposta e alegre mostram que o tear vai acontecer em Aracassu

17, sexta – Aracaçu também adotou o tear e está no Made In Buri

No final do ano passado eu dei uma palestra em Aracaçu para o pessoal da prefeitura, a convite do André. Conheci a Maria, exemplo de Brava Gente Brasileira. Já cuidou da faxina da escola, e agora da cozinha. Fez um curso de magistério à noite, viajando longas distâncias e está agora completando todos os cursos que precisa para poder lecionar no ensino médio. Iniciativa, energia, solidariedade e comprometimento em tudo que faz. Faz acontecer. Com o projeto Made in Buri não foi diferente. Em Aracaçu, bairro rural distante de Buri, existem várias mulheres com muita garra, como a Rosinha, e logo se mobilizaram para aprender tear. Hoje fomos lá para conferir. Que bela surpresa! A equipe de dedicadas multiplicadoras do Made In Buri (Lúcia, Fernanda e Silvana), lá estavam. Bem organizadas, animadas e bem preparadas, levam todo o material para não faltar nada. A Marieni, Secretária da Educação, disponibilizou até um micro-ônibus escolar para levar o pessoal e o material do tear até Aracaçu. Mais multiplicadoras voluntárias de Buri, que aprenderam tear na escola da Zelinda, também foram para lá, entre elas, a Nesão!
pessoas especiais fazem um trabalho especial
E ainda tivemos um belo almoço. Feijão virado, lingüiça, macarrão. Uma delícia! Marcamos uma palestra para o pessoal do tear no próximo dia 3 de março. Aracaçu, sempre pacata, está agitada com o tear. Eu e a Neuza retornamos felizes com o que presenciamos, principalmente o envolvimento e interesse das mulheres da comunidade. Trabalham concentradas e descontraídas, mantendo um olho também nas crianças que correm para todo lado dentro do salão paroquial, enquanto a escola está fechada para reforma total. O cachorro parece ajudar a cuidar das crianças e faz plantão na porta e não sai dali. Várias mulheres que já aprenderam bem, se encarregarão de multiplicar para outras pessoas de Aracaçu e região. Algumas crianças já estão bastante dedicadas ao tear, como a filhinha do André, que como a mãe, também gosta de praticar laço e participa de torneios de laço de gado!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

a passagem do tear da Neuza por Buri ja valeu, com muito merito para a Zelinda.

16, quinta – Neuza faz toda a diferença no Projeto Força Interior.

Quem disse isso foi o Edson, Gerente da Pepsico, que sabe do nosso projeto. E eu concordo plenamente com ele. Fomos até a escola da Vila Sene. No caminho, chovendo, encontramos Verônica e a amiguinha Viviane, que voltavam da escola, andando para casa, sem abrir o guarda-chuva, com toda a tranqüilidade e conversando. Coisas do interior. Zelinda, que é a diretora da escola, também lidera o projeto Made in Buri, que visa tornar a cidade famosa pela arte em tear, palha e pinus. Lá encontramos a Nesão, um caso muito especial de recuperação de alguém que estava viciada pelo álcool. A paciência e bondade da Zelinda, ensinando tear para a Nesão, produziu um efeito quase milagroso: Nesão tornou-se viciada em tear. Não desgruda nunca do seu tear de pregos e faz trabalhos caprichados, tendo vendido algumas peças. Ajuda a divulgar o tear fazendo seu trabalho em praças de Buri. Quem a conhecia em constante estado de embriaguez, não acredita no que vê. Mas, acaba acreditando porque está vendo e ouvindo a própria Nesão, com suas histórias sobre a mudança, e vendo os trabalhos avançando diante dos próprios olhos. E conta com orgulho seu feito, vencendo cada round, um dia após outro, que tenta joga-la de volta para a bebida. Gosta de sair na foto e sabe que vai sair na Internet. Carrega consigo a foto impressa que a Zelinda imprimiu a partir deste blog. Parabéns Nesão e Zelinda, e outras pessoas que ensinaram a Nesão, como a Lucia, a Fernanda e a Silvana. Amanhã, toda esta turma vai ensinar tear em Aracaçu.

Passamos no Fundo Social e a Neuza já acertou com a Cláudia aulas de tear de pente para formar multiplicadores. Quer aproveitar bem cada dia que ficarmos em Buri. Segunda-feira vamos levar o material para as aulas e montar os nossos teares que compramos na Arteviva, produzidos pelos amigos idealistas Antonio e Clara, em Florianópolis.
Qualidade e Prazer no que fazem.

Revisão no seu carro? Leve ao Tatuapé, no Aldo, da Irmãos Fernandes

Um exemplo de bons serviços: Oficina de Automóveis Irmãos Fernandes.
Na volta de Campos do Jordão, preocupado com o estado dos pneus do Ventinho, provocando aquaplanagem, resolvi passar na oficina do Aldo Fernandes. Quatro pneus novos, balanceados. Alinhamento feito, cambagem, troca de pastilhas de freios. Há tempos nosso fiel carrinho Uno merecia sapatos novos e revisão dos freios. Costumo ser um desleixado na manutenção do meu carro, mas, desta vez, caprichei. Até o óleo e filtro troquei em Buri! Está zero bala novamente. O atendimento na oficina do Aldo é exemplar. Tem uma clientela impressionante. Mais de 20 carros estavam na oficina para consertos e revisões. Com o antigo proprietário, a oficina ficava quase vazia e sempre com muita sujeira. Os mecânicos ocupavam seu tempo mexendo com a mulherada que passava na calçada. Com o Aldo, tudo mudou. Organização, limpeza, simpatia, bons serviços. E um café expresso delicioso. Só para comparar: ontem eu passei numa loja enorme de pneus, perto do Aldo, vazia, muita gente parada e pedi para trocar todos os pneus. Acertado o preço com a vendedora, pedi rapidez para poder viajar para Campos do Jordão antes de escurecer. Um mecânico só veio fazer o serviço e começando a comer um churro. Pediu duas horas para fazer o trabalho. Desisti e fui embora. Perderam o negócio e o cliente, para desespero da vendedora. Sempre tenho ótimas conversas com o Aldo, e sempre comento a respeito desses diferenciais de sua empresa. E novamente, foram muito rápidos e competentes para ajeitar tudo no meu carro.
alto astral entre os Gerentes Pepsico.

com a Pepsico

14 e 15, em Campos de Jordão. Um cliente novo e muito especial: Pepsico.

Uma amiga minha, Luciana, que me conhecia pelos trabalhos que realizei na Unilever, e hoje está na Pepsico, sugeriu meu nome para uma palestra em um Encontro do pessoal de Operações. Uma rápida reunião em São Paulo com Marcos, Malú, Emilio e Paulo, foi suficiente para definir os temas da palestra, para gerentes de várias unidades espalhadas pelo Brasil. Temas trabalhados: Desenvolver-me! Por que não é fácil?; Mudanças. Naturalmente contra; Hemisférios do cérebro; Inovar, Pensar fora da Caixa – falar é fácil: somos Formados, e gostamos de enquadrar, formar os outros na nossa fôrma; Gerentes – todos somos gerentes; Fazer o máximo de Resultados com o Mínimo de Recursos; Momentos Everest, Momentos Ervilha.

Num ambiente muito descontraído, o Encontro em Campos do Jordão foi um sucesso, prometendo novos desdobramentos e mais trabalho.

13, segunda. Em Buri, duas artesãs muito criativas: Neuza e Zelinda.

Zelinda passou na Capelinha, muito animada com o movimento do tear alcançando outras escolas e localidades de Buri. Em Aracaçu, tem gente muito animada, como a Dona Maria, que vai chamar muitas pessoas para aprender tear. No carnaval vai ter uma barraca na praça da Igreja Matriz para expor e vender as peças já feitas pelo pessoal de Buri. Vamos também convocar todas as pessoas interessadas no tear ou no projeto Made in Buri e realizar uma palestra para que possam enxergar o potencial existente com o sucesso desse projeto.
Zelinda e Neuza desenvolvendo novos produtos
queremos conhecer melhor os arredores de Buri

conhecendo Capão Bonito, a 35km de Buri

12, domingo em Capão Bonito.

Voltando de S. Paulo após ver os filhos da Neuza (Jorge e Sônia), fomos dar uma volta por Capão Bonito para conhecer um pouco mais a região. Eu tenho parentes que moraram lá por alguns anos, décadas atrás. Tem bastante descendentes de japoneses por lá. Infelizmente, a praça principal está em reforma e só pudemos ver a igreja, com estilo bem marcante. Queríamos tomar um sorvete mas não achamos uma sorveteria aberta.

sábado, fevereiro 11, 2006

Verônica aprende a deixar coisas para trás para poder seguir adiante na vida.

veronica adora animais, brinca, adota por uma temporada, e depois tem que saber lidar com a perda ao mudar de cidade.

verônica aprendendo a lidar com ganhos e perdas na vida.

Achamos o dono do pato que apareceu há 5 dias e ficou na Capelinha. Foi um show para pegar o pato. O pato é pato quando quer. Sempre devagar, parado, andando meio sonso e rebolando, nunca corre. Na hora de ser apanhado, é um terror e deu um baile em mim e no dono. Eu cercava com duas vassouras e o dono pulava em cima. Escapou duas vezes. Escondeu-se embaixo do ônibus. Com um cano de PVC bem comprido, saiu de lá. Ainda bem que ninguém fotografou o baile. Até que o pegamos. Mais um adeus para mais um bichinho que vem e que vai. Além dos papagaios, já tivemos cachorrinho, gatinho, filhote de passarinho que caiu do ninho num temporal, pintinhos, galinha, pato. E a Verônica e a Neuza já estavam se apegando a ele, dando comida, água. O dono pôs o coitado num saco e... adeus.
Coral Infantil na Capelinha: horas de enorme valor.

Coral infantil na Capelinha com professor Amauri

11 de Fevereiro, sábado – Coral da Capelinha e um bate e volta em S.Paulo.

Hoje tem ensaio de coral. Neuza incentiva a criançada e as mães para que participem.
Prepara bolo, lanchinho, patê, salgadinho, refrigerante para os que vierem. Faz de tudo para atrair mais gente. Professor Amauri vem ensinar com a maior boa vontade e nós bancamos a gasolina dele. O teclado é da Verônica. E os adultos curtem as crianças. A filha do professor Amauri aproveita para aprender tear com a Neuza.

E decidimos ir à tarde para S.Paulo para retornarmos amanhã. Tudo para comemorar com o filho mais velho da Neuza, Jorge, o trabalho à noite, como monitor, que arrumou na faculdade Claretiano em Rio Claro, onde estuda computação na UNESP.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Trio da Saude na Capelinha: Dr. Andre, Serginho e Ronaldo. Na semana passada tiveram que suportar 35 graus. Hoje, choveu muito e chegou a apenas 23 graus. Depois disso, hora do tear com Neuza, Cida, Camila, Laurinha e os baixinhos.

Saúde e Tear na Capelinha em Buri

10 de fevereiro, sexta-feira. Sem sair da Capelinha

Hoje mandei um e-mail para meu filho Cacá que está no Japão. É aniversário dele. Também tirei estes dias para ajeitar as coisas no Ventania. Apertar mangueiras, esvaziar caixa de esgoto, consertar janelas etc. A principal coisa que fiz foi arrumar a lona que cobre o Ventania, fazendo uma cobertura de duas águas para evitar empoçamento de água lá em cima. Eu desconfiava que uma hora vinha muita água. Ainda bem, pois à noite caiu o céu, um dilúvio na Capelinha. E nem uma gota de água entrou no Ventania. Faltou uma foto da tempestade. Ainda falta instalar o novo toldo azul e branco. Hoje teve atendimento médico descentralizado da Secretaria da Saúde. Sexta-feira é na Capelinha. Mesmo com muita chuva, o pessoal da vizinhança veio e o Dr. André, Ronaldo e Serginho prestaram o atendimento. Na sexta-passada chegou a 34 graus e o tear foi para a sombra da Capelinha. Hoje fez 23. Depois que foram embora, o barracão vira oficina de tear.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Terca-feira agitada, com reuniao com o Prefeito Jorge, reuniao com a Secretaria da Agricultura, Natalice, reuniao com a Zelinda, diretora da escola da Vila Sene e do Projeto Made In Buri. Conhecemos a Adalgiza, que prefere ser chamada de Nesao. Pousou feliz ao lado da Zelinda, orgulhosa com o trabalho em tear. Nesao sempre foi uma figura conhecida em Buri por causa da bebedeira e confusao em que se metia. Fala alto, muito agitada. Ja completou duas semanas sem beber, desde que comecou a trabalhar com o tear, que Zelinda, Fernanda, Silvana e Gorete lhe ensinaram. Faz questao de falar disso, com orgulho. As pessoas que conhecem a Nesao n�o acreditam ao ver tanta transformacao. E viva a TEARPIA.
6 e 7 de fevereiro

Fui ate a Plastrom Sensormatic pedir socorro ao Garcia para ver meu computador, pois nao estava conseguindo mandar e-mail e nao dava para atualizar o site do Forca Interior. Com muita paciencia, descobriu e eliminou o problema. Aleluia! Eh de espantar como a gente fica dependente desta tecnologia. Aproveitei para �almocar� um big-mac com meu filho Vitor, animado com a casa de pastel que cuida e vem obtendo grande progresso. E fui a uma reuniao na Pepsico, em Santo Amaro, exatamente no mesmo predio onde trabalhei nos meus tempos de Dorsey, Rocha, empresa de consultoria organizacional. Terminada a reuniao com Malu, Marcos e Emilio, zarpei para a estrada de volta a Buri, torcendo para nao ser aprisionado num congestionamento na marginal Pinheiros. Escapei por pouco, do congestionamento e de fortes chuvas. Na estrada, parei para fotografar uma nuvem negra que ia desabar em Itapetininga, que ja tinha ficado para tras. Oito e meia da noite, ja estava em casa. Todo mundo agora tem que dormir cedo para acordar cedo, pois a Veronica agora tem que pegar o onibus escolar as seis e meia da madrugada, tudo escuro, com a amiga Lisiane.
No sabado, dia 4, Neuza mobilizou os baixinhos e conseguiu que o professor de musica, Amauri, se dispusesse a ensinar e formar um coral na Capelinha. Um inicio acanhado, quase desistindo, mas, no final, todo mundo gostou e no proximo sabado deveremos ter mais criancas. Veronica fez um bolo de chocolate e a Neuza preparou sucos e outras coisas para a turminha comer.

domingo, fevereiro 05, 2006

5 de Fevereiro, domingo – Treinamento de Lideranças da ACE-Schmersal

Encontro anual da área comercial da ACE-Schmersal, onde já realizei inúmeras atividades de desenvolvimento de pessoal para o meu amigo Dieter Entelmann, que é o seu presidente. Nilson Lara, o Diretor Comercial, me chamou para mais este evento, com mais de 70 participantes. Apesar de estar programado para domingo o meu trabalho, fui acompanhar a programação do dia de ontem, que foi muito marcante, pois mexeu demais com cada um, provocando importantes reflexões. Dividiram-se em três grupos e foram visitar instituições em Boituva: Lar S. Vicente (asilo), Crescer Criança (escola para crianças carentes) e Chácara Nova Vida (para recuperação de viciados em droga ou álcool).
um lado que pouco conhecemos. Quando entramos, e conversamos, vemos coisas da vida e da sociedade que mexem com a gente. Pessoas especiais cuidam dessas pessoas que exigem cuidados tambem especiais.
temos que investir no futuro do Brasil, educando com carinho e qualidade os nossos pequenos. Esta Fundacao Crescer Crianca faz um belo trabalho em Boituva.

Uma Fundação que faz a diferença. Crescer Criança.

No Crescer Criança, tiveram oportunidade de brincar e conversar com crianças e compreender seus dramas, as dificuldades que enfrentam, suas soluções, suas realidades. Conversaram com velhos saudáveis e velhos que precisam de ajuda, doentes, cegos, no asilo Lar S.Vicente. Conversaram na Chácara Nova Vida com jovens de diversas idades que se envolveram com droga e foram acolhidos pela instituição. Muitos já estão recuperados, sendo que dois, Clodoaldo e Renato, ganharam a confiança do padre e administram a instituição em Boituva.
Recuperar drogados. Pessoas muito especiais se dedicam a isto.

Brava Gente Brasileira que recupera drogados. Chácara Nova Vida, em Boituva.

A sensibilidade ficou à flor da pele, mexendo com as emoções, provocando questionamentos, preocupações, conhecendo outros cantos da realidade brasileira. Conhecer as pessoas que cuidam dos internos dessas instituições também é emocionante. Algo que era um enorme problema para a gente, torna-se irrelevante e suportável diante do que cada um vê e ouve nessas visitas. Prioridades mudam conforme o que acontece com os outros e que também pode acontecer com pessoas a quem queremos bem. Impossível ficar indiferente, pelo menos pelos próximos dias. A dura constatação é que a rotina se encarrega de engrossar novamente a nossa pele.

Proteja-se, prepare-se, encare, e... fogo!

Outra atividade do dia, muito intenso, foi a competição de paint-ball, que exigiu estratégias, boa utilização de recursos limitados, vencer a concorrência, trabalho em equipe, atenção à segurança, comprometimento, rápida adaptação às mudanças, aprender com erros e acertos dos outros, desenvolvimento rápido.
um momento diferente que tambem faz parte do treinamento.

ACE-Schmersal. Hora de muita reflexão e desenvolvimento

Sendo domingo, levei a Neuza e a Verônica para o Hotel Sabrina em Cesário Lange, local do evento da ACE-Schmersal. Acordamos às cinco da manhã para tomar o café no Hotel. Foram duas horas de viagem de Buri até Cesário Lange. As duas, além de me ajudarem a arrumar a sala e os equipamentos, aproveitaram bem o dia de sol. Um calor de arrebentar. E hoje, dedicamos a manhã para garimpar as principais aprendizagens com o dia de ontem. Trabalhamos os conceitos de Gerente, Buscar o máximo de Resultados, com o mínimo de recursos, saber lidar com escassez e limitação de recursos, a importância da criatividade; como é difícil se desenvolver; as nossas fôrmas; os nossos papéis; fazer a diferença requer aceitar vaias, críticas, exclusão; fazer a diferença requer persistência; líder visionário tem uma causa que faz valer a pena assumir os riscos e conseqüências.
gerentes da ace-schmersal, em pleno domingo, tem treinamento.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

fabrica-se sabonetes. falar com veronica.
2 de Fevereiro. Capelinha, vida nova com o retorno da Neuza e Veronica.

Veronica agora faz os nossos sabonetes com o material que comprei para ela. Neuza deixou toda a grama da Capelinha bem aparada. Depois de muito tempo descobriu que eu montei invertido o protetor que serve para impedir o lancamento de residuos contra as proprias pernas. Ficou com a roupa toda suja de grama cortada. Nem ficou brava comigo. Rimos muito. E o tear voltou com tudo. Na parte da tarde enche de gente e os baixinhos tambem aparecem. O pequeno Gustavo ja esta andando e logo vai ganhar um irmaozinho. Veronica vai recuperar a quadra de volei. A horta da Neuza vai ficar uma beleza, pois o Gaspar trouxe o experiente Joao, que chamam de Baiano, mas veio do Sergipe. A vida esta de volta na Capelinha! E eu passo horas e horas diante do computador, descrevendo um invento meu para requerer uma patente no INPI. Que trabalho! Mas isto vai gerar trabalho para o pessoal daqui de Buri e aproveitar a madeira da Fazenda Barreiro do Gerard.
E depois do jantar, Veronica resolveu contemplar o ceu com um binoculo. A lua surgia no horizonte, num quarto crescente. Aprendeu a gostar disso com a Neuza, em Atibaia, onde passavamos horas deitados no quintal, admirando as estrelas, a lua e o escuro e silencio da noite. Assim, Big Brother jamais vai contar com a nossa audiencia. Com o programa da Ana Maria e Globo Rural aprendemos muito mais.
veronica aproveitando bem as horas do dia, e da noite.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Estas duas sempre inventam algo para fazer.

Um bate e volta até São Paulo.

1 de Fevereiro – Corrida até S. Paulo

Plastrom Sensormatic, MWM International e Knorr Bremse. Passei nas três empresas que apóiam o Projeto Força Interior. Até que o trânsito estava bom para dar tamanha volta em São Paulo. Eu tinha que ir até São Paulo também para buscar um novo toldo na Taykomar, onde o atendimento é muito bom, com a Cristiane e o Maurício. Não vai ser fácil fazer a troca do toldo no Ventania, por isso, não sei quando vou por a mão nisso. Aproveitei para fazer compra de materiais para os sabonetes que a Verônica aprendeu a fazer, e comprei também um aparador de grama, para poupar a coluna da Neuza, que tenta baixar o mato com um tesourão. Foi a diversão do final do dia quando retornei a Buri. Verônica e Neuza disputavam o novo equipamento. No nosso busão não falta mais nada mesmo. E sempre tem alguma novidade da parte das duas tripulantes. Fizeram nhoque. Delicioso. E eu fico curioso: quantas pessoas em São Paulo fazem o nhoque em suas casas, sem comprar pronto? Quantas? Cozinhar as batatas, descascar, amassar, misturar com farinha, ovos, etc, fazer as cobrinhas, cortar, por na água fervente e retirar quando sobem. Foi uma curtição geral, do início até detonarmos todo o nhoque feito, com molho à bolognesa, cuja carne moída eu preparei.